Capítulo 18

Eu estava desesperado.... Laila estava há dois meses na cama... minha família havia chegado... estavam todos... sei que eles são meu apoio, mas ainda assim me sentia vazio...

Anna revisava Laila todos os dias, mas ela não acordava... meus sobrinhos e Andrés tentavam curá-la, mas era impossível...

"Pablo, meu filho, você precisa comer algo", disse minