Outra vez nesse hospital e eu já estou ficando quase maluca,odeio hospitais.Segundo o médico,tive um desmaio causado por se esforçar demais.
-Melissa Klein? -Diz uma enfermeira assim que entra com uma bandeja.
-Sim sou eu mesma.-Falo me sentando na cama.
-Boas notícias,você vai ganhar alta amanhã de manhã, o médico vai passar aqui mais tarde par até avaliar novamente e escutar o coração do bebê. -Diz colocando a comida na mesinha do quarto.
-Obrigada. -Falo me levantando para comer.
-Posso te dar um conselho ? -Diz parando perto de mim.
-Claro,fique a vontade. -Digo gentil.
-Nao se esforce demais , eu já perdi um bebê por querer fazer tudo sozinha..Mas ninguém é de ferro... -Fala a moca com pesar.
-Tudo bem...Obrigada , a última coisa que eu quero é perder o bebê agora. -Falo com um aperto no peito.
-Tudo bem...Melhoras senhorita. -Diz saindo do quarto.
Antes de comer,decido tomar um banho,e assim que saio do banheiro vejo que tenho uma visita.
-Porque não me contou que estava grávida ? -Diz o homem nervoso.
-Porque eu não devo satisfações a você esqueceu ? -Falo o ignorando enquanto pego a roupa que deixaram e volto para o banheiro.
Depois de vestida,saio do banheiro na esperança de estar sozinha e voltar a ter paz ,porém ele ainda está sentado na poltrona como uma rocha imóvel.Nao lhe digo nada e me sento para comer.Ficamos em silêncio por alguns minutos e logo o ouço falar.
-Eu sei que você vai me achar um completo idiota, mas preciso saber se tem a possibilidade desse filho ser meu. -Fala e eu me engasgo.
-Como é? -Falo tomando água para limpar a garganta.
-Você pode não lembrar daquela noite,mas eu lembro. E se tiver a mínima chance de eu ser o pai,quero estar presente em todos os momentos. -Diz inquieto.
-Pode ficar tranquilo...Você não é o pai. - Digo tentando acreditar nisso,ou estaria perdida pois a última coisa de que preciso é ele no meu pé .
-Você está de quantos meses? -Diz pensativo.
-Pelos cálculos estou de dois meses...Porque ? - Falo sem pensar muito.
-Entao o filho é meu.! - Diz enquanto caminha pelo quarto feito uma barata tonta.
-Definitivamente esse bebê não é seu,eu tive um namorado antes de você e tenho certeza que é dele.Se eu e você transamos provavelmente usamos camisinha então não corre perigo disso ser verdade. -Falo o olhando e o vejo mudar a expressão e deixo cair as talheres da mão fazendo barulho no prato.
-Nao lembro se usamos...Então você namora e não pensou em me contar? E ainda traiu ele comigo! -Diz se fazendo a vítima e eu só foco na parte em que não nos cuidamos.
-Como assim você não usou camisinha? Você só pode estar brincando com a minha cara -Digo e começo a ficar nervosa com a possibilidade desse filho ser dele.
-No calor do momento nem você mesma lembrou disso só queria me usar. - Comenta ofendido.
-Você é um idiota! -Falo sem pensar muito.
-Nao pode me julgar ,você quem ficou comigo enquanto tinha alguem... Mulheres... -Fala fingindo estar bravo.
-Eu não trai ninguém muito pelo contrário quem levou o chifre fui eu.Por isso estava naquela maldita boate. -Digo começando a chorar por lembrar do ocorrido.
-Me desculpe...não queria ter sido rude com você,mas se existe a mínima chance do bebê ser meu eu vou grudar em você e não largar nunca mais. -Fala vindo ao meu encontro e peço para ficar longe.
-Eu nem te conheço ,mas já te odeio com todas as forças do meu ser ! -Grito com raiva e desabo a chorar.
Logo sou envolvida em braços fortes e calorosos,tento sair daquele aperto mas de um jeito estranho me sinto confortável,entao ali aconchegada em seus braços,deixo todas as minhas mágoas passadas e recentes sairem em forma de lágrimas.Odeio me sentir frágil aos olhos de outra pessoa, odeio que minha mãe não esteja comigo nesse momento, odeio que eu tenha me entregado a um completo estranho na hora da raiva e mesmo que isso tenha resultado em um ser que eu vou amar incondicionalmente, eu ainda o odeio. Quando escuto a porta se abrir volto para a realidade enquanto saio do abraço rapidamente.
