_ Você tem mesmo que ir? Não quero separar-me de você Aninha.
_ Para com isso Isa! você sabe que eu preciso ir, o vovô Raul esta doente e eu quero passar um tempo com a minha família, desde que me mudei para cá eu não voltei ao Brasil e não vou me perdoar se algo acontecer com o meu avô sem que eu esteja por perto, vovô sempre foi o maior incentivador dos meus objetivos, quando eu quis vir para cá ele me chamou para uma conversa e me disse que se isso era o que eu realmente queria apoiava minha decisão, ele e a vovó Vitoria sempre foram meus exemplos de amor, carinho e reciprocidade, não que meus pais e tios não sejam perfeitos tambem ,mas eles são demais.
_tá bom! mas eu vou ligar todos os dias nessas duas semanas que você vai ficar lá.
_ mas que garota grudenta, esta mais parecendo o meu namorado que minha colega de quarto.
_ por falar em Mason, ele não vem se despedir de você?
_ Eu não disse a ele que estava indo pro Brasil ainda hoje. Não temos nada sério e é melhor ele não pensar que temos.
_ Hummm como ela é desapegada.
_ me poupa ta Isa! tenho que ir ou vou perder o meu vôo.
_ Boa viagem! Te amo e volta logo.
_ tchau Isa. Digo e a aperto no meu peito , depois pego minga mala e entro no taxi que me esperava.
Sigo o caminho até o aeroporto em silêncio, estou com muita saudade de casa e de todos por lá, só espero controlar o meu coração ao reencontrar o Gustavo, da última vez que o vi foi quando ele pela última vez partiu o meu coração e destruiu qualquer possibilidade de romance entre nós.
Um poema para adoçar a nossa historia, nesse livro teremos alguns.
decepção
Um dia te olhei nos olhos e disse “Te amo”.
Sonhei e acreditei com uma vida ao seu lado...
Imaginava nossas vidas sendo apenas uma.
Planos... Eu tinha muitos deles, e todos ao seu lado.
A esperança era com você...
Mas eu abri os olhos, acordei deste sonho.
Como dizem por aí, “caí na real”.
Você não era o conto de fadas...
E muito menos era a tal pessoa amada que esperei minha
vida inteira para conhecer.
Eu tinha sonhado demais, tinha tido esperança demais,
estava ocupado demais fazendo planos, e não parei
realmente para ver quem estava ao meu lado.
Ou será que eu sabia de tudo isso o tempo todo,
mas não queria ver!?
Como uma criança que brinca de esconde-esconde no
escuro do quarto, querendo se esconder do que
pode estar esperando por ela... Assim permaneci;
Com as mãos nos olhos, querendo impedir os meus
olhos de verem a realidade. O engraçado é que
meu coração nunca esteve cego, muito menos calado...
Mas de certa forma, quem saiu machucado nesta história
foi apenas uma pessoa: EU!
E você? Não sei dizer...
Você sabe o que é dor, amor ou paixão?
Melhor; você tem um coração que pulsa dentro de você?
Porque eu tenho... E ele pulsou durante muito tempo
por você.
Pulsou dizendo teu nome. Pulsou dizendo te amar.
E hoje ainda pulsa por você... Mas na esperança de te
esquecer.
Anne Caroline Monteiro Moreira
Chego ao aeroporto em cima da hora, faço o check-in e despacho a minha mala, não demora o avião já esta decolando e lá vou eu reencontrar tudo que eu deixei para trás a três anos atrás. Coloco os fones no ouvido e fecho os olhos, não demora eu adormeço, ainda é muito cedo aqui e vou chegar ao Brasil por volta das três horas da tarde.
