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Sem Limites Para O Amor

Prólogo

*Se levantando da cama a jovem percebeu que não estava usando as mesmas roupas com as quais havia se deitado, ao contrário do pijama quase infantil ela usava antes, estava usando um longo vestido de linho branco, seus longos cabelos castanhos estavam soltos. Direcionando os grandes olhos avelã a frente percebeu que estava no meio de uma floresta, de árvores enormes que se erguiam como muralhas, seus pés descalços estavam em contato centenas de folhas secas espalhadas pelo chão que não lhe causavam encomodo ou agonia ao contrário era estranhamente confortável e reconfortante.

Caminhando um pouco mais vou surgir a sua frente um grande casarão de aspecto abandonado, suas paredes estavam manchadas de peira e musgo. Subindo os degraus da entrada ela abriu as duas partes da porta velha que rangeu, por dentro o aspecto dela era ainda pior. Os móveis que parecia ser do século 18 ou 19 e estavam parcialmente destruídos, tudo alí era velho e manchado, no meio da sala havia uma escada em espiral a qual ela não podia ver o final e ao fundo da sala uma lareira e sobre ela uma foto onde havia um homem, uma mulher e uma criança, aquelas pessoas lhe eram familiares ela caminhou até a escada.

Segurando no corrimão ela olhou para cima, ela começou a subir a escada, porém antes que podesse vê alguma coisa, ela se asustou ao sentir alguém segura seu braço e a puxar, ela se virou para vê a mãe, sorrindo ela abraçou a mãe chorando emocionada, de repente a mãe olhou para trás assustada, e ao seguir o olhar da mãe ela viu seu pai sair de algum lugar com uma arma em mãos, asustada a mulher segurou a mão da filha e ambas passearam a correr em direção a outra sala no intuito de correr, em determinado ponto do trajeto elas soltaram a mão uma da outra e cada uma correu para uma direção, de repente ela parou quando o homem surgiu do final da sala apontando a arma para ela, sem aviso prévio o homem disparou, fechando os olhos a mulher esperou pela dor porém ela não veio, abrindo os olhos ela se virou para trás vendo a mãe cair, em desespero ela correu até a mãe que sangrava *

_Mamãe!

Com o coração aos pulos a jovem de longos cabelos castanhos sentou-se na cama levando a mão ao peito que subia e descia de forma frenética, ela estava com a respiração ofegante, com lágrimas nos olhos avelã que estavam mais abertos do que o normal, ela também respirava com bastante dificuldades, na tentativa de respirar melhor entreabindo os lábios soltando o ar com força.

_ Aí caramba, foi outro pesadelo? Sua colega de quarto questionou com voz de sono acendendo a luz do abajur e ela confirmou. _ Não foi nada Janice volta a dormir, só está nervosa porque vai se mudar para Sydney amanhã, relaxa vai! A colega se deitou cobrindo o rosto e a moça confirmou se deitando, porém sabia que não seia nada fácil pegar no sono outra vez.

Ela passou a rolar na cama de um lado para o outro várias vezes. Enquanto tentava pegar no sono ela ficou revivendo suas terríveis memórias de infância, tudo o que sempre desejou esquecer até que finalmente adormeceu, só acordando algumas horas depois com o barulho de conversas no corredor.

Logo ela se levantou da cama já estava atrasada, já havia perdido o horário do café da manhã e precisava pegar o trem para Sydney em uma hora, assim que se trocou ela desceu as escadas, finalmente iria dizer adeus ao lugar que por mais de 13 anos foi o único lar que conheceu, também iria dizer adeus as pessoas que por muito tempo foram sua única família.

_Oh Janice, vamos sentir tanta a sua falta filha! A senhora de cabelos grisalhos pele meio enrrugada, alta e magra que tinha os olhos cheios de lágrimas a abraçou com força.

_Também vou sentir a falta de todos vocês, prometo que virei visitá-los sempre que poder! Prometeu sorrindo entre lágrimas e as senhoras que cuidaram não só dela mas de outros jovens concordaram tomadas pela emoção.

