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tava comendo quando do nada uma menina tentou chamar atenção encima da mel.

- qual é DD não sabia que tava pegando vaca agora.

eu larguei minha carne e já ia levantar para dar na cara daquela p.ta, mas Felipe segurou o meu braço, já ia gritar com ele mas o Dudu foi mais rápido.

- vaca aqui só você, aliás, vaca não, elegante, bucet. de elefante.

eu me satisfiz com a resposta dele mas fiquei bolada com o lipe, qual o problema dele.

- porque me segurou?

- não arranja briga nao, namoral nega, tamo numa boa aqui

- você ouviu oque ela disse ?

- deixa a mel se virar também pô

olhei para ela e estava encolhidinha comendo seu açaí com um olhar triste.

ninguém fala mal da minha irmã e sai sem um roxo no olho.

me levantei de uma vez assustando todos da mesa grudei no cabelo da menina e bati a cabeça da na mesa, a garota chega ficou tonta mas quis partir pra cima de mim, sorte dela que o lipe não deixou, se não eu iria catar ela e só iria parar quando visse sangue.

- não vem de marra não sua put., tu procurou agora aguenta! e mete o pé daqui agora !

- mas eu...

- VAI EMBORA POR.A

a garota saiu rebolando de perto de mim até eu perder ela de vista.

- vem aqui comigo rapidinho clara

ele me puxou num catinho e começou a brigar comigo

- tu tá doida? não ouviu nada do que eu disse pra tu não ?

- ela falou mal da mel!

- e sei minha preta, mas tem que deixar sua irmã se virar um pouco né?! você não vai tá o tempo todo do lado dela não pô

- desculpa...

- e outra! se fosse mulher de algum bandido do outro morro em ?

- não iria bater, só bati porque sei quem ela é.

- você tem hora que parece doida.

- não briga comigo.

abracei ele e dei um cheiro no seu pescoço sentindo ele arrepiar.

- hum faz as merd. E depois vem de dengo pra cima de mim.

- porfavor...

distribui beijos no seu pescoço até ele me perdoar e parar de brigar comigo.

- tá certo clara, eu te perdoo...

agradeci ele com um selinho

-..se tu for lá pegar outra cerveja pra mim.

- vish virei mordomo?

- tu não quer meu perdão?

- tabom, eu só pego se eu puder comprar um doce pra mim também.

- que mané doce clara

- uma cocada, porfavor!

- ...humm por.a, tabom! toma.

ele me deu dez reais, o suficiente pra duas cervejas e uma cocada.

fui comprar toda feliz quando voltei vi os muleque cheirando, todos da rodinha, menos o Dudu que tava um pouco mais afastado com a mel, conversando com ela.

sentei do lado do lipe e entreguei a cerveja dele.

- tu tá usando isso ?

- não pô tá doida, uma cheirada nisso aí e eu vou direto pra cova.

- há é, esqueci do seu problema do coração.

- poisé, nada de droga pra mim

- é mas em compensação desconta tudo na cachaça né preto ?

- rsrs quem não tem cão caça com gato.

ele deitou a cabeça no meu ombro e aí eu tive que tirar onda.

- que foi que tu tá cheio de chamego comigo em ?

- pô amanhã tu me ajuda num negocio lá na boca.

- que negócio ?

- por.a é que eu não consigo fazer aquelas conta toda lá, tá complicado é um monte de papel pra todo lado, nem sei mais onde coloquei algumas coisas, tô pedido lá dentro!

- há mas o tio é doido mesmo, do nada joga você lá dentro, sem preparação nenhuma sem te ensinar direito as coisas

- poise pô, me dá uma força lá clarinha.

- rsrs clarinha ?

- vai ?

- vô aproveitar que amanhã é minha folga eu colo lá na tua base.

- cola na minha base ?

disse ele sorrindo todo malicioso.

- vish sai fora, não vou dar pra você.

- haa qual é ?!

- shh

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