Sem Limites Para O Amor
O clima tropical úmido de Sydney era marcado por suas altas temperaturas no verão, suas praias e diversos pontos turísticos, além das espécies exóticas que só existia ali atraem milhares de turistas todos os anos, no geral na visão do mundo a Austrália é só era a terra dos cangurus ou o lugar mais perigoso do mundo quando se fala de animais pesonhentos, porém o número de acidentes relacionados a esses animais era relativamente pequeno.
O verão na Austrália assim como na maior parte do emisferio Sul atinge altas temperaturas, com a média de 32°, o verão Australiano pode ser considerado um dos mais quentes do mundo e Sydney é sem dúvida um dos lugares mais escolhidos para se visitado durante a alta temporada, por isso suas praias ficam lotadas.
Sydney era uma cidade linda e contava com diversos tipos de atrações para entreter qualquer um sem que os fizesse repetir as mesmas coisas.
O som estridente do celular fez a bela morena soltar um resmungo e cobrir os ouvidos com o travesseiro, porém não adiantou de muita coisa ainda continuava a ouvir o irritante som.De repente ela abriu os olhos avelã e enteabriu os lábios cheios se levantando tão rápido da cama que sentiu uma tontura.
_8:40 , ai droga, droga,droga! Ela tropessou nos próprios pés e caiu no chão. _ Aí isso dói! Reclamou esfregando a perna. _ Você não têm tempo para isso Janice! Repreendeu a si mesma.
Ela correu em direção ao banheiro onde lavou o rosto e escovou os dentes, não teria tempo para tomar café apesar de está com fome, correndo de volta para o quarto arrancou o pijama que usara para dormir, vestiu a blusa social branca que fazia conjunto com a saia lápis cinza azulado e o blazer da mesa cor, não se preocupe ao menos em usar um sutiã, não teria tempo para tanto.
Ela se sentou na cama e calcou os saltos pretos, pegou a bolsa o celular as chaves e saiu do quarto, desceu as escadas correndo e saiu do apartamento onde morava com mais três meninas fechando a porta com mais força do que pretendia.
Correndo em direção ao elevador ela apertou o botão de forma desesperada, iria demorar por isso resolveu que não esperaria, sem muita paciência ela correu em direção as escadas e desceu os três andares correndo, quando chegou ao terrio já estava quase desfalecendo de cansaço porém não se deixou abater, continuou a correr.
Para sua sorte, a loja onde trabalhava ficava a poucos quarteirões do apartamento onde mora, ainda correndo desesperada ela gritava um pedido de desculpas para quem achava que acabava encomodo durante o trajeto e seguia caminho, assim que parou meio angustiada em ferte a loja arregalou os olhos ao ver sua chefe acabando de entrar na loja.
Fazendo cara de choro ela correu até os fundos da loja, ela tentou abrir a porta mas estava fechada, ela bateu com a palma da mão na porta várias vezes então a mesma foi aberta por uma de suas colegas.
_Salva! Ela falaram ao mesmo tempo rindo enquanto Janice tentava recuperar o fôlego ajustando o uniforme.
_A megera está chegando! Uma das colegas gritou e todas se alinharam fazendo duas fileiras uma de frente para a outra.
Janice estava tão preocupada em recuperar o fôlego que quase não viu sua colega lhe chamando, quando ela olhou a moça silibou um cabelo e ela abriu os olhos mais do que o normal ao se lembrar que havia saído tão apressada de casa que nem ao menos penteou os cabelos.
_ Aí meleca! Ela susurrou em desespero não havia levado nada para prender o cabelo e a colega ao lado dela tirou um elástico do pulso e deu a ela, que sorriu em agradecimento e rapidamente juntou os cabelos castanhos levemente ondulados para cima e os prendeu em um rabo de cavalo.
Janice fez cara de desespero ao ver sua chefe chegar próximo delas e cheira o pescoço de uma colega, ela fazia isso para saber se as meninas haviam passado perfume ou não, Janice engoliu em seco quando sua chefe chegou muito próxima a ela cheirando seu pescoço para conferir se ela havia passado perfume.
Ela estava soando não só pela corrida como também pelo nervosismo, involuntariamente ela umideceu os lábios, fechando os olhos ao se lembrar que não havia passado batom.