Emocionada ela se despediu do restante das crianças passando a puxar sua mala em direção a saída do orfanato, já havia ficado alí durante mais tempo do que o permitido devido ao fato de está cursando logística e não ter para onde ir durante o período de faculdade.

Porém agora iria começar uma nova vida longe da cidade de Adelaide que era seu céu e seu tormento ao mesmo tempo, assim que cruzou os portões do orfanato ela entrou no táxi que havia sido chamado para levá-la a estação onde iria pegar o trem para Sidney a cidade mais populosa do país, e onde tentaria uma vida melhor do que a que provavelmente teria alí.

Chegando na estação estava quase uma hora antes de seu trem chegar a plataforma partir ela não se preocupou até o momento que entregou a passagem para ser conferida e embarcou no trem, porém no momento em que se acomodou no acento e trem passou a se mover foi acometida por um enorme sentimento de perda.

_Agora não dá mais para voltar atrás Janice, é só olhar para o futuro daqui para frente! Tentou consolar a se mesma.

A viagem foi longa cansativa porém quando chegou ela sentiu que tudo havia válido a pena, a cidade era grande, cheia de gente e com certeza logo conseguiria trabalho para ela já que era bonita e tinha boa aparência.

Ela pegou um táxi na saída da estação e seguiu viagem até o bairro indicado pela direitora do orfanato, assim que desceu em frente do prédio ela tirou o celular da mochila e discou o número que foi anotado em um pedaço de papel dado pela senhora.

O número pertencia a prima da direitora que atendeu e não demorou a chegar, a senhora lhe levou para conhecer o apartamento onde ela moraria com outras três moças e logo em seguida a levou para conhecer a loja onde ela iria fazer uma entrevista de emprego e possívelmente onde iria trabalhar, a jovem agradeceu pela gentileza da mulher que a acompanhou para conversar com a gerente da loja.

Quando voltou para o apartamento passou a organizar suas coisas até deixar o quarto com a sua cara ou pelo menos parecido com seu gosto, no final da tarde ela conheceu as outras três moças com quem iria dividir o apartamento dali para frente, ao voltar para o quarto ela se encostou na parede.

_Agora é oficial, bem vinda a sua nova vida Janice Lee! Ela sorriu amplamente um novo capítulo de sua vida estava começando.

Capítulo 1

O clima tropical úmido de Sydney era marcado por suas altas temperaturas no verão, suas praias e diversos pontos turísticos, além das espécies exóticas que só existia ali atraem milhares de turistas todos os anos, no geral na visão do mundo a Austrália é só era a terra dos cangurus ou o lugar mais perigoso do mundo quando se fala de animais pesonhentos, porém o número de acidentes relacionados a esses animais era relativamente pequeno.

O verão na Austrália assim como na maior parte do emisferio Sul atinge altas temperaturas, com a média de 32°, o verão Australiano pode ser considerado um dos mais quentes do mundo e Sydney é sem dúvida um dos lugares mais escolhidos para se visitado durante a alta temporada, por isso suas praias ficam lotadas.

Sydney era uma cidade linda e contava com diversos tipos de atrações para entreter qualquer um sem que os fizesse repetir as mesmas coisas.

O som estridente do celular fez a bela morena soltar um resmungo e cobrir os ouvidos com o travesseiro, porém não adiantou de muita coisa ainda continuava a ouvir o irritante som.De repente ela abriu os olhos avelã e enteabriu os lábios cheios se levantando tão rápido da cama que sentiu uma tontura.

_8:40 , ai droga, droga,droga! Ela tropessou nos próprios pés e caiu no chão. _ Aí isso dói! Reclamou esfregando a perna. _ Você não têm tempo para isso Janice! Repreendeu a si mesma.

Ela correu em direção ao banheiro onde lavou o rosto e escovou os dentes, não teria tempo para tomar café apesar de está com fome, correndo de volta para o quarto arrancou o pijama que usara para dormir, vestiu a blusa social branca que fazia conjunto com a saia lápis cinza azulado e o blazer da mesa cor, não se preocupe ao menos em usar um sutiã, não teria tempo para tanto.

