O Policial E A Mafiosa

O Policial E A Mafiosa

capítulo 1

Capítulo 1

Henrique

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Fale, se eu puder ajudar... - falei a encarando

- Tenho uma proposta para você, ofereço muito dinheiro em troca!

- Ok - falei um pouco mais interessado - tô ouvindo!

- Vamos nos casar!

- É o que garota? tá maluca? - perguntei quase gritando

- Xi... - falou ela e cobriu minha boca com sua mão - fala baixo

- Somos primos! - falei - não podemos nos casar! - Ela me olhou um pouco confusa e depois ergueu as sobrancelhas

**

UM DIA ANTES DESSA CONVERSA

- Bom dia pai - falei entrando na sala do meu pai na delegacia

- Bom dia filho, entra! - meu pai Cass disse sentado em sua cadeira, afundando em papéis

- Alguma notícia do resultado da minha prova? - perguntei me referindo a minha prova de sargento

- Não filho! Sai só amanhã a tarde, não fique nervoso, tenho certeza que passou!

Os cabelos grisalhos dele, refletiam na luz do sol que batia da janela que estava atrás dele.

- Eu não teria tanta certeza! - falei ainda perto da porta

- Deixe de bobagem! Vi você estudando! Tenho certeza que passou! - falou ele

- Obrigado por acreditar em mim pai, mas agora tenho que ir. Surgiu algumas provas daquele caso do sequestro da menina! - falei a ele

- Claro, claro! vá! eu também estou cheio de trabalho, nos vemos a noite em casa! - ele disse e voltou a olhar seus papéis.

Saí dali e fui com os outros detetives ver o local com as novas pistas. Estava repleto de provas. Tinha sangue, tinham restos de comida espalhados, cordas, cadeiras... tinham saído às pressas com certeza. Coletamos tudo e mandamos para a verificação.

Fomos ainda em mais dois locais. Mas nada comparado com a quantidade de provas que tinham no primeiro local.

No fim do dia eu e Ronald, fomos a um bar beber, trocamos a farda por roupas simples na delegacia. Policiais no fim de dia de farda, eram alvos fáceis, a paisana era mais tranquilo.

- O que acha, passou na prova? - perguntei a ele

- Cara, espero que sim e você? Seu pai consegue te dar uma mãozinha se por acaso reprovar?

- Nem pensar! - falei e ri - o meu pai é o cara mais honesto que conheço, está no comando da delegacia a mais de trinta anos.

- Realmente, sempre ouvi falar que seu pai não é corrupto, nem por todo o dinheiro do mundo! Mas diz aí, por que seu pai nunca se tornou um comissário ou algo do tipo?

- Essa delegacia é a vida dele! - falei - meu pai deve amar mais a vida de policial, do que a família - eu disse e nós dois rimos

Seguimos por mais uma hora, jogando conversas fora, imaginando quais patrulhas iríamos comandar, caso tivéssemos passado na prova de tenente. Quando já era quase nove da noite, pegamos um uber e fomos para nossas casas.

Quando cheguei estranhei, tinha um carro diferente estacionado no gramado. As luzes de casa estavam quase todas acesas, no andar de baixo. Por via das dúvidas, peguei uma arma que eu deixava escondida na garagem e entrei. Assim que passei pela porta, me deparei com minha mãe Lize sentada no sofá, com uma mulher estranha ao seu lado e minha irmã Sandie do outro lado dessa mulher.

- Boa noite - falei entrando e coloquei a arma na minha cintura, a parta de trás da calça.

Elas me olharam e notei que a moça parecia ter chorado, ela não me era estranha. As três me deram boa noite.

- Cass, lembra da sua prima Wendy? - minha ficha então caiu, quando minha mãe falou o nome dela, fazia anos que eu não a via...

- Claro... - falei e me aproximei estendendo a mão, ela ficou de pé e me deu um abraço, esqueci de como os italianos gostam de um contato físico - como vai prima?

- Bem e você? - ela perguntou com a voz fraca

Sentei na poltrona, não podia negar, que queria saber o que ela fazia aqui e porque estava com essa cara, se o tio Nick tivesse morrido, minha mãe estaria chorando.

- Então, que que deu? - perguntei olhando para elas e entrelacei meus dedos

- Posso contar prima? - Sandie falou olhando para Wendy que acenou - acredita que o tio Nick quer casar ela com um estranho, para unir poder?

- Não me surpreende, não se pode confiar em quem vive à margem da lei - falei

- Não sabe nada sobre nós! - esbravejou Wendy

- Realmente, sei apenas o que meu pai me contou. Mas se fossem tão bons, você não estaria... fugindo? Certo?

Wendy me olhou com chamas nos olhos

- Filho, nos deixe a sós com sua prima, precisamos conversar mais com ela, quero ajudar no que eu poder! - falou minha mãe

Suspirei e levantei, já tinha descoberto o que eu queria mesmo, chororô era a última coisa que eu queria presenciar. Fui até a cozinha e encontrei meu pai bebendo whisky.

- E ai pai - falei indo até a garrafa de whisky que estava em cima da bancada

- Fala filhão, já soube a última do seu tio?

- Já! bem que você disse que ele não presta né!

- Olha realmente digo isso, mas sabe... a geração de vocês tá perdida! não querem mais casar nem ter filhos... sei que ele tá querendo casar a Wendy por questões de poder, mas casamento é sempre bom...

- iiiii nem começa pai - falei e tomei num gole só a bebida

- Sei que não quer falar sobre filho, mas sabe que tem uma herança bem gorda para herdar, se não casar, com certeza vai jogar todo o dinheiro do seu avô fora - falou meu pai sentado na bancada

- Dinheiro do tráfico de armas? Obrigado! - disse sentando em sua frente

- Pode até ser, mas para negar os milhões que seu avô deixou, só de você estiver louco

- Me surpreende você, que é tão honesto dizer isso pai

- Honesto sim, burro jamais! - ele falou e riu

**

Não consegui pegar no sono, pensando no resultado da minha prova, desci para tomar uma água e comer algo. Me deparei com Wendy dobrada, com sua bunda erguida para quem quisesse ver num micro short branco, olhando a geladeira.

- O que tá procurando? - falei desviando o olhar, nós éramos primos...

- Que susto - ela falou dando um pulo e eu acabei rindo

- Precisa de algo? - perguntei

- Sim... sumir do mapa - falou ela e suas feições se entristeceram

- Sabe, pode não ser tão ruim casar... - argumentei

- Ele tem mais de quarenta anos! - falou ela

- Eita... - falei e servi dois copos de whisky

- Sei que não somos íntimos e não nos vemos a anos... mas acha que poderia me ajudar? - perguntou ela pegando o copo que estendi a ela

- Olha - falei e respirei fundo - não sei bem como eu poderia ajudar, mas já pensou em dizer não para o seu pai?

- Não funciona assim na máfia, não somos cem por cento livres - falou ela e bebeu o whisky

- Ninguém é cem por cento livre priminha - eu disse e bati com meu copo no dela brindando

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Priscilla

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Comments

Pamfagundesss

Pamfagundesss

bem simples kkkkkkk

2024-11-08

0

Juliana Vicentina Da Vo

Juliana Vicentina Da Vo

Iniciando a leitura e amei a história dos pais deles.28/09/2024.

2024-09-29

0

Elaine Almeida

Elaine Almeida

vai ter em audio ?

2024-08-27

0

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