Depois do encontro com Dr. Jordan, Alice foi direto para casa. Ela queria contar a seu pai a novidade e precisava da autorização dele para o plano que ela já tinha elaborado, durante o caminho para casa.
- Boa noite, papai. - Alice falou alegre.
- Boa noite, querida. Como foi seu dia? - Indagou Stephen com aquela expressão melancólica que cortava o coração de Alice.
- Maravilho! - Ela exclamou animada.
Como Alice era uma eterna otimista, Stephen sabia que não devia ter acontecido nada de especial naquele dia.
- Quem bom. - Ele deu um sorriso. - E posso saber o motivo disso? - Stephen indagou mesmo pensando que não deveria ser nada demais. Talvez um carregamento de flores novas ou muitas vendas para senhora Sheridan...
- Eu estive agora a pouco no consultório do Dr. Jordan e tem um novo medicamento que além de impedir o desenvolvimento da sua doença, ele também pode ajudar ao senhor melhorar! - Alice falou de uma vez só para não deixar o pai no suspense.
- Isso é verdade? - Stephen murmurou sem acreditar naquela notícia. - Eu posso voltar a ter uma vida normal?
- Sim papai! Não é uma notícia maravilhosa?
- E como podemos conseguir esse remédio? - Os olhos de Stephen brilhavam como há anos Alice não via. A animação dele era contagiante.
- Nós temos que comprar. O governo não fornece de graça. - Ela explicou tranquila ao pai, como se aquilo não fosse um grave problema.
- É agora que você me conta que não temos como pagar por isso, não é? - Stephen sentiu como se um balde de água gelada caísse sobre sua cabeça.
- Calma, papai. Eu também fique desanimada quando souber do valor do tratamento. Contudo, eu tive uma ideia que vai permitir que o senhor tenha acesso ao medicamente. - Ela falou entusiasmada.
- Qual? - Stephen indagou já desacreditado.
- Nós vamos vender essa casa!
- O que?! - Exclamou ele como se Alice tivesse falado a maior loucura da vida. - Vender essa casa? O único bem que posso deixar para você? De jeito nenhum.
- Papai, nós podemos nos mudar para uma casa alugada, menor. - Alice explicou positiva. - Será até melhor para mim, pois é menor para limpeza. À medida que o senhor for melhorando, você pode voltar a trabalhar e nós compraremos outra casa ou até essa novamente.
- Não é tão simples assim, Alice. - Ele falou balançando a cabeça de forma negativa. - As vezes, eu acho que contei histórias infantis demais para você e você vive num mundo de faz de conta. - O tom negativo que seu pai usou para falar deixou Alice triste. Ela fazia de tudo para não ser influenciada pelo pessimismo dele. A vida se tornaria impossível dessa forma.
- Não é isso, papai. Eu apenas tento ver as coisas do lado meio cheio de copo. Se eu encarar tudo da mesma forma que o senhor encara, eu vou acabar pulando de uma ponte. - Alice não queria chorar. - Ver o senhor doente, me parte o coração todos os dias, mas eu não posso deixar que esse sentimento tome conta da minha vida. O senhor deveria fazer o mesmo.
Aquelas palavras de Alice tocaram o coração de Stephen. Ouvir sua filha dizer aquilo lhe deixa extremamente triste, ele não queria que Alice sofresse por causa dele.
- Então, eu que deveria pular de uma ponte para seu sofrimento acabar.
- Não! - Ela protestou. - Tá vendo como o senhor é?! Sempre se apega ao negativo. Não deixei esse sentimento ruim dominar o senhor. Eu não posso perder meu pai também. - Alice já não tinha mais condições de prender as lágrimas e começou a chorar. - Por favor, papai. Vamos vender essa casa e começas seu tratamento. É nossa única saída. - Alice se aproximou do pai e abraçou ele.
- Vá tomar seu banho, minha querida. Eu preciso pensar sobre isso essa noite. Tudo bem? - Ele indagou dando tapinhas nas costas da filha para consolar ela. - Você pode dar esse tempinho para seu pai?
- Somente se você prometer que fará o tratamento de alguma forma. Vendendo essa casa ou não, nós vamos comprar esses remédios para você.
- Tudo bem. Quem tem mais interesse em conseguir isso para acabar com seu sofrimento sou eu. Não quero ser um fardo para você até a minha morte. - Lamentou Stephen.
- Nunca mais diga isso. - Alice se afastou do pai, encarando-o com raiva. - Nunca mais diga isso. Você é meu pai amado e nunca será um peso na minha vida. Eu sou capaz de tudo para salvar o senhor.
Minutos mais tarde, Alice seguiu chorava ao mesmo tempo que a água cai na sua cabeça. Ela não entendia como o pai podia ser tão cabeça dura. A opção de vender aquela a casa era tão simples. Ela não tinha nenhum apago aquela construção de tijolos e cimento. Em qualquer local que ela estivesse com seu pai, ela teria um lar. Principalmente, se ele estivesse curado. Ai a felicidade seria completa.
Pensativo, Stephen ficou sozinho, sentado na sala refletindo sobre alguma saída. Alice não ia desistir da ideia de vender a casa a menos que ele tivesse outra ideia. Ele sabia que, para sua filha, desistir do tratamento não era uma opção. Engolindo o pouco de orgulho que ainda restava, Stephen pegou o celular e ligou para um primo seu, extremamente rico, mas que ele detestava, Cole Hayward.
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Atualizado até capítulo 97
Comments
Maria Aparecida Alvino
e verdade o que será mesmo
2024-03-16
0
Cristina Leal
Nossa! o que será de Alice com essa ligação de seu pai😱
2023-10-15
4
Miriam Celia Pereira
Verdade!
2023-03-29
2