Ela se sentou na cama e calcou os saltos pretos, pegou a bolsa o celular as chaves e saiu do quarto, desceu as escadas correndo e saiu do apartamento onde morava com mais três meninas fechando a porta com mais força do que pretendia.

Correndo em direção ao elevador ela apertou o botão de forma desesperada, iria demorar por isso resolveu que não esperaria, sem muita paciência ela correu em direção as escadas e desceu os três andares correndo, quando chegou ao terrio já estava quase desfalecendo de cansaço porém não se deixou abater, continuou a correr.

Para sua sorte, a loja onde trabalhava ficava a poucos quarteirões do apartamento onde mora, ainda correndo desesperada ela gritava um pedido de desculpas para quem achava que acabava encomodo durante o trajeto e seguia caminho, assim que parou meio angustiada em ferte a loja arregalou os olhos ao ver sua chefe acabando de entrar na loja.

Fazendo cara de choro ela correu até os fundos da loja, ela tentou abrir a porta mas estava fechada, ela bateu com a palma da mão na porta várias vezes então a mesma foi aberta por uma de suas colegas.

_Salva! Ela falaram ao mesmo tempo rindo enquanto Janice tentava recuperar o fôlego ajustando o uniforme.

_A megera está chegando! Uma das colegas gritou e todas se alinharam fazendo duas fileiras uma de frente para a outra.

Janice estava tão preocupada em recuperar o fôlego que quase não viu sua colega lhe chamando, quando ela olhou a moça silibou um cabelo e ela abriu os olhos mais do que o normal ao se lembrar que havia saído tão apressada de casa que nem ao menos penteou os cabelos.

_ Aí meleca! Ela susurrou em desespero não havia levado nada para prender o cabelo e a colega ao lado dela tirou um elástico do pulso e deu a ela, que sorriu em agradecimento e rapidamente juntou os cabelos castanhos levemente ondulados para cima e os prendeu em um rabo de cavalo.

Janice fez cara de desespero ao ver sua chefe chegar próximo delas e cheira o pescoço de uma colega, ela fazia isso para saber se as meninas haviam passado perfume ou não, Janice engoliu em seco quando sua chefe chegou muito próxima a ela cheirando seu pescoço para conferir se ela havia passado perfume.

Ela estava soando não só pela corrida como também pelo nervosismo, involuntariamente ela umideceu os lábios, fechando os olhos ao se lembrar que não havia passado batom.

_Gostei do seu perfume Janice! Ela ficou confusa e assim que sua chefe deu as costas ela começou a se cheirar sem conseguir sentir cheiro algum.

_Que perfume você usou que deixou a megera tão encantada? Questionaram a cercando.

_ Eu nem lembro se passei perfume está manhã, banho eu tenho certeza que não tomei! Respondeu ainda confusa e fez cara de tédio ao ouvir um eca em coro.

Cada uma foi para seu posto de trabalho e Janice começou a organizar algumas caixas de sapato no depósito da loja. Enquanto ela arrumava as caixas ela começou a reclamar.

_ Um dia eu vou arranjar meu velho rico e me livrar disso tudo! Ela balançou a cabeça de forma positiva, mas logo fingiu choro. _A quem eu estou querendo enganar, não tô achando novinho rapado imagina velho cheio da grana, oh vida cruel! Ela soltou um suspiro e continuou seu trabalho.

Fazendo cara feia quando ouviu o estômago reclamar de fome, ela levou a mão ao estômago sentindo uma dor insuportável e sabia que era fome já havia sentido aquela mesma dor várias vezes na vida, porém a única solução que conseguia pensar no momento era beber água, seu estômago roncou outra vez.

_ Imaginei que não tivesse tomado o café da manhã e parece que adivinhei! Ela sorriu ao ver a senhora de meia idade de cabelos curtos e sorriso radiante lhe estender uma sacolinha de papel provavelmente com um sanduíche dentro.

