capitulo 3

por Gustavo

A Aninha chega hoje ao Brasil, tem três anos que não nos vemos e espero que ela esteja gorda e cheia de espinhas, não sei se posso resistir se ela estiver ainda mais bonita do que antes, da ultima vez que nos vimos ela foi embora magoada comigo, foi tudo um mal entendido mas foi melhor assim, eu não a procurei para exclarecer as coisas, Aninha é linda, doce e gentil com certeza merece alguém muito melhor que eu, se caso ficássemos juntos eu só iria a magoar e não suporto ver ela sofrer. Ainda me lembro a primeira vez que a vi, eramos apenas crianças , era um dia de domingo e charles nos levou a um pequenique no parque, a tia kassie apareceu com seus filhos e seu marido e Aninha foi levar um picolé de chocolate para mim enquanto eu estava dando pão aos patos, ela com certeza era a menina mais linda que eu ja tinha visto na vida, parecia uma boneca de porcelana com sua pele branca, cabelos loiros e olhos azuis, seu sorriso doce aqueceu meu coração e eu pudia esquecer até das minhas dores olhando para aquele anjo em minha frente, sim minhas dores, para quem não acompanhou a historia dos meus pais eu tive câncer quando criança, foi uma fase muito difícil mas passou, tudo mudou em relação a Aninha quando dei nela nosso primeiro beijo, até ai eu via a Aninha como a minha melhor amiga ,mas estraguei tudo quando em um impulso a beijei, ela estava tão pálida na cama e parecia tão triste que julguei que um beijo a alegraria, apesar de ser apenas um menino eu sempre vi o meu pai beijar a minha mãe, quando ela estava triste ou chateada papai a beijava e isso sempre a alegrou, eu julguei que com um beijo Aninha se sentiria melhor, triste ilusão aquela minha, Aninha se tornou uma chata grudenta, parecia um cachorrinho aos meus pés querendo me agradar de todas as maneiras, aquele beijo tambem mexeu comigo , eu senti algo inexplicável beijando aquela garota, ali com ela tive minha primeira ereção ,mas não foi apenas isso eu senti como nenhuma outra garota me fez sentir ate hoje, foi como se meu corpo tivésse recebido uma descarga de adrenalina , uma sensação tão boa que nem quando eu estou a toda velocidade em um card de corrida eu consigo sentir, Aninha é como uma droga viciante , seu gosto é doce e salgado ao mesmo tempo e eu nunca encontrei alguém tão saborosa quanto ela e olhe que eu ja experimentei várias, eu também tive o prazer de ser seu primeiro homem, embora sempre a afastasse ou tentasse afasta-la ela era como uma droga do qual eu estava viciado, no final do terceiro ano do ensino médio ela resolveu ir cursar direito nos Estados Unidos, esperou apenas completar dezoito anos para largar tudo e ir para bem longe do que lhe empedia de voar, no caso eu mesmo , mas mesmo assim , mesmo querendo a ver bem distante de mim eu ainda quis ser o seu primeiro e assim antes de partir eu o fiz , eu tirei sua inocência assim como fiz a anos atrás quando a beijei pela primeira vez e pelo menos uma vez por alguns miseros momentos eu me senti completo e feliz.