_Gostei do seu perfume Janice! Ela ficou confusa e assim que sua chefe deu as costas ela começou a se cheirar sem conseguir sentir cheiro algum.
_Que perfume você usou que deixou a megera tão encantada? Questionaram a cercando.
_ Eu nem lembro se passei perfume está manhã, banho eu tenho certeza que não tomei! Respondeu ainda confusa e fez cara de tédio ao ouvir um eca em coro.
Cada uma foi para seu posto de trabalho e Janice começou a organizar algumas caixas de sapato no depósito da loja. Enquanto ela arrumava as caixas ela começou a reclamar.
_ Um dia eu vou arranjar meu velho rico e me livrar disso tudo! Ela balançou a cabeça de forma positiva, mas logo fingiu choro. _A quem eu estou querendo enganar, não tô achando novinho rapado imagina velho cheio da grana, oh vida cruel! Ela soltou um suspiro e continuou seu trabalho.
Fazendo cara feia quando ouviu o estômago reclamar de fome, ela levou a mão ao estômago sentindo uma dor insuportável e sabia que era fome já havia sentido aquela mesma dor várias vezes na vida, porém a única solução que conseguia pensar no momento era beber água, seu estômago roncou outra vez.
_ Imaginei que não tivesse tomado o café da manhã e parece que adivinhei! Ela sorriu ao ver a senhora de meia idade de cabelos curtos e sorriso radiante lhe estender uma sacolinha de papel provavelmente com um sanduíche dentro.
_Obrigada Heby, você é um anjo! Ela deu um beijo na bochecha da senhora que sorriu.
_Você deveria se concentrar no seu trabalho, pensar em se casar com alguém que você ama e que te ama também, construir uma família normal e não ficar pensando nessa ideia maluca de se casar com um homem rico, com quantos você já saiu, qual deles te deu alguma coisa além de alguns presentes caros e te tratar como uma prostituta? A repreendeu e Janice não lhe respondeu nada.
Heby tinha razão já havia saído com muitos homens ricos e a maioria deles só queria sexo fácil e diversão não que tivesse ido para a cama com todos, na verdade era bem seletiva com quem se relacionava, porém não iria desistir. Seu emprego não era algo realmente garantido e a última coisa que queria era voltar a viver nas ruas e ter que revirar latas de lixo em busca de algo para comer.
_Heby, eu sei o que estou fazendo, conheço muitos caras ricos e qualquer dia desses encontro um que seja para mim! Ela deu uma mordida no sanduíche.
_Não prefere encontrar alguém que te ame? Questionou tentando faze-la mudar de ideia.
_ Amor não enche barriga Heby, além disso ele não é tudo isso que vocês dizem e entre passar fome e ser amada e não ser amada mas ter dinheiro, eu prefiro o dinheiro! Heby suspirou frustrada não havia jeito de convencer a jovem.
Janice também ficou frustrada ninguém lhe entendia, claro ninguém sabia pelo que havia passado durante sua infância, havia sofrido diversos tipos de abusos. Filha de pais usuários de drogas, a casa onde morava com eles não tinha praticamente nada, quer fosse móveis ou alimentos pois seu pai vendia qualquer coisa que podesse para sustentar o maldito vício.
Sem falar nas agressões físicas que tanto ela quanto sua mãe sofriam por parte de seu pai, Janice jamais esqueceu dos gritos que sua mãe dava enquanto era forçada a manter relações sexuais com ele, nunca se esqueceria dos abusos sexuais que sofreu por parte de seu pai durante sua infância, das diversas vezes que fugiu de casa para não morrer por causa das agressões que sofria, de como tinha que vascular latas de lixo pela cidade em busca de comida, aos nove anos de idade a menina jamais havia frequentado uma escola, não sabia ler, escrever e mal falava, sua infância fora um verdadeiro inferno.
Até que um fatídico dia em que testemunhou sua mãe ser morta pelas mãos de seu pai, com a mãe morta e o pai condenado a 30 anos de prisão ela foi levada para um orfanato, quando chegou na instituição ela pesava apenas 23 kg peso indicado para uma criança de 5 ou 6 anos de idade não uma de 9 como ela tinha na época, além disso estava tão mal que tinha o tamanho de uma criança de 7 anos. Durante as duas primeiras semanas no orfanato estava tão debilitada que mal conseguia ficar de pé e os médicos não acreditavam que podesse sobreviver.