_Obrigada Heby, você é um anjo! Ela deu um beijo na bochecha da senhora que sorriu.

_Você deveria se concentrar no seu trabalho, pensar em se casar com alguém que você ama e que te ama também, construir uma família normal e não ficar pensando nessa ideia maluca de se casar com um homem rico, com quantos você já saiu, qual deles te deu alguma coisa além de alguns presentes caros e te tratar como uma prostituta? A repreendeu e Janice não lhe respondeu nada.

Heby tinha razão já havia saído com muitos homens ricos e a maioria deles só queria sexo fácil e diversão não que tivesse ido para a cama com todos, na verdade era bem seletiva com quem se relacionava, porém não iria desistir. Seu emprego não era algo realmente garantido e a última coisa que queria era voltar a viver nas ruas e ter que revirar latas de lixo em busca de algo para comer.

_Heby, eu sei o que estou fazendo, conheço muitos caras ricos e qualquer dia desses encontro um que seja para mim! Ela deu uma mordida no sanduíche.

_Não prefere encontrar alguém que te ame? Questionou tentando faze-la mudar de ideia.

_ Amor não enche barriga Heby, além disso ele não é tudo isso que vocês dizem e entre passar fome e ser amada e não ser amada mas ter dinheiro, eu prefiro o dinheiro! Heby suspirou frustrada não havia jeito de convencer a jovem.

Janice também ficou frustrada ninguém lhe entendia, claro ninguém sabia pelo que havia passado durante sua infância, havia sofrido diversos tipos de abusos. Filha de pais usuários de drogas, a casa onde morava com eles não tinha praticamente nada, quer fosse móveis ou alimentos pois seu pai vendia qualquer coisa que podesse para sustentar o maldito vício.

Sem falar nas agressões físicas que tanto ela quanto sua mãe sofriam por parte de seu pai, Janice jamais esqueceu dos gritos que sua mãe dava enquanto era forçada a manter relações sexuais com ele, nunca se esqueceria dos abusos sexuais que sofreu por parte de seu pai durante sua infância, das diversas vezes que fugiu de casa para não morrer por causa das agressões que sofria, de como tinha que vascular latas de lixo pela cidade em busca de comida, aos nove anos de idade a menina jamais havia frequentado uma escola, não sabia ler, escrever e mal falava, sua infância fora um verdadeiro inferno.

Até que um fatídico dia em que testemunhou sua mãe ser morta pelas mãos de seu pai, com a mãe morta e o pai condenado a 30 anos de prisão ela foi levada para um orfanato, quando chegou na instituição ela pesava apenas 23 kg peso indicado para uma criança de 5 ou 6 anos de idade não uma de 9 como ela tinha na época, além disso estava tão mal que tinha o tamanho de uma criança de 7 anos. Durante as duas primeiras semanas no orfanato estava tão debilitada que mal conseguia ficar de pé e os médicos não acreditavam que podesse sobreviver.

Porém com o passar do tempo se recuperou bem começou a frequentar a escola então finalmente aprendeu a ler e aprendeu a escreve, passando a se relacionar com outras crianças, nunca fora adotada é verdade, porém os anos que passou no orfanato foram seus anos dourados, tinha comida na mesa, uma cama quentinha e o amor das irmãs.

Voltando ao presente ela mal se deu conta de quanto tempo havia passado, só se voltou para o relógio quando sua colega lhe chamou para irem almoçar. As duas foram para uma lanchonete próxima a loja onde todas elas costumavam almoçar em horários alternados é claro, elas se sentaram e uma garçonete veio anotar os pedidos.

_Que tal uma balada essa noite? Questionou e Janice negou.

_Quero dormir! A colega riu.

_Eu encontrei um site de namoro onde existe muitos caras ricos e interessantes, quer dar uma olhada? Ela negou suas experiências com sites de relacionamentos foram todas negativas.

_Não tenho boas lembranças sobre isso! A colega riu já havia ouvido algumas histórias dela sobre isso.

