capítulo 7

Alicia sentou na cadeira a mesa da cozinha e depois se lembrou que estava vestida com aquele baby Dol que relevava demais e foi até o quarto, pegou um robe em sua mala que ela ainda não teve coragem de desfazer e vestiu o fechando bem apertado na cintura e descendo em seguida.

Quando chegou lá embaixo, Miguel já estava lá e ele havia trago umas vasilhas com comida que tinha um cheiro delicioso. Sua barriga roncou alto de fome e sua boca salivou. Ele colocou dois pratos na mesa grafo faça e talheres e começou a colocar a comida em um dos pratos.

____Você não espera que além de desobedecer à ordem de seu pai de deixar que você mesmo cozinhe sua comida, eu ainda sirva você. Não é? Disse ele olhando sério para ela.

Alicia estava com tanta fome que não lhe disse nada, apenas se aproximou da mesa e se serviu do feijão-tropeiro o arroz branco e do picadinho, com certeza comida tipicamente mineira, mais ela mesmo não sendo acostumada a comer pelo cheiro podia apostar que estava uma delícia.

Ela também se serviu de um pouco de salada e sentou a mesa para comer com muito apetite, pois até aquela hora da noite ele só tinha tomado um suco com uma torrada em sua casa, não conseguia nem explicar como não desmaiou de fraqueza.

____Nossa ! Pelo jeito que está devorando tudo, você estava mesmo com fome. Disse Miguel com um sorriso divertido olhando para ela.

____É porque até agora eu só estou com um suco no estômago e uma torrada que tomei de café da manhã em minha casa e também um pouco de suco que tomei agora a pouco. Disse ela se servindo de mais um pouco de arroz.

A comida estava deliciosa e Alicia pensou que apesar de muito diferente dos pratos requintados que comia tanto em casa quanto em restaurantes caríssimos, aquela comida era uma das mais gostosas que ela comia em toda sua vida. E ela podia não ir com a cara daquele cowboy rústico e grosseirão, mas ela nesse momento estava muito grata a ele por ele ter se preocupado com ela e ter lhe trago comida, indo até contra as ordens de seu pai.

Ele terminou sua refeição olhando para ela apesar de ser esnobe e arrogante ela não passava de uma menina que com certeza foi muito mimada pelo pai milionário que pelo que sua mãe lhe contou sobre ela que havia perdido a mãe quando tinha apenas 10 anos ele tentou amenizar a sua dor fazendo todas as suas vontades e esqueceu de lhe ensinar que ela não era melhor do que os outros só por ser rica e sempre ter tudo que o dinheiro podia comprar.

___Nossa. Eu acho que exagerei e comi demais. Agora estou muito cheia e vou ter que fazer muitos exercícios para compensar tudo que comi e não virar uma baleia. Disse ela sorrindo pela primeira vez sem nenhum deboche ou sacarmos e isso a deixou ainda mais linda do que já era.

___Eu não acho que vá engordar tanto só por comer um pouco a mais do que deve está acostumada e mesmo se engordar um pouquinho continuaria linda. Disse ele com um sorriso charmoso para ela e suas palavras e seu sorriso mexeu com ela de uma forma que ela não queria porque era muito perigoso baixar a guarda daquela forma e acabar correndo o risco de se apaixonar por aquele cowboy bruto demais para seu gosto.

___Olha, muito obrigada por me trazer comida. Mesmo eu tendo o tratado tão mal. Mas não se engane achando que com isso eu vou simpatizar com você e virar sua amiga porque eu não sou amiga de pessoas que não sejam do mesmo nível social que eu, e você não passa de um empregado de meu tio. Disse ela com sua típica arrogância e mania de se achar melhor que os outros por ser rica e bem nascida.

____ Apesar de não merecer o que fiz por você.Eu não me arrependo porque já passei fome e sei o quanto isso é ruim e, na verdade, eu faria isso por qualquer um. Você se acha melhor do que eu, mas precisou da caridade do pobretão aqui para não morrer de fome. Disse ele com raiva da arrogância dela recolhendo os pratos da mesa e colocando na pia. Depois ele pegou as vasilhas de sua mãe e empilhou uma dentro da outra e já ia se retirar quando ela o chamou.

____Você vai sair assim? Sem lavar a louça? Perguntou ela como se ele fosse o seu empregado.

___O quê? Além de trazer comida para encher seu bucho. Ainda quer que eu lave os pratos? Nossa!você é tão folgada que chega ser cômico. Disse ele sorriso com sarcasmo.

___E o que quer dizer com isso? Quer que eu lave os pratos? Pode esquecer por mim eles podem apodrecer nessa pia porque eu não vou estragar minhas mãozinhas tão bem cuidadas com toda essa gordura. Disse ela olhando para suas mãos estocadas na sua frente.

____Se você não sabe. Aquilo logo ali na pia são luvas feitas para patricinhas frescas como você. É só usá-las e suas mãos nem se sequer vão ter contato direto com os pratos. Disse ele apontando as luvas com um gesto de cabeça.

___Esquece Cowboy.Eu já disse que não vou lavar nada. Se está tão incomodado, lave você, ou amanhã chame sua mãe, ou sua namorada para fazer isso. Afinal elas com certeza devem ser empregadas do meu tio aqui na fazenda e se são empregadas dele são minhas também porque eu sou a dona daqui enquanto eu estiver por aqui e os meus tios viajando. Disse ela com seu jeito petulante a malcriado. Isso irritou ao extremo e ele avançou para cima dela, agarrando em seu braço de modo bruto e levando até a pia.

___Agora calce as luvas e trate de começar lavar a louça e têm uma coisa, já que você se fartou com a comida que estava nessas vasilhas, você também vai lavá-las. Disse ele com uma voz dura e autoritária, jogando as vasilhas dentro da pia para ela lavar.

____O que?Eu não vou fazer isso.Eu já disse! Disse ela com raiva tentando se livrar da mão grande e forte dele que apertava seu braço quase a machucando.

____Eu disse que vai lavar e você vai lavar. Ou prefere que eu te coloco de bruços em meu colo e te dê as palmadas que seu pai deveria ter te dado há muito tempo para você aprender a ser mais educada e obediente. Disse ele com um olhar ameaçador para ela.

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