Na Direção Do Amor
Luna está em seu quarto estudando quando ouve uma conversa estranha na sala, quando está se aproximando o seu coração gela, não é possível que seu pai faria isso, já basta o ódio todo que sente dela agora pretende entregá-la a um desconhecido qualquer, apavorada ela corre de volta pro quarto, tranca a porta e chora compulsivamente.
Depois de alguns minutos ela se acalma e vai até o espelho, passa a mão no rosto e mais lágrimas rolam, ela não tem culpa dessa cicatriz horrível, na verdade seus pais tem, mas eles a odeiam pelo fato de ter essa marca horrorosa e agora querem submetê-la a um casamento indesejado, mas ela não vai permitir, está cansada de tanta humilhação, precisa sumir dessa casa antes de notarem que já sabe tudo.
Na sala seu pai continua conversando com uns homens estranhos, ela passa e vai até a cozinha quando ouve seu nome.
— Luna venha aqui. — Seu pai chama e para evitar discussão ela obedece. — É ela.
Luna se sente como uma mercadoria ao ver como os homens a olham, o mais velho apenas ri e faz um gesto, ela sente o estômago embrulhar e sai dali, mesmo seu pai não dizendo ela já sabe o motivo de tê-la chamado.
Mais tarde Luna está deitada em seu quarto pensando em como vai escapar do pai Aldo e seus homens, ele é um poderoso traficante, para sua má sorte, ao contrário de suas amigas ela sempre teve uma vida difícil, mesmo tendo dinheiro por carregar aquela cicatriz seus pais a odiavam e tratavam como uma escrava dentro de casa, nem sequer a apresentava como sua filha, mas agora claro que precisam de mais negócios ela será o trunfo, sua mãe Barbara é muito bonita e só pensa em si mesma, vive em salões, clínicas de estéticas e claro no shopping gastando horrores, deve ser por isso que há alguma dificuldade financeira e seu pai arranja o tal casamento, ela sai dos pensamentos com a voz da mãe.
— Pelo menos agora você vai prestar para alguma coisa, levante-se, vamos ao shopping. — Barbara fala esnobe e Luna se levanta.
— Como assim mamma? Para que vou ao shopping? — Luna tenta tirar a verdade da mãe em vão.
— Você saberá na hora certa, agora ande logo, precisa ficar apresentável. — Barbara ordena e Luna obedece, não tem outra opção.
Aldo já espera as duas no carro, Luna entra calada, durante todo o trajeto não diz uma palavra, até seu pai quebrar o silêncio.
— Vê se compra uma maquiagem boa para passar nessa coisa horrível na sua cara Luna, estou de olho. — Aldo fala sério e abre a porta.
Entre uma loja e outra, várias trocas de roupas Luna pensa que é o momento perfeito para fugir, mas precisa de ajuda, saindo de uma loja ela pede para ir ao toalete, como não desconfiam que ela já sabe os pais permitem, é a chance de despistá-los se misturando.
Luna entra no toalete e uma moça está se maquiando, mesmo com medo de ser humilhada ela se aproxima e fica surpresa ao ver a moça sorrir.
— Você precisa de ajuda?
— Na verdade sim, mas não sei o que fazer. — Luna abaixa a cabeça.
A moça gentilmente pega em sua mão e Luna desaba chorando, com dificuldade conta o que acontece e implora por ajuda.
— Fique calma, nós vamos te ajudar, e meu nome é Monica.
Luna fica confusa pois ela disse nós e não tem mais ninguém ali, de repente saem de trás de uma parede várias meninas e ela esconde o rosto.
— Não precisa se esconder, e meninas já sabem né? Vamos causar um alvoroço. — Monica fala e as meninas riem.
— Mas o que vão fazer? — Luna olha curiosa.
— Primeiro você troque essa roupa, depois não saia de perto de mim. — Monica sorri e ela vai se trocar.
Uma das moças sai e logo volta confirmando que está tudo pronto, Monica dá mais orientações e minutos depois Luna está no meio delas, do lado de fora do banheiro alguns flashs e ela não entende nada, uma multidão vem se aproximando e ela sente o corpo sendo puxado, se assusta mas logo vê que é Monica.
— Consegue ver seus pais?
— Estão ali com os capangas. — Luna aponta na direção dos pais.
— Eles já estão vindo, vamos, elas nos dão cobertura. — Monica fala e elas caminham rápido para a outra saída.
Já fora do shopping Luna vê capangas de seu pai e com a ajuda de Monica pega um táxi para a cidade vizinha, por sorte está com sua bolsa e o dinheiro que seu pai tinha dado para compras daria pra se virar, 1hora depois ela está procurando uma pousada quando é reconhecida por um homem, Luna fica em pânico pois é um dos homens de seu pai, sem pensar ela começa a correr e sente seu corpo sendo puxado.
— Achou mesmo que fugiria do Sr Aldo? — A voz grave deixa Luna em pânico.
— Me solte… eu não sou…
— Essa cicatriz eu reconheço em qualquer lugar, ande sua monstrinho vamos. — O homem fala e ela tenta controlar o choro mas grita.
Luna não quer se entregar e quando estão chegando no carro ele tenta agarrá-la a força, ela não consegue revidar e de repente sente seu corpo livre, o brutamonte despenca no chão, sem entender Luna olha para frente e fica sem ar com a bela visão de seu salvador, que homem bonito, e aquele olhar brilha na escuridão.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
fofissima
esse livro 📖 é maravilhoso
2024-09-10
0
Rosângela Santos
Começando a ler
2024-06-17
2
Maria de Fátima Mesquita
Vou Vou começar a ler esse na DIREÇÃO DO AMOR! Vi que aqui a personagem principal vai ter uma sementinha do amor dos dois! e é menor é uma história mais resumida! não que a outra(a história do Enrico e Alice) era ruim,mas ela não ter ficado gravida foi péssimo
2024-04-12
1