_É eu sei, mas me diz você quer mesmo encontrar um velho rico para se casar, quer dizer você não quer um que possa te satisfazer em todos os sentidos? Ela fez bico então aspirou o ar com força.

_Claro que eu preferia um jovem rico, mas se só encontrar um velho prefiro um que não consiga faz mais nada é claro imagina só, credo! Ela fez cara de nojo e a amiga riu.

_Só você mesmo para pensar em uma coisa tão sem noção Janice! Ela riu.

A comida chegou e as duas almoçaram enquanto falavam de várias coisas aleatórias, logo seu horário de almoço terminou e ambos tiveram que voltar para a loja, durante o período da tarde Janice teve que atender clientes ao invés de conferir estoque, coisa que ela preferia mil vezes já que lidar com pessoas era muito piorar do que lidar com objetos.

Quando o horário de expediente terminou ela foi obrigada a fechar a loja o que significava que ela tinha que chegar mais cedo na manhã seguinte coisa que ela também odiava. Assim que trancou a loja ela tirou os saltos fazendo cara feia quando seus pés tocaram o chão seus pés estavam feriados pois haviam se firmado calos em seus pés e estouraram causando os ferimentos.

_Meu Deus eu não aguento mais ser pobre! Ela gritou e um raio cruzou os céus sendo seguido por um forte trovão. _ Eu estava só brincando, não precisa ficar zangado! Outro trovão. _Ah! Ela começou a correr em direção ao apartamento e assim que passou pela portaria uma chuva forte começou a cair, por um tempo ela ficou observando a forte chuva forte caindo ela resolveu subir para o apartamento.

_Caramba está caindo um dilúvio lá fora! Comentou assim que Elisa uma de suas colegas de apartamento abriu a porta para ela.

_ Me diz uma coisa que eu não sei? Falaram ao mesmo tempo e ignorando completamente o comentário delas.

Janice entrou no quarto pegou roupas, uma toalha e saiu do quarto indo em direção ao banheiro que ficava no corredor, ela tomou banho vestiu o pijama, prendeu os cabelos e se dirigindo a cozinha onde preparou um prato de comida e se sentou no sofá cruzando as pernas começando a comer enquanto assistia tv junto com as colegas.

Ela colocou o prato já vazio sobre a mesinha de centro e deitou em posição fetal com a cabeça no colo da colega, e não demorou a pegar no sono, acordando horas mais tarde com alguém batendo em suas pernas.

_Para a cama vadia! Irritada ela mostrou o dedo do meio e recebeu uma almofada na cara.

_Sua vaca! Ela se levantou e saiu correndo atrás da amiga que entrou no quarto e se trancou.

Morar com elas era como ter irmãs, elas brigavam o tempo todo, mas sempre estavam alí para ajudar quando uma precisava das outras, elas eram uma família e isso Janice não trocaria por nada.

Janice Lee

Capítulo 2

Janice forçou um sorriso, mas em seu íntimo sua vontade era estapear a mulher a sua frente, a mulher era tão exigente que já havia experimentado quase todas as roupas da loja e mesmo assim colocava defeito em todas.Ela já havia xingado quatro das oito vendedoras da loja, humilhado duas e ainda continuava seu tur pela loja como se nada tivesse acontecido, ela se assustou quando sentiu uma mão em seu ombro, era sua chefe.

_Eu cuidado disso! Ela acenou em positivo e saiu.

_Eu estou com vontade de enforcar aquela vadia maldita! Falou irritada assim que entrou no depósito.

_ Só você? Questionaram em coro e Janice apertou os lábios.

_Sério eu não aguento essas vadias metidas que se acham superiores só porque têm dinheiro, isso é absolutamente ridículo! Ela balançou o corpo cruzando os braços.

_Não é você que vive querendo ser uma delas? O deboche era evidente na voz da colega.

_Eu quero ser rica e faria de tudo por isso, mas não quero ser tão insuportável assim, além disso quando eu achar meu velho rico meu amor se preparar que eu vou ser um espetáculo! Ela jogou parte do cabelo para o lado e fez uma cara sexy.

