Estava frio, caia um leve garoa rasa e a sensação térmica era de 15°c.
Beatriz se levanta, mais ou menos meio-dia, e faz a sua higiene pessoal. A jovem não é muito afim de acordar cedo, então para ela era apenas mais um dia comum. Não precisava trabalhar e já tinha acabado os estudos em seu colégio privado perto de sua casa, então agora era só alegria pra ela.
Ela desceu até a cozinha e lá estava Carlotta, a funcionária da casa, levando alguns pratos brancos de porcelana enquanto o almoço cozinhava. Carlotta tinha mais ou menos uns cinquenta anos. Cuidadosa e zelosa, ela cuidava da família de Beatriz como se fosse sua própria família, e tratava Bia como se fosse sua filha que nunca teve.
(Descrição da roupa/ estilo utilizado pela personagem citada.)
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— Bom dia fofa, comida está cheirosa, hein. - Bia cumprimentou na maior naturalidade como se o fato de acordar na hora do almoço todos os dias fosse tranquilo. Enquanto pegava uma maçã da fruteira em cima da mesma, esfregava na t-shirt ela mordia saboreando a fruta.
— bom dia?- indagou Carlotta - É boa tarde já Bia.- falou ela com a sua voz fina e suave como sempre de costume.
— Eu sei disso, mas você sabe que para mim o dia está começando agora, né? - afirmou balançando os seus ombros e dando outra mordida na fruta
— Eu sei amorzinho, mas você tem que começar a se levantar mais cedo. Criar maturidade. - Carlotta se importava com Bia e tinha se tornado praticamente uma mãe para a jovem. Já que Carolina não se importava e muitas vezes nem via o horário que sua família acordava por sair cedo de casa, Carlotta fazia isso.
- ihh, vai querer roubar o lugar do meu avô agora, é?
- Não, mas saiba que isso vai te afetar mais para frente. - ela demonstra está realmente preocupada com Bia.
- Tá, mas eu vou acordar cedo para que? - falou enquanto apreciava o sabor da maçã a qual comia que parecia bem suculenta para a jovem faminta.
— Sair, aproveitar a vida, ficar mais tempo com os seus pais...
— Deus me livre - bradou interrompendo - Para minha mãe querer ficar arrumando homem para mim toda a hora? Não, obrigada dispenso.
- Ah Bia. - suspirou - utiliza esse tempo para curtir mais sua juventude menina.
Bia sorri de canto, deixando essas palavras entrar por um ouvido e sair pelo outro.
- Tá bom Carlotta, vou tentar.
Mas era mentira.
Bia odiava sair de casa, e quando saia, sempre aparecia em brigas e confusões.
Logo em seguida ela sobe para o seu quarto novamente se joga com tudo sobre o colchão confortável de sua cama King e põe seus fones sem fio no ouvido escutando músicas de seu estilo através de seu Galaxy S23 Ultra, um celular que ganhou de seu pai
Cantores como James Arthur, Billie Eilish e Zoe Wees dominavam sua playlist musical.
Ela se perde no seus pensamentos ouvindo suas canções, deitada sobre sua cama com a mão sobre seu peito e seus olhos, castanhos claros, fechados ela se desliga das coisas do seu interior. Tudo some e apenas imaginações sem sentido estão ao lado dela.
Mas de repente Clarice bate na porta desesperadamente.
- Bia! - Ela grita chamando pelo nome de sua irmã, estática, os brados agudos de Clarice era como se Rihanna tivesse acabado de lançado um álbum.
Bia se levanta confusa.
- O que foi Clarice?
- O vovô...o vovô....ele morreu!!! - Ela revela a notícia assim, na cara dura, sem nem mesmo uma cerimônia. Talvez para contar algo, principalmente se fosse uma notícia ruim, Clarice era a pessoa menos indicada para isso.
- O quê?!- Bia exclama, com os olhos arregalados não acreditando no que acabou de ouvir.
É alguma piada? Hoje é primeiro de Abril?
Mesmo se fosse primeiro de Abril e não vinte e dois de março, isso não era algo para se dizer nem de brincadeira.
Mas estava estampado na cara de Clarice que isso não era brincadeira e nem um blefe. Quem é que acordar um dia de repente pensando: vou trolar todo mundo dizendo que meu avô está morto?
- Sim... o papai está te chamando. - sua voz nervosa e trêmula entregava a verdade e a sinceridade sobre todo o ocorrido.
Ela se levanta ainda incrédula, tira o fone de seus ouvidos colocando-os em cima da cama e foi o mais rápido de encontro com os restante da família que a aguardava no escritório de seu pai.
Bia chega lá, mas por um motivo bem conhecido, somente seu pai se mostra entristecido. Clarice estava surpresa e nervosa como qualquer neta ficaria, Léo triste e desolado por perder seu pai dessa maneira, para uma doença que estava sendo tratada e sua mãe ansiosa pela herança que seria distribuída, mas tentando evitar ao máximo demostrar isso, por mais que seus olhos gritavam para ler o testamento.
Bia aproximou-se ainda extasiada, e com os olhos cabisbaixo o questionou:
- É verdade isso, é verdade que o Oliver morreu?
Seu pai segura em seu ombro e a jovem pode sentir a mão dele tremer levemente como se estivesse se controlando para não cobrir seus olhos que cairiam aos prantos.
- Sim filha, infelizmente é verdade, ele não...está mais entre nós.
Bia se afasta para trás surpresa.
-A gente não se dava bem, mas... fico meio confusa sobre a partida recente dele. Ele veio aqui semana passada e agora ele morreu?
- Pois é filha, por isso que temos que valorizar cada momento, porque cada momento é único - afirmou.
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.Quando se passou se mais ou menos 3 horas já estava tudo pronto para o funeral. Como ele era um homem importante e querendo ou não sua morte no fundo já era de se esperar por conta da resposta lenta que o corpo dela dava ao tratamento, seus acessores e auxiliares organizaram o velório contatando o cemitério mais luxuoso e seguro que há no Brasil, o cemitério São João Batista. Embora o real desejo do homem seria ser enterrado no Père-Lachaise em Paris, tudo isso pegou a todos de surpresa, então não tiveram muita escolha.
Beatriz desceu do seu quarto, ainda pensativa e no fundo extasiada com a partida de seu avô, já pronta para ir para o sepultamento e Luísa já revirou os olhos.
Ela então os olhos de cima a baixo e prossegue
- está frio oxi, se quiser eu nem vou.- retrucou
Sua mãe, Carolina, com um perfume olfativo de aroma impregnante, achegou-se com uma Black Baccara em mãos, uma flor rosa negra, típica para funerais.
- Tá tudo bem querida, vamos logo.
A mulher de belas curvas e largo quadril vestia um vestido preto, mas não tão bom para a ocasião. Super justo e coladinho ela arrancaria toda tensão do velório.
- É querida mamãe, também nem daria para você reclamar da minha roupa né. - Beatriz falou encarando de cima a baixo.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Sandra Pinheiro
caramba ,não dá pra ter menos detalhes de marcas de roupas,perfumes etc.
obrigada
2024-04-11
1
Bianca Lopes
eu acho que ela só se faz d durona, mas amava o avô
2023-09-20
1