Capítulo 11

Nathan sai para buscar a torta para Yohanna, e logo vê a mesma mulher que encontrou próximo a sua casa. O olhar dos dois se cruzam, e ele quebra o contato imediatamente.

Ele compra a torta e volta para casa, e assim que chega a sua mãe já está com o suco pronto. Ele sobe e leva a torta para Yohanna, que estava meio cabisbaixa...

Nathan: Aqui está o que você me pediu...

Yohanna dá um sorriso meio sem jeito e ele coloca a bandeja em cima da cama...

Nathan: Quer que eu te ajude a comer, ou quer que eu chame a minha mãe?

Yohanna: Se não se importar, gostaria que chamasse a senhora Patrícia...

Nathan: Tudo bem, eu vou chama-lá...

Nathan desce e chama a sua mãe, que logo sobe e entra no quarto com um sorriso no rosto...

Patrícia: Oi, linda... voltei! Deixa eu lhe ajudar...

Patrícia ajuda Yohanna a comer, e ela suspira a cada pedaço da torta que desmancha na sua boca. Após finalizar, Patrícia coloca a bandeja de lado...

Patrícia: E aí gostou?

Yohanna: Eu adorei. Mas, se eu continuar assim, com toda certeza vou parecer uma bola.

Patrícia: Ai, mas coma mesmo! Você está sendo sortuda, porque eu não conseguia ficar nem com água no estômago, e precisei ir tomar soro no hospital.

Yohanna: Nossa! Ainda bem que o meu bebê é comportadinho!

Patrícia: Amém, amém!

As duas dão risada e Patrícia desce para levar a bandeja.

As semanas vão se passando, e após três meses do ocorrido, Patrícia e Yohanna ficam cada vez mais próximas. Nathan mudou o seu comportamento com a moça, e está mais gentil, mais paciente, sempre se preocupando com ela e com o neném, mas está sempre respeitando o espaço de Yohanna, que ainda não se sente completamente confortável com ele...

Nathan está no escritório, quando Cassiano bate na porta e entra...

Cassiano: Opa, meu amigo sumido! Como vai?

Nathan: Estou bem, meu amigo e você?

Cassiano: Eu estou bem, irmão. Você sumiu, faz semanas que eu não lhe vejo. Há três meses deixou o bordel sob minha responsabilidade, e desde então um carrapato chamado Layse grudou em mim, e só me pergunta por você, querendo explicações pela sua ausência.

Nathan: A Layse já está começando a me irritar! Acredita que ela veio aqui esses dias?

Cassiano: Veio?

Nathan: Veio, e a minha mãe me disse um monte. Conhece bem a dona Patrícia, sabe que ela jamais concordou com o bordel, e nunca gostou da Layse. Lembra daquele dia que ela praticamente expulsou a Layse de jantar aqui em casa?

Cassiano: A dona Patricia nunca erra quando não gosta se alguém.

Nathan: Não mesmo!

Cassiano: E como está a Yohanna e o meu afilhado?

Nathan: Eles estão bem. A Yohanna ainda não está totalmente confortável comigo, e eu estou respeitando o seu espaço, mas tivemos um grande avanço, já que ela permitiu que lhe desse um abraço no dia da ultrassom.

Cassiano: Ah, irmão... eu fico muito feliz em saber que tudo está caminhando bem entre vocês. O que importa é que está tentando consertar as coisas, e que está fazendo isso com atitudes, não somente com palavras. Continue dando tempo ao tempo, que tudo se ajeita.

Nathan: Eu espero que sim, porque eu estou quase enlouquecendo! Eu a tenho tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Tudo que eu mais queria era te-lá nos meus braços, ser carinhoso, afogar o meu rosto nos seus cabelos como fazia antes e não dei o devido valor...

Cassiano: Mas, logo poderá, amigo. Logo poderá e não se arrisque a perde-lá de novo!

Nathan: Se eu arriscar, pode ter certeza que eu morro.

Cassiano: Tudo dará certo! — Cassiano coloca a mão no ombro de Nathan... — mudando de assunto, como anda os preparativos para o ataque ao Hugo no dia do leilão?

Nathan: Resolvi mudar...

Cassiano: Mudar? Por...?

Nathan: Simples! Ele sabe que eu estou com a Yohanna, e se eu ataca-ló agora, ele irá revidar e terá "razão", já que eu o ataquei primeiro e por mais que o Hugo seja o meu maior rival, não é o momento para começar uma guerra com ele, já que a Yohanna está grávida. Agora, além da minha mãe, tem a Yohanna e o meu filho, e eu não quero arrisca-lós. Se eu começar uma guerra, terei que fazer com que os nossos aliados fiquem ao nosso favor, mas se caso alguém começar, seja lá por qual for o motivo, teremos aliados sem ter que dar muitas explicações. Entende?

Cassiano: Sim, eu entendo... Mas, quem você levará no leilão?

Nathan: A Layse!

Cassino: Ficou maluco?!

Nathan: E você quer que leve a Yohanna para que ela se torne o alvo?

Cassino: É, nisso você tem razão...

Nathan: A Layse vai comigo, para que ela se torne o alvo. Eu não vou arriscar a Yohanna, ainda mais que ela está grávida!

Cassiano: E onde a Yohanna ficará? Sabe que o Hugo poderá aproveitar essa distração para leva-lá. Sabemos que ele tem um informante...

Nathan: Vamos aproveitar esse fator a nosso favor. O Hugo vai saber que a Layse vai comigo. Isso tem que chegar aos ouvidos dele, porque isso fará ele acreditar que a Yohanna ainda estará aqui em casa. Ele atacará aqui, mas tanto a Yohanna quanto a minha mãe estarão num local seguro. E eu vou apresentar esse ataque do Hugo tanto ao conselho, quanto aos aliados, e assim, estarei bem a frente do Hugo...

Nathan sorri de lado e dá um gole no seu Whisky.

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