_ Acho que deveria se concentrar no seu trabalho não acha, senhorita homem rico? Quase se podia ouvir uma vinheta de disco se arranhando e ela endireitou a postura e entrelaçado as mãos se voltando para a chefe rindo sem graça.

_Chefe, já estou voltando ao trabalho! Falou ainda forçando um sorriso.

_ Ótimo, não precisam se preocupar já cuidei da perua metida ! A chefe deu as costas e Janice fez uma expressão fechada.

_Rascunho do capeta! Fazendo sinal de soco do ar e correu de volta para a entrada da loja.

Junto com algumas colegas elas passam a reorganizar as roupas até que um trio entrou na loja, uma senhora muito elegante e simpática alta, magra de cabelos totalmente brancos e incríveis olhos azuis que aparentava ter uns 70 anos, porém Janice podia garantir que ela tinha mais. Com ela havia outra senhora de cabelos ruivos também de olhos azuis que poderia estar na casa dos 50 e uma mais jovem também alta, um pouco mais cheinha de cabelos loiros acobreados e olhos azuis.

Uma colega de Janice foi atendê-las e ambas passaram a escolher alguns modelos, as mulheres pareciam todas estarem procurando roupas para a mais jovem e Janice ficou observando o comportamento da colega sempre balançando a cabeça em negação quando a via pegar um modelo.Até que a senhora mais velha se irritou e passou a gritar com a funcionar, então Janice se apressou a ir tentar alcalmar os animos exaltados.

_Olá boa tarde eu me chamo Janice e vou ajudá-las a encontrar algo que lhes agrade! Laura pode deixar comigo! Ela falou ao ouvido da colega que concordou saindo depois de se desculpar com o trio. _Então que estilo as senhoras têm em mente? Ela juntou as palmas das mãos sorrindo.

_ Algo que disfarçe minha circunferência! Falou a mais jovem de cabeça baixa e recebeu olhas de piedade da mãe e da avó.

_Então ... Por que ao invés de disfarçarmos a circunferência, não valorizamos as curvas? A pergunta de Janice deixou a jovem soltou um riso amargo antes de responder.

_ Eu sou gorda vai valorizar o que? Janice sorriu.

_ Bom a senhorita tem seios fartos, então podemos abusar dos decotes, têm uma cintura bem definida podemos investir em corsetes,cintos largos... Seus quadril largos e têm pernas grossas, podemos investir em saias de couro e jeans de lavagem escura,podemos explorar isso ao invés de esconder o que acha? Ela deu um sorriso tímido indicando que não costumava ouvir algo do tipo e a mãe dela concordou, então Janice complementou. _ Ótimo, se me derem licença trago os modelos em um minuto! Ela começou a escolher algumas roupas que em sua opinião caberiam na jovem sem deixar muito folgada para não ofende-la e quando achou que já tinha o suficiente foi entregar a moça e lhe mostrou o provador.

A cada roupa que a jovem experimentava as senhoras aplaudiam aprovando o resultado o que também já estava começando a mudar o semblante da garota.

_Vamos levar todos! Janice franziu a testa surpresa e sorriu satisfeita sua comissão do mês séria bem elevada.

Janice as comduziu ao balcão onde outra funcionária iria calcular o valor da compra e receber o pagamento, enquanto ela arrumava as roupas em suas respectivas sacolas.

_Qual a forma de pagamento? Questionou e a senhora mostrou um cartão de crédito black ilimitado que ela pegou e falou o valor total da compra que não foi nada barata.A compra foi finalizada e as duas mulheres mais jovem pegaram as sacolas de compra sobre o balcão e passeando a caminhar em direção a saída, elas saíram da loja porém a senhora mais velha ficou parada na porta de entrada onde Janice estava.

_ Posso ajudar em mais alguma coisa senhora? Questionou confusa.

_Você têm namorado querida? Janice soltou um riso sem graça então negou. _Que tal se eu te apresento o meu neto? Ele é meio devagar para essas coisas e eu quero muito um bisneto! Janice riu achando a situação inesperada engraçada.