Porém com o passar do tempo se recuperou bem começou a frequentar a escola então finalmente aprendeu a ler e aprendeu a escreve, passando a se relacionar com outras crianças, nunca fora adotada é verdade, porém os anos que passou no orfanato foram seus anos dourados, tinha comida na mesa, uma cama quentinha e o amor das irmãs.
Voltando ao presente ela mal se deu conta de quanto tempo havia passado, só se voltou para o relógio quando sua colega lhe chamou para irem almoçar. As duas foram para uma lanchonete próxima a loja onde todas elas costumavam almoçar em horários alternados é claro, elas se sentaram e uma garçonete veio anotar os pedidos.
_Que tal uma balada essa noite? Questionou e Janice negou.
_Quero dormir! A colega riu.
_Eu encontrei um site de namoro onde existe muitos caras ricos e interessantes, quer dar uma olhada? Ela negou suas experiências com sites de relacionamentos foram todas negativas.
_Não tenho boas lembranças sobre isso! A colega riu já havia ouvido algumas histórias dela sobre isso.
_É eu sei, mas me diz você quer mesmo encontrar um velho rico para se casar, quer dizer você não quer um que possa te satisfazer em todos os sentidos? Ela fez bico então aspirou o ar com força.
_Claro que eu preferia um jovem rico, mas se só encontrar um velho prefiro um que não consiga faz mais nada é claro imagina só, credo! Ela fez cara de nojo e a amiga riu.
_Só você mesmo para pensar em uma coisa tão sem noção Janice! Ela riu.
A comida chegou e as duas almoçaram enquanto falavam de várias coisas aleatórias, logo seu horário de almoço terminou e ambos tiveram que voltar para a loja, durante o período da tarde Janice teve que atender clientes ao invés de conferir estoque, coisa que ela preferia mil vezes já que lidar com pessoas era muito piorar do que lidar com objetos.
Quando o horário de expediente terminou ela foi obrigada a fechar a loja o que significava que ela tinha que chegar mais cedo na manhã seguinte coisa que ela também odiava. Assim que trancou a loja ela tirou os saltos fazendo cara feia quando seus pés tocaram o chão seus pés estavam feriados pois haviam se firmado calos em seus pés e estouraram causando os ferimentos.
_Meu Deus eu não aguento mais ser pobre! Ela gritou e um raio cruzou os céus sendo seguido por um forte trovão. _ Eu estava só brincando, não precisa ficar zangado! Outro trovão. _Ah! Ela começou a correr em direção ao apartamento e assim que passou pela portaria uma chuva forte começou a cair, por um tempo ela ficou observando a forte chuva forte caindo ela resolveu subir para o apartamento.
_Caramba está caindo um dilúvio lá fora! Comentou assim que Elisa uma de suas colegas de apartamento abriu a porta para ela.
_ Me diz uma coisa que eu não sei? Falaram ao mesmo tempo e ignorando completamente o comentário delas.
Janice entrou no quarto pegou roupas, uma toalha e saiu do quarto indo em direção ao banheiro que ficava no corredor, ela tomou banho vestiu o pijama, prendeu os cabelos e se dirigindo a cozinha onde preparou um prato de comida e se sentou no sofá cruzando as pernas começando a comer enquanto assistia tv junto com as colegas.
Ela colocou o prato já vazio sobre a mesinha de centro e deitou em posição fetal com a cabeça no colo da colega, e não demorou a pegar no sono, acordando horas mais tarde com alguém batendo em suas pernas.
_Para a cama vadia! Irritada ela mostrou o dedo do meio e recebeu uma almofada na cara.
_Sua vaca! Ela se levantou e saiu correndo atrás da amiga que entrou no quarto e se trancou.
Morar com elas era como ter irmãs, elas brigavam o tempo todo, mas sempre estavam alí para ajudar quando uma precisava das outras, elas eram uma família e isso Janice não trocaria por nada.
Janice Lee
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Regina Lucia Freitas Silva
tá interessante
2023-06-01
0
Alessandra Epifanio
Gostando ❤️
2022-12-20
0