Capítulo 2

MIA

- Bom dia, senhores! - digo ao entrar na sala juntamente com Peter, a reunião com os Salles irá começar, já estou com dor de cabeça.

- Podemos dar início a reunião? - Peter pergunta se sentando em uma cadeira a meu lado.

- Sim, do que se trata? - o líder pergunta, o pai, Acácio.

- Nosso contrato, sempre recebemos o trabalho de vocês com uma grande qualidade, mas o desse mês não veio do nosso agrado, gostaríamos de saber o que mudou, pois o valor não foi alterado. - digo olhando nos olhos do Sr. Acácio e quando desvio para observar o filho mais novo, Adriano, percebo que o medo atravessou seu rosto.

- Desculpe, não sei o que aconteceu, poderia me provar o que está a dizer? - pergunta franzindo o rosto.

- Claro! - coloco alguns papéis na mesa - Aqui está.

Os três pegam os papéis e começam a conferir, eles sempre foram eficientes em seu trabalho, nunca vi erro, mas, quando seu filho começou assumir alguns contratos, começou a desandar, eles são em três: dois filhos e o pai, Adriano, Alberto e Acácio.

- Adriano, o que aconteceu? Você quem começou a liderar esse contrato, mudou algo? - Acácio pergunta encarando o filho com

a face dura.

- Eu... - seu rosto ficou branco - Não sei, pai.

- Como não? Eu te coloco para assumir um simples contrato e nem isso você dá conta? - Acácio pergunta furioso.

- Pai, essa empresa é comandada por uma mulher, você acha mesmo que foi meu irmão quem errou, com certeza ela não sabe nem olhar os números e vem falar que o erro foi nosso, pelo amor de Deus! - Alberto fala revirando os olhos, eu me viro e olho para Peter que não tem a cara nada boa, respiro fundo e digo:

- Ser mulher não faz de mim burra, tenho as mesmas capacidades que um homem e, como você pode ver, comando a minha empresa muito bem, caso contrário, ela não seria uma das mais famosas, o erro foi sim de vocês. Sr. Acácio, converse com seus filhos e com quem mais precisar e depois nos dê um retorno, espero que vocês concertem onde errou, caso contrário nosso contrato irá se encerrar, obrigada pela presença! - me levanto pegando minhas pastas e caminho até a sala de Peter, entro e me sento no sofá que tem ali.

Sempre fui criticada por ser mulher e comandar uma empresa, mas isso nunca me abalou, sei do meu potencial e ninguém é capaz de tirá-lo, as críticas pioraram quando descobriram que sou mãe, mas isso não me faz incapaz de fazer o que faço, tento sempre manter minha calma e não perder a razão.

Saio dos meus pensamentos com Peter adentrando a sala, ele bate a porta e caminha até sua mesa se sentando na cadeira, bufa irritado e passa a mão no rosto antes de me encarar.

- Como você consegue?

- Consigo o que? - pergunto levantando a sobrancelha.

- Aguentar tudo isso, nem foi comigo e já me irritou, não gosto disso, não gosto desses homens que se acham melhor que vocês, mulheres. - ele massageou as têmporas - Parabéns!

- Pelo quê? - pergunto observando os detalhes de seu rosto, seus olhos pretos, barba rala, sua pele firme, sobrancelhas grossas, nariz arrebitado, lábios exuberantes, ele é lindo, tenho que admitir.

- Determinação, eu acho, você foi corajosa lá dentro, não deixou um homem desagradável abalar sua capacidade, muito menos disser que você é menos capacitada que ele, gosto de mulheres assim. - disse se levantando e se aproximando de mim, enfiou suas mãos no bolso de sua calça social preta e semi cerrou os olhos encarando os meus. - Vamos sair hoje? Quero te levar em um lugar.

- Não está cansado de ver minha cara? Me vê todos os dias.

- Não, eu gosto de te ver todos os dias, por mais que às vezes você é chatinha. - abro a boca fingindo indignação.

- Você que é chato, eu sou super legal, cara! - digo franzindo o cenho.

- Ok, você é legal então. Vai sair comigo?

- Humm, não sei, estou chegando muito tarde em casa, quase não estou ficando com minha filha, não sei se é uma boa ideia. - Eu realmente não estou ficando muito com Ayla, sinto que preciso de um tempo com ela.

- Tudo bem, você irá trabalhar amanhã?

- Não, amanhã é sábado! - digo o óbvio, ele dá um sorrisinho de lado e se vira voltando para a mesa.

- Ok, pode ir, já não tem mais nada para fazer aqui. - diz, de forma rude, eu hein, mudança de humor repentina.

Me retiro de sua sala e vou para minha, termino alguns relatórios e vou para casa ficar assistindo vários filmes agarrada com Ayla.

...Continua......

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Comments

Ana Beatriz

Ana Beatriz

já tô com ódio desse Alberto

2022-12-21

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