_Mamãe! A ruiva a advertiu._ Me desculpe ela sempre faz isso! Justificou e Janice indicou que não havia problema algum.

_O que Rouse, seu filho é um palerma estou tentando ajudá-lo, olha só para ela é tão linda! Argumentou a senhora enquanto Janice continuava a rir.

_Mamãe por favor para com isso, vamos para casa sim?A mulher se virou para ela mais uma vez._Me desculpe querida! Janice balançou a cabeça em negação deixando claro mais uma vez que não havia se encomodado.

Quando chegou o fim do expediente, Janice já não aguentava mais usar saltos, seus pés doía assim como seus ombros, talvez pelo fato de correr demais com saltos sempre.

_Eu preciso de um banho quente! Comentou uma de suas colegas.

_E eu de comida! Falou outra.

_E preciso de um banho quente, de comida e de pés novos! Falou tirando os saltos enquanto esperava a colega trancar a loja._Adeus meus amores, partirei mas voltarei em breve! Ela fez cara de choro levando a mão ao peito e foi atingida por uma bolsa._Ai isso dói! Massageou o braço.

_Palhaça! Outro coro e ela fez cara de tédio.

_Caramba por acaso vocês não têm senso de humor, não sabem brincar? Ela ajustou a bolsa nos ombros se despedindo das colegas indo em direção a casa.

Assim que chegou ela abriu a porta, jogando a bolsa de lado ela se sentou no sofá e colocou os pés em cima da mesinha de centro e ergueu uma sombrancelha ao ver sua amiga andando de um lado para o outro quase tendo um ataque.

_Qual o problema dela? Na verdade, ela não estava tão interessada em saber mas perguntou apenas para não parecer indiferente.

_ Está quase surtando porque o tradutor contratado por ela deu para trás e disse que não poderia viajar com eles e ela não está conseguindo contatar um novo! Janice apertou os lábios preocupada.

_ Ela pode ser demitida se não conseguir? As amigas concordaram com um aceno.

_ Eu tô ferrada, tô ferrada, tô ferrada! Se jogou no sofá fazendo as outras duas se afastarem.

_ Isso a gente já sabe, adianta o processo! Falaram ao mesmo tempo a incentivando a contar a história completa. _Meu chefe está fechado negócios na Alemanha e precisa de um tradutor para ter certeza de que... Janice a interrompeu.

_Os Alemães não estão sendo safados e estão passando a perna nele! Ela confirmou e fez cara de choro.

_É só que agora o tradutor deu para trás e não consigo encontrar outro, acho que a empresa alemã subornou o tradutor! Janice fez bico balançando a cabeça em concordância a puxou contra seu peito, alisando seus cabelos.

_ Já passou meu bebê, passou! Fez a mesma voz que as pessoas fazem quando brincam com seus pets ou falam com um bebê o que a chateou e ela se afastou.

_Não dá para falar sério com vocês não é? Eu estou quase perdendo meu emprego aqui!Ela se levantou e Janice se jogou nos seios da amiga que passou a mão sobre o ombro dela.

_ Quanto eu vou ganhar se te tirar dessa furada? Janice peguntou balançando uma perna de um lado para o outro.

_6 × o seu salário do mês com comissões! Janice se reergueu.

_ 6× isso é sério? Isso da para quitar todas as despesas e comer fora por dois meses! Perguntou incapaz de fechar a boca.

_ Claro que é! Mas espera você fala Alemão? Janice falou um palavra estranha.

_O que? Perguntaram ao mesmo tempo.

_Fluentemente, uma das férias que foi transferida para o orfanato onde eu cresci era Alemã e por coincidência também era professora, quem queria fazia as aulas e recebia até um certificado, caso precisasse para um emprego futuro! Respondeu como se fosse algo simples.

_ Eu te amo Nice! Ela se jogou em cima de Janice e as três reclamaram de dor.

_Mas tem uma condição! O sorriso da moça se desfez em um único instante.

_Estava bom demais para ser verdade! Reclamou apertando os lábios. _Qual a condição? Ela estava desanimada.

