A flor do amor

Com o início da primavera, aos redores do ducado o cheiro de várias flores se misturavam no ar, as abelhas e diversos pássaros faziam seu trabalho árduo na polinização, as camélias tinham um aroma mais adocicado, enquanto as tulipas tinham um aroma mais leve, era a época que Shuia mais admirava, amava as flores e ficar no meio delas,mas tudo estava estranho, Victor estava diferente, antes tinha atração quase todas as noites, agora é alguns dias na semana, Shuia estranhava seu comportamento, passava o dia trancado em seu escritório ou viajava á negócios em outra cidade constantemente, aquilo já estava a deixando furiosa...

Shuia: Clara chame Vivian para mim, diga que é urgente.

Clara: Aconteceu alguma coisa senhora?

Shuia: Sim, está acontecendo várias coisas.

Clara: Não querendo ser deselegante com a senhora, mas tem algo haver com o duque?

Shuia: Provavelmente.

Clara: bom, eu trabalho com a senhora alguns meses e eu já venho notado que o duque está diferente..

Shuia: Você é atenciosa Clara.

Clara: Bom, dependendo da situação que causou isto no duque, espero que logo se resolva,a senhora é uma boa pessoa, se um dia o duque magoar a duquesa, pode deixar comigo que dou um tapa bem forte nele.

Shuia: puff haha você é uma gracinha clara, vá e chame Vivian para mim.

Clara: sim minha senhora, com sua licença.

Enquanto Clara saiu a procura de Vivian, Shuia, estava sentada na varanda de seu quarto, olhando o imenso território que o duque possuí, era primavera porém estava fazendo bastante frio, o sons dos pássaros se tornaram seu passatempo nós últimos meses com a ausência de Victor, a angústia percorriam em seu peito e a fazia chorar por dentro, um sentimento não reconhecido apertava seu coração a fazendo suspirar profundamente, saiu de seus pensamentos quando ouviu a voz de Vivian a chamando no lado de fora.

Shuia: Entre.

Vivian: Deseja algo duquesa?

Shuia: quero conversar com você.

Vivian: Eu...fiz algo que não a agradou? Se fiz peço perdão, e me puna pelo meu erro.

Shuia: Você não fez nada de errado, apenas quero perguntar sobre Victor.

Vivian: bo...bom sobre o.... Du...que???

Shuia: por que está gaguejando?

Vivian: Não.... não é nada duquesa, o que deseja saber sobre vossa graça?

Shuia: bom tenho notado que Victor está estranho ultimamente, estamos casados há onze meses, e nos último dois meses ele vem agindo diferente, sabe de algo?

Vivian: Não senhora...eu não sei de absolutamente nada.

Shuia: Vivian....

Vivian: Se eu soubesse de algo... Com toda certeza eu falaria.

Shuia: Certo..... Pode se retirar, quero que me prepare uma carruagem, para mim.

Vivian: aonde pretende ir senhora?

Shuia: a ponte, preciso relaxar, minha mente não está bem.

Vivian: irei preparar imediatamente, quer que eu reporte para o senhor?

Shuia: não será necessário, ele está ocupado demais, não sentirá minha falta.

Vivian: com licença irei reportar ao cocheiro, ele esperará a senhoras no portão.

Shuia: obrigada.

Ir a ponte era como se fosse um novo hobby para Shuia, o som da água passando pelas pedras, e a pequena cascata que havia lá deixava seu interior mais leve, queria liberar algumas memórias e relaxar a mente, o cocheiro já estava a sua espera no portão, respirou fundo e desceu as escada, os funcionários a cumprimentava ao longo da imensa casa, e como sempre respondia com um belo sorriso no rosto, quem a vida por fora, não imaginava a tempestade que havia dentro do seu ser, já dentro da carruagem, seu pensamento tomou conta de si novamente.

Por Shuia.....

Em um dia é o nosso primeiro ano de casamento, pelo andar da carruagem Victor deverá esquecer, não acredito que passarei nosso primeiro ano sozinha, é realmente patético, eu sou realmente uma patética, nem meu próprio esposo gosta de mim nessa vida, mas não quero acabar revivendo tudo novamente, por que tudo isso acontece comigo? Só por que sou uma filha bastarda e ilegítima? Novamente esse sentimento me ataca, meu peito está doendo, sinto um nó se formar em minha garganta, queria por tudo para fora, mas como? Nem meu marido está me dando atenção?...

