Entre O Amor E A Vingança

Entre O Amor E A Vingança

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Como ela está? pergunto para a enfermeira.

- Instável, senhor Mendonça hoje acordou chamando pela filha.

Olho para a mulher à minha frente e não a reconheço: minha mãe era cheia de vida, alegre e forte. Depois da morte da Alana, perdeu o amor pela vida. Olhando para ela, reforço minha promessa: jurei no túmulo da minha irmã que o desgraçado que causou sua morte pagará caro, nem que seja a última coisa que eu faça. Ele irá pagar.

Depois de verificar como está minha mãe, vou para meu quarto, preciso de um banho. Tiro minha roupa, entro no box, ligo o chuveiro, sinto a água caindo pelo meu corpo. O cansaço, a raiva, só vão amenizando. Depois do banho, troco de roupa, olho pela janela, tomando meu uísque, pensando qual será meu próximo passo. O primeiro já foi dado, irei acabar com os Venâncio.

- Ora, ora, o que temos aqui, Ulisses Mendonça em meu humilde estabelecimento, a que devo a honra!

Não seja idiota André, estou sem paciência para suas brincadeiras - falo para o meu amigo que gosta de encher o saco. Depois das graças do André, a noite seguiu bem, lindas mulheres ao meu redor. Sei que sou bonito, gosto de ver o efeito que causo nas mulheres. Posso ter a mulher que eu quiser na hora que eu desejar. Também não sou cego, sei que elas querem meu dinheiro. Apenas as uso para meu prazer, não quero compromisso, todas são interesseiras. Não me levem a mal, mas o amor não foi feito para mim. Prefiro o sexo casual.

Acordo com a claridade entrando pela janela, m****a de ressaca. Ontem tomei todas para finalizar a noite. Aqui acordo com duas mulheres na minha cama; levanto vou para o banheiro, tomo banho, saio do banheiro. As mulheres estão acordadas, quando me veem só de toalha, olham como se estivessem vendo algo saboroso. Claro que estão vendo, sou muito bom no que faço, não tenho tempo, tenho que passar em casa ver minha mãe e ir para empresa. Deixo as duas mulheres no quarto, vou para o closet, me troco e sigo para casa. Não levo mulheres para minha casa, tenho um apartamento para meus encontros casuais.

Depois de ver minha mãe e me trocar, sigo para a empresa. Tenho muitas reuniões, meu pai construiu um grande império, tive que assumir cedo os negócios da família, meu pai morreu quando eu tinha vinte anos. Ainda estava na faculdade quando recebi a notícia de sua morte. Tive que deixar tudo e cuidar da minha mãe e da Alana, que na época era adolescente. Tive que viver para minha família. Depois da morte do meu pai, minha mãe ficou doente com depressão. Ela o amava muito. Por muitas vezes desejei encontrar alguém assim, minha alma gêmea, como meu pai fala, o amor deles era lindo. O brilho nos olhos quando se viam, o sorriso, os gestos de carinho, o amor, era algo sem explicação. Aí, meu pai morreu, e junto com ele uma parte da minha mãe também morreu. Vendo sua dor e tristeza, jurei não me apaixonar. Não quero sofrer por ninguém, tampouco ser o motivo da morte de alguém, o amor só existe nesses filmes românticos que se veem na tv.

Saio do elevador, caminho até minha sala, minha secretária Ana já está em sua mesa. Passo por ela direto para minha sala.

- Senhor Mendonça, tem uma pessoa na sua sala. - Olho para Ana, ela sabe que não gosto que entrem na minha sala sem minha permissão. Ana baixa a cabeça ao ver o olhar que lhe dou. Entro na sala olho para a pessoa que está sentada em minha cadeira. O que faz aqui? Já disse que não quero que nos vejam juntos. Espero que tenha algo muito importante para me falar, caso contrário, saia agora. Sou direto, olho para a pessoa que me olha com medo, sai quase correndo da minha cadeira. Me sento esperando sua resposta. Então, seja rápido o que quer aqui!

- Vim lhe informar que está tudo caminhando como o senhor mandou: a empresa está à beira da falência e o Renato Paiva sofreu um acidente de carro, está no hospital, mas não corre risco de morte. Ficará um tempo sem trabalhar. - Ótimo! digo à pessoa à minha frente. Agora sai, não quero que lhe vejam aqui. A pessoa faz sinal com a cabeça, confirmando, e saindo logo em seguida da minha sala. Sorrio comigo mesmo, estou mais perto que nunca de acabar com a raça dos Paiva.

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Comments

maria luciete

maria luciete

Começando a ler hoje.
maratonando mas uma estória.

2024-05-22

0

Maria Izabel

Maria Izabel

começando a ler ♥️

2024-02-05

0

Maria De Fatima Carvalho

Maria De Fatima Carvalho

gostando da história 💖💖💖

2023-10-04

0

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