O reencontro...

Adam  fica olhando por alguns minutos para a Olívia, então ele se vira para o barman e pergunta:

—Você está vendo aquela moça ali sentada com outra e um rapaz.

—Sim senhor, elas sempre aparecem por aqui nas sextas-feiras, após o trabalho, ali é a Laura, o Guilherme e a Olívia, eles trabalham na empresa Dreame que fica  nesta mesma rua—o barman falou.

—Quero que mande levar bebidas para aquela mesa, mas não diga que foi eu quem mandei, espere, você falou Dreame?—Adam perguntou.

—Sim, a empresa que vende produtos tecnológicos, não conhece ela senhor?—o barman perguntou.

—Eu conheço melhor que muitos que trabalham nela—Adam falou se levantando e indo até o banheiro.

Quando ele voltou, Olívia, Laura e Guilherme já tinham ido embora, ele olha para o barman e pergunta:

—Onde eles estão?

—Eles recusaram as bebidas e já foram, elas não demoram muito— o barman falou.

Adam paga a conta e sai às pressas para fora e vê o táxi com os três, já virando a esquina.

Ele então vai para o hotel, faz o check in e dentro do quarto, ele tira sua roupa, entra no chuveiro e fica pensando na Olívia, ela continuava linda, agora era uma mulher, não mais aquela jovem que ele tinha visto na última vez em que eles se falaram.

Ele se deita e acaba dormindo, com seus pensamentos na Olívia e no Hector que provavelmente não terá a chance sequer de conhecer a sua mãe biólogica, já que a mesma já deu sinais que não quer ir ao encontro do filho, mas isso era algo que para Adam, seria melhor, pois ele tinha medo de que a Abigail voltasse e levasse o Hector, seria algo devastador para ele, já que eles são apegados um ao outro e por mais que o sangue que percorressem neles revelasse que ambos não tinha laço sanguíneo, o amor que a família do Adam tinha pelo Hector superava qualquer que fosse as chances deles não serem compatíveis.

No dia seguinte...

Adam se acorda e então coloca a mesma roupa que ele tinha usado na noite anterior, desce para tomar o café da manhã e uma criança que passava acaba sujando a calça dele com mel, a mãe pede desculpas e ele pede que ela não se preocupe, ele também é pai e seu filho já passou por essa fase.

Ele se senta e limpa com um guardanapo, depois vê o cardápio e escolhe seu café da manhã.

A garçonete logo anota os pedidos e fica admirando a beleza dele,  após alguns minutos ela volta com o que ele pediu e o mesmo menino que o sujou de mel, passa e acaba derrubando a garçonete que derruba o café da manhã nele.

Ela fica envergonhada, pedindo desculpas e a mãe do menino diz que pagará o prejuízo, Adam então diz:

—Não é preciso senhora, fique tranquila.

Ele pede a garçonete que deixe tudo na conta dele e então ele se levanta e vai em direção ao seu quarto, no caminho  uma senhora diz que ao lado do hotel tinha uma loja ainda no  que vendia camisas, calças, ele agradece acaba indo até a loja, que para surpresa dele não tinha ternos.

Ele compra duas calças e duas camisas, vai para seu quarto e se veste, ele estava diferente do que costumava ser, mas até a equipe do hotel lavar o terno dele, seria essa a roupa que ele usaria para ir até a filial, o fazendo pensar que poderia muito bem se passar de cliente.

Ele sai do hotel e vai até a empresa filial, ao chegar lá, seus olhos brilham quando ele vê a Olívia, trabalhando e bastante motivada, ele se aproxima dela e diz:

—Oi!

—Olá, como está?—Olívia perguntou.

—Eu estou bem e você?—Adam perguntou.

—Estou ótima, mas tudo ficará melhor, quando me disser o que procura e assim poderei lhe ajudar a sair da Dreame com um sonho de consumo realizado, agora me conte, o que te motivou a vir hoje na Dreame?—ela perguntou.

Adam olha surpreso para ela e fica pensando que talvez ela não o reconheça, já que ele está mudado, ele então sorri e diz:

—Na verdade eu não vim para comprar nada.

—A então você é o funcionário novo que o senhor Octávio pediu para eu mostrar a loja e como tudo funciona?—ela perguntou.

Ele pensou em contar toda a verdade, mas então lembrou que precisava descobrir sobre o fluxo de caixa daquela filial e não seria uma má ideia se ele fingisse ser um vendedor, sem pensar duas vezes ele diz:

—Sim, sou eu mesmo.

Ela sorri e diz:

—Vem comigo, vou te mostrar tudo.

Olívia explicava para  ele sobre  cada setor da loja, cada produto que vendiam, ele apenas a observava, ela tinha muito conhecimento com os produtos da Dreame e também era muito amável com as pessoas, Adam fica a encarando e ela diz:

—Entendeu?

—Sim, eu entendi—ele falou voltando a si.

—Qual o seu nome?—ela perguntou.

—Me chamo A... Albert.

—Eu sou Olívia, seja bem vindo Albert e bom trabalho, se precisar de algo, é só dizer—ela falou.

Ele então perguntou:

—Você poderia almoçar comigo hoje?

Ela olha para ele e diz:

—Albert, não abusa da minha ajuda, eu não estou a fim de sair com ninguém, mas não é nada contra você certo?

—A desculpa, não é isso que você está pensando, eu só não conheço aqui, não sou daqui, achei que pudesse me dizer onde geralmente tem uma boa refeição—Adam falou.

—A então desculpa, eu achei que estava dando em cima de mim, então quando for a hora do almoço eu te levo ao restaurante que gosto de ir, eles fazem uma refeição deliciosa—ela falou.

O gerente aparece e diz:

—Olívia, espero que possa voltar ao trabalho, conversas paralelas deixem para o horário de almoço de vocês.

Adam olha sério para o gerente que fica pálido e ele já ia entregá-lo, até que ele diz:

—Senhor Franklin, será que podemos conversar por um momento?

Continua...

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