Caio em sono profundo e os meus pensamentos me traem a trazer a memória uma lembrança do passado
_ É um domingo como qualquer outro e estamos todos reunidos na minha casa para um churrasco, era rotina as nossas famílias se reunirem para comer e conversar, os adultos estão na área externa enquanto as crianças e adolescentes estão na sala de jogos, Mateus e Benicio jogam cinuca, Gustavo os observa, enquanto os menores estão a jogar vídeo game, eu estou ali de bobeira quando sinto algo estranho, a minha barriga está doendo e sinto algo quente entre as minhas pernas, subo pro o meu quarto e vou ao banheiro, ao baixar a calcinha para fazer xixi vejo uma mancha de sangue, a tia Sofhi ja tinha conversado comigo a respeito disso, essa era a minha primeira menstruação, sinal que eu estava a ficar mocinha, a tia Sofhi é medica e tem um temperamento doce muito parecido com o meu, nada contra a mamãe, eu amo-a muito, mas em todos os lugares que vamos às pessoas pensam que sou filha da tia sofhi, nos parecemos tanto no temperamento quando no aspecto físico já que nós duas somos loiras e temos os olhos claros. Tomo um banho e deito na cama, aquela dor esta me incomodando e fico com vergonha de ir chamar a mamãe, fico lá encolhida e vejo a porta do meu quarto se abrir.
_ Aninha , estão chamando para almoçar. Gustavo fala entrando no meu quarto sem permissão. Ele se aproxima da minha cama e eu me levanto.
_você esta bem? porquê esta tão pálida?
_ estou bem! só chama a minha mãe por favor
_ ela esta servindo o almoço, minha mãe mandou eu vir te buscar.
Ele se aproxima de mim me olhando nos olhos , eu sinto aquela sensação estranha que tenho toda vez que gustavo esta proximo de mim, é algo parecido com borboletas no estômago, minhas mãos suam frio, o olhar de Gustavo esta diferente, tem algo quente nele, meu rosto ja deve estar vermelho ele continua se aproximando deixando nossos rostos tão proximos que sinto sua respiração ardente, ele me puxa pelos cabelos e nossos lábios de tocam de um jeito mágico, sinto algo inexplicável se espalhar pelo meu corpo e abro a boca , nossas linguas se tocam e ele invade minha boca como se soubesse o que estava fazendo, eu fico sem ar , meu coração parece que vai sair pela boca , onde gustavo aprendeu a beijar assim? ele só tem dez anos eu sou mais velha mas nunca beijei ninguém. Ele se afasta e parece recuperar o fôlego respirando de uma forma rapida e pesada.
_ porquê você fez isso? pergunto ainda com a voz tremula e sem ar.
_ Você parecia que precisava de um beijo. Agora vamos. ele me da uma ordem com seu jeito frio.
_ Com quem aprendeu a beijar assim?
_ Vamos ou eu vou beijar-te de novo.
_ Gustavo.....
_ Deixa de ser chata garota, eu nunca beijei ninguém, ele diz indiferente e aquilo de certa forma deixa-me feliz, o meu primeiro beijo também foi o primeiro do Gustavo. Começo a sentir cólica outra vez e faço uma cara de dor
_ O que foi? Onde está doendo?
_ Eu fiquei mocinha e estou com cólica!
_ pedi um remédio para a mãe do Benicio, ela é medica, deve saber o que fazer.
_ vou pedir sim, agora vamos antes que a mamãe venha nos buscar.
_ Não conta que eu lhe beijei.
_ Então não conta que eu menstruei.
_ ok
_ok.
Fim da lembrança
Acordo e estou suada como tampa de chaleira, a hospedeira de bordo toca o meu ombro e pergunta se estou bem, respondo que preciso de uma água e ela entrega-me uma garrafa de água e um pacote de salgadinhos.
Observo a paisagem pela janela e pouco tempo depois servem um sanduíche e uma garrafa de suco de laranja , depois de comer volto a dormir e só acordo quando estamos prestes a pousar com a aeromoça me chamando Novamente. Isso ja tem tanto tempo que nem me reconheço mais naquela menina bobinha.
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Atualizado até capítulo 112
Comments
Joana Nunes
Adorandoooo
2024-08-18
0
Natália Souza
estou amando
2024-01-25
0