_Vai ter que falar com a minha chefe sobre isso! Ela abriu os lábios mostrando os dentes.

_Falar com a bruxa não por favor! Janice sorriu vitoriosa.

_Então nada feito chuchu! Ela se levantou e já ia saindo porém se voltou para a amiga sorrindo quando ouviu.

_Esta bem, eu falo com a megera! Janice soltou um beijo para ela se levantando do sofá pegando sua bolsa passando a caminhar em direção ao quarto.

Assim que entrou ela jogou a bolsa em um canto qualquer, tirou as roupas pegou um pijama e uma toalha, então saiu do quarto passando pela sala completamente nua enquanto ouvia os resmungos das colegas, ela jogou os cabelos para o lado fazendo uma cara sexy soltou um beijo para elas e entrou no banheiro.

Ela saiu do banheiro minutos mas tarde já vestida então se jogou no sofá ligando a tv, seu telefone tocou no querto e uma de suas amigas lhe trouxe, quando atendeu ela ficou extremamente surpresa quando ouviu de sua chefe que todas estavam dispensada por uma semana devido a uma pequena reforma que seria realizada na loja, já que foi descoberto um pequeno vazamento que poderia comprometer o funcionamento da mesma.

_ Janice você está bem? Aconteceu alguma coisa? Ela a olhava preocupada, enquanto a moça permanecia sem ação.

_Me pinta que eu tô beje, eu e minhas colegas fomos dispensadas por uma semana porque a loja vai entrar em reforma! Elizabeth que estava na cozinha veio ao ouvir a notícia.

_ Viu só? É o destino Janice, eu disse! Janice soltou o ar com força olhando para cima balançando a cabeça em negação.

_ Pode até não ser o destino, mas que isso foi estranho e repentino, isso você não pôde negar! Ela franziu a testa apertando os lábios.

Ela foi para a cozinha onde preparou um omelete para o jantar e ao se sentar na bancada para comer pousou o garfo no ar prestando atenção na conversa que Elizabeth estava tendo com seu chefe pelo celular, e pela expressão de Elizabeth pode deduzir que ele também não era exatamente um exemplo de simpatia.

_Me desculpe senhor! Ela fez uma cara não muito boa e encerrou a chamada. _ Era o insuportável do meu chefe, ele é o cara mais chato e exigente do planeta, ele me ligou pedindo mil coisas e acredita que ele nem ao menos me deixou dizer que achei um tradutor substituto? Ela se encostou no balcão e Janice sorriu.

_Ter um chefe chato e exigente não é exclusividade sua sabia? Bem vinda ao clube! Ela fez cara de tédio e Janice continuou comendo.

_Têm razão, a viagem será em dois dias, ficaremos lá por uns quatro ou cinco dias o que dá tempo suficiente para você não perder um dia siquer do seu trabalho, você vai viajar, ganhar dinheiro e eu não vou ficar sozinha, não é ótimo? Janice forçou um sorriso.

_ Claro é maravilhoso! Falou entre dentes.

Horas mais tarde ela foi para o quarto no intuito de dormir, sentou-se então na cama se encostando na cabeceira, e sua mente foi enviada para sua infância e apesar de ter feito acompanhamento pscologico durante o restante de sua infância e toda a adolescência ela jamais esqueceria o passado realmente, principalmente porque seu pai ainda estava vivo e só de imaginar que um dia ele poderia sair da cadeia e ir atrás dela isso a amedrontava.

_Não, eu não vou ser como a minha mãe, eu não vou morrer pelas mãos dele, nunca! Ela tremia e suas mãos soavam enquanto balançava a cabeça em negação. Sentindo muita dificuldades para respirar ela puxou a gaveta do criado mudo ao lado da cama ela pegou o frasco o abrindo, pegou um comprimido o tomando a seco.

Com o corpo molhado de suor e o coração aos pulos ela fechou os olhos puxando o ar com força como fora orientada várias vezes pelo psicológico, o remédio não demorava para fazer efeito assim logo ela pode dormir tranquila.

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