--: senhora.....

Shuia: ..

--: senhora??

Shuia: ah.. Sim???

--: Chegamos, quer que eu espere a duquesa aqui?

Shuia: se não se importar..

--: é meu dever esperar a duquesa, até que resolva seu problema, quer que eu a acompanhe?

Shuia: Não é necessário, pode me esperar na carruagem ou se quiser pode dá uma volta nos arredores, e em vinte minutos volte.

--: Esperarei a senhora aqui, e... Espero que a senhora fique bem, e não chore muito, não sei o que está passando pela sua cabeça, mas... Quero que a duquesa fique bem, principalmente consigo mesma.

Shuia: obrigada pela palavras......

--: Damião

Shuia: obrigada pelas palavras Damião, retornarei em alguns minutos, por favor me espere.

Damião: leve o tempo que precisar senhora.

Aquele era o momento perfeito para deixar os sentimentos transbordar pelas lágrimas, Shuia necessitava respirar, deixar o imenso peso de seus ombros, ao derramar Lágrimas e Lágrimas, Shuia suspira fundo aliviando sua mente, admirava as margaridas a margem do rio, os pardais voando livremente no céu azul com poucas nuvens, talvez a liberdade está onde menos espera, a liberdade que Shuia tanto desejava estava fora dos muros do ducado, ao passar vários minutos de olhos fechados, ela decide que é hora de voltar para o lugar que não é mais tão aconchegante..

Alguns minutos depois........

Ao retornar, os empregados formavam uma fila um ao lado do outro dando boas vindas a Shuia, sem entender nada, Shuia passa entre eles sem entender nada, ao enterro na sala principal, ela é recebida com um enorme buquê de flores azuladas por Victor, que a esperava com um sorriso no rosto.

Shuia: qual o motivo disto?

Victor: Sei que anda pensando que tenho te evitado nós últimos meses, mas foi por uma boa razão, eu juro.

Shuia: ahram.

Victor: Eu tinha que te evitar por que... Eu estava a procura destas flores, a flor do amor, elas são raras, por isso me dediquei a procurá-las nós últimos meses, me doía não te dá atenção, soube que você chorava por eu não estar presente no seu dia a dia, era por esse motivo, me desculpe se te magoei, sinto muito por isso, mas foi ideia de Vivian.

Vivian: O QUÊ??????? VOSSA GRAÇA QUE ME FEZ DE COBAIA PARA NÃO CONTAR A DUQUESA.

Shuia: Então você sabia esse tempo todo Vivian.

Vivian: Peço perdão senhora.

Shuia: vou deixar passar dessa vez, e Victor você deveria ter me falado algo, sabe o quanto fiquei deprimida nesses meses?

Victor: Não farei mais isso querida, me perdoe hum? Poderá fazer o que quiser comigo como punição.

Shuia: Vou perdoar, eu amei as flores, mas qual o significado delas?

Victor: bom o significado delas é uma confissão.... você aceita meu amor? não por política ou algo assim.

Shuia: Victor.....

Victor: Eu amo você Shuia, quero que nosso casamento não dure só um ou dois anos, quero ficar ao seu lado por anos e anos você aceita?

Shuia: Claro que sim, claro que eu aceito....

Victor a toma em seus braços em um abraço caloroso, finalmente tinha tomado coragem para confessar seus sentimentos retidos por um longo tempo, tinha certeza que nos meses anteriores seus sentimentos já haviam sido correspondidos por Shuia, mas queria ouvir da boca dela se os aceitava ou não, seu amor por ela, era incondicional, um casamento por política já não existe mais, agora tudo era verdadeiro, poderia gritar são sete ventos e mares o quanto ama Shuia, realmente ela era perfeitamente perfeita.

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. ***Nota da autora.

Gente quero explicar uma coisa a vocês! não sei se notaram que eu não publiquei fotos dos personagens mas quero informá-los (as) que eu não gosto de colocar fotos em meus livros, no meu primeiro que escrevi eu coloquei fotos e todos gostaram, porém neste livro e nos meus futuros livros que hei de escrever, pretendo não colocar nenhuma foto, deixarei sob a imaginação de cada um de vocês, usem suas imaginações para criar o personagem como quiserem, pois cada um tem uma imaginação diferente, e dá muito trabalho escolher uma foto ideal e que se encaixe em cada personagem, então espero que me compreendam e usem sua imaginação, eu agradeço bastante.❤️***

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