The Crown Of Blood

The Crown Of Blood

Capítulo 1 - Laços de Sangue

Em meio a aquele pasto vazio, sob um pequeno e velho estabulo se ouvia uma voz rouca masculina suplicar em desespero enquanto o dono da voz cortava seus pulsos espalhando sangue pelo chão do estabulo "louvável es a tua gloria, que faz até o céu implorar por misericórdia. Louvável es a tua gloria, que anjos injustiçados notam que só tu tem vitória, abrace os teus filhos que te acompanha na trilha do fim, oh Lilith, eu rogo pela sua salvação neste mundo comandado por filhos do inimigo." O céu começo a se fechar em nuvens e a tempestade começou a agredir furiosamente os campos, aquele estabulo tinha furos em seu teto que resultavam e goteiras, logo o garoto sem aguentar mais seu sangue escorrendo sem parar como a chuva desmaia no chão enquanto estava desmaiado escutava uma voz feminina em um tom muito autoritário "Eu lhe dou uma segunda chance, se ele morrer, você também morrerá mas com a dor de sua ultima morte." Quando acordou era de manhã, as nuvens haviam desaparecido e o sol estava radiante, o garoto se levantou e olhou seus pulsos e lá estavam, duas cicatrizes bem fechadas e marcadas, ele olhou ao seu redor e não havia um único resquício de sangue, ele se levanta mas cai novamente logo após escuta risadas infantis e cochichos, ele olha e vê duas crianças o observando, ele fica totalmente envergonhado então ele se levanta totalmente e começa a sair dali o mais rápido que conseguia enquanto tinha um intenso mal pressagio,  chegava naquela grande casa, aquele lugar lhe dava nojo e arrepios, o local onde ele era torturado todos os dias desde seus 7 anos, ele entrava tentando não ser percebido mas assim que colocava seu pé no primeiro degrau da escada escuta.

— Você me falou que todos os moradores desta casa estavam aqui, mas parece que chegou mais um. — Respirava fundo então ele se virava pra um dos cômodos ao lado da escada e ia de cabeça baixa em passos curtos e rápidos, assim que chegava levantava a cabeça e lá estava a família de sua tia por parte de mãe composta por sua tia, seu tio e seu primo, os 3 eram terríveis e lhe davam olhares furiosos que pareciam fuzila-lo com milhares de flechas, mas seu olhar era atraído por três auras fortes, seu tio por parte de pai e dois discípulos estavam sentados ao sofá e assim que ele via as roupas e cicatrizes do garoto ele se levantava com brutalidade oque fazia o garoto dar um passo pra trás então um de seus discípulos quase que pulava do sofá e gritava. — É ASSIM QUE TRATAM O PRIMEIRO FILHO DO IMPERADOR? SIMPLESMENTE INACEITÁVEL, ELE É SANGUE REAL E ISSO É UM DESRESPEITO DIRETAMENTE AO IMPERADOR. — O garoto não conseguia parar de tremer e os gritos furiosos do discípulo o faziam entrar em pânico, ele corria para o andar de cima subindo dois lances de escada, no ultimo andar num canto escuro havia um porta que dava um pequeno quartinho, assim que entrava no quarto o garoto se sentava no chão tampando os ouvidos com as mãos, ele sentia suas mãos ficarem mais quentes como se alguém colocasse as mãos sobre as suas tentando abafar mais o som e bem baixinho como o sussurro do vento ele escuta "Seus inimigos caíram aos seus pés e seu caminho até o castelo será marcado por sangue." O garoto tirava suas mãos das orelhas e olhava ao redor sem ver ninguém, ele logo escuta uma batida na porta.

— Senhor Sable, uma carruagem está pronta pra te levar até seu pai. — O garoto se arrepiou inteiro então se levantou e abriu a porta, o homem segurava uma pilha de roupa e entregou ao garoto com uma cara bem fechada, Daemon pega a roupa e fecha a porta novamente para se trocar, assim que ele começava a tirar as roupas para colocar a outra as roupas novas se incendeiam e se reduzem a pó em instantes, logo um baú grande que estava trancado em um canto começa a soltar um barulho estranho e se mexer como se algo dentro dele tentasse sair, ao olhar mais de perto a tranca do baú batia com tanta força no próprio baú que logo era quebrado e o baú se abria, havia muitas relíquias dentro dele mas a coisa que mais chamava a atenção era um belo terno vermelho e preto, uma calça e um sapato bem chiques, o garoto vestia o terno e calça que cobria quase seu corpo inteiro, enquanto calçava o sapato algo voa até sua cara o atingindo, era um tipo de pano preto meio transparente com uma pequena fitinha para amarrar, o garoto começa a tentar amarrar atrás da cabeça mas todas as tentativas sem sucesso até que suas mãos começaram a se mover como se estivessem sendo guiadas, assim que é amarrado Sable se levanta e caminha devagar até a porta, ele a abre e caminha pelo corredor até a escada, ele começa a descer as escadas devagar, todo criado que passava por ele o olhava torto ou surpreso, ele saia da casa sem nem olhar pra trás, assim que botava os dois pés para fora da varanda sua tia puxava seu braço o apertando com força e falava.

— Onde conseguiu essa roupa? Onde estão as que eu providenciei a você? — O garoto começa a se mexer tentando soltar a mão dela de seu braço mas é surpreendido por um mão agarrando o pescoço da mulher e o apertando.

— Solte o meu senhor. — Era um homem bem vestido, longos cabelos negros e olhos vermelhos sangue que se cerravam olhando a mulher, assim que ela solta Sable o mesmo é puxado pra trás e assim o homem fala novamente. — Eu rogo que os dois cavaleiros passem por essa casa e se forem piedosos o terceiro passará destruindo casa tijolo dessa casa e quebrando cada osso das pessoas que ainda estiverem aqui. — A mulher tremia olhando aos olhos daquele homem e assim ele conduzia o garoto até a carruagem que estava surpreso com tudo aquilo, ele deixava Sable ir primeiro e logo depois subia se sentando frente a frente do garoto. — É um prazer que você me veja em minha forma física Sable, estava ansioso pra poder conversar cara a cara e não por sussurros…

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