-Tenho bons resultados dos exames, mas como eu já te disse todas as vezes e repito agora:Você precisa de repouso ! Dessa vez foi um desmaio de cansaço, outra vez será pelo que? -Diz o médico gentilmente para não parecer grosso.
-Me desculpe...Eu estive muito ocupada esses dias e não tive tempo de descansar muito. -Digo sendo sincera.
-Aqui estão algumas vitaminas que você precisa tomar todos os dias, e essas são algumas comidas que você deve evitar como carne crua,mal passada ,coisas com ovo cru e assim por diante. Frutos do mar nem pensar e bebida alcoólica muito menos. Preciso que se cuide Melissa ,não gostaria de ver alguém tão jovem perdendo um bebê ....Já vejo muito isso por aqui. -Diz o médico cansado.
-Prometo que vou me cuidar melhor doutor. -Digo sorrindo fraco.
-Você é o pai? -Pergunta o médico a Máximo.
-Sim... -Começa a falar mais o corto.
-Nao , ele é só um amigo preocupado. -Digo o fuzilando com os olhos e ele se mantém em silêncio.
-Sera bom manter amigos por perto, vai precisar de ajuda diariamente mesmo com coisas simples,precisa manter repouso absoluto entendeu? Amanhã passo aqui de manhã para assinar a alta e ouvir o coração do bebê .Não fuja. -Fala o médico serio.
-Tudo bem...Não vou escapar dessa vez. -Falo constrangida.
O doutor se retira do quarto e mando Máximo embora também ,mas ele insiste em ficar alegando que pode ser útil durante a noite e se recusou a me deixar sozinha.Amanda, Lexy,Elisa e Rui também vieram me ver no hospital e trouxeram flores desejando melhoras.
Acordo de madrugada e vejo que Máximo ainda está no quarto,fico deitada esperando o sono vir mas sem sucesso. Faço e refaço meus passos da noite do acidente e me esforço para lembrar de qualquer coisa que seja,então vejo um rosto familiar. Flashs de mim em cima dele aos beijos enquanto subi e desço em seu membro rígido e eu me sinto morta de vergonha. Lembrar disso foi como uma pancada na cabeça e começo a ouvir zumbidos altos no ouvido ,sem prestar atenção estou com as mãos tapando as orelhas enquanto me encontro na cama gemendo de dor causada pelas pontadas na cabeça que vinham como facas.
-Você está bem ? O que aconteceu? -Diz máximo desesperado mas eu não o respondo. -Vou buscar ajuda. -Diz e eu o paro.
-Nao é necessário... É só um zumbido no ouvido... Dói mas logo passará...-Digo escondendo o rosto com vergonha por lembrar das safadezas na boate.
-Você lembrou ?Lembrou do acidente ? De mim? -Diz esperançoso.
-Sim algumas coisas...Mas é o suficiente. -Digo me cobrindo.
-Ótimo , agora sabe que eu posso ser o pai. -Fala despreocupado.
-Talvez tenha chances... -Digo me odiando por isso.
Ter de volta a memória me custou a dignidade de estar no mesmo ambiente que este homem.Nao consigo se quer olha-lo sem sentir vergonha. E o pior é que as contas batem. Eu saí depois de duas semanas trancada em casa,e já fazem dois meses de gestação...Não tem como Max ser o pai. Que castigo é esse? Agora que esse cara não me deixa em paz !
Minhas amigas vão surtar depois que souberem pois não contei a elas que eu talvez tenha transado com um estranho antes de quase morrer. De qualquer forma,estou feliz em saber que agora o bebê terá um pai,não um arranjado,mais sim seu verdadeiro pai. Depois de deixar a cabeça fumegando com tantos pensamentos ,consigo me acalmar e adormecer.
São 8h em ponto quando o médico entra com sua prancheta.
-Bom dia! Como está se sentindo essa manhã? -Fala D. Brandon e acorda a bela adormecida da poltrona.
-Bom dia, estou me sentindo ótima! Pronta pra outra. -Digo bocejando.
-Ficou feliz em ouvir isso, trouxe sua alta e também uma lista das coisas que você não deve fazer de jeito nenhum. -Fala e me entrega uma folha.
-Ela precisa de acompanhante ou não será necessário. -Pergunta Máximo enquanto observa a folha na minha mão
-Seria bom ter alguém, a gravidez é de risco então pode acontecer qualquer coisa a qualquer momento e sozinha tudo é mais difícil. -Fala enquanto assina sua prancheta.
-Tudo bem.Vou me trocar e deixo os dois no quarto.
Após sair do hospital vou direto para minha cara com o homem nos meus ombros , ao que me parece não vou ter descanso dele. Até na minha casa ele disse que vai ficar enquanto eu estiver grávida. Eu sei que não vou aguentar ele por muito tempo então já que preciso de repouso absoluto,nada melhor que um lugar de paz e calmaria.Depois de muito pensar, decido que vou para fazenda,ligo para Davi e aviso para que arrume tudo com sua esposa. Arrumo duas malas com roupas e calçados mais simples que tenho e algumas peças de sair e saio do quarto.Vou até a cozinha e preparo algo pro almoço.
-O cheiro está ótimo. -Diz Máximo enquanto entra na cozinha.
-Espero que goste de lasanha. -Falo pegando os pratos.
-Nao era pra você estar se cuidando? Comendo coisas saudáveis? -Fala enquanto se senta.
-De vez em quando não fará mal. -Digo e coloco os pratos na mesa e depois sirvo a lasanha.
-Podemos conversar sério agora? -Fala enquanto toma suco.
-Na verdade precisamos mesmo conversar...Olha eu não sei o que pretende fazer quando o bebê nascer,mas até lá não quero que fique grudado em mim feito carrapato. -Digo seria.
-Você precisa de alguém que te ajude no dia a dia, e aposto que suas amigas não podem ficar aqui dia e noite. -Fala me olhando com razão.
-Nao pretendo ficar aqui.Vou tirar férias da cidade grande,mas assim que voltar podemos acertar tudo pode ser? -Falo enquanto me sirvo de mais comida.
-Nao acho que deva ficar sozinha, eu vou te acompanhar no período de gestação e ficar por perto caso precise.
-Nao precisa se preocupar,vou ficar bem, e pra onde eu vou terei bastante ajuda se necessitar.Entao está livre para ir para onde bem quiser. -Falo tentando tirá-lo do meu pé .
-Como eu disse a você...Não sou sair do seu lado goste você ou não. -Fala autoritário.
-Tudo bem...Enfim,você vai precisar de roupas não vai? Porque não vai pegar suas coisas no hotel e vem ficar aqui em casa? -Falo solidária.
-Vou pedir para que tragam até aqui. -Falo se levantando.
-É melhor que vá buscar, sempre esquecem alguma coisa, acredite esses hotéis são um saco. -Digo o convencendo.
-Entao eu vou, tenho alguns contratos importantes lá e não posso me dar o luxo de perder. -Diz pegando suas chaves e carteira.
-Ta bom, eu vou me deitar e descansar um pouco. -Falo indo para o quarto.
Assim que escuto a porta se fechar vou até a sala para ter certeza que ele já foi e volto para terminar de arrumar minhas coisas. Depois de tudo pronto,ligo na portaria e peço que Seu Jorge venha me ajudar com as malas. Pode até parecer errado mandar que fosse buscar suas coisas no hotel e sumir logo depois disso, mas se tem uma coisa que eu odeio é ter alguém incoveniente marcando hora em cima de mim. Eu estou grávida,não doente então não preciso da ajuda dele para nada, é verdade que preciso me cuidar mais de agora em diante mas não preciso dele para fazer isso. Ainda bem que a fazenda é longe daqui e com certeza ele não vai me achar.
Depois de colocar tudo no carro e agradecer ao porteiro pela ajuda,ligo o Jeep e saio do prédio rumo ao merecido descanso da cidade, e do Maximo.
Mais tarde
Depois de me instalar no quarto da casa ,tomo um banho e desço procurar alguma coisa pra comer. Assim que passo pela sala vejo pela vidraça um carro estacionando e alguém desce dele e a minha boca foi no chão de tão aberta que ficou ,fico tentando descobrir como diabos ele me achou e assim que entra diz :
-Achou mesmo que ia se livrar de mim tão rápido assim, querida? -Diz Máximo colocando suas malas no chão.
Merda!
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Francisca Das Chagas Souza Silva
ela não está pensando no filho o médico avisa e ela não leva a sério
2024-12-02
0
galega manhosa
kkkkkkk rla se gegostoso aceita que doi menos
2024-09-06
0
galega manhosa
kkkkkkll que carapato gostoso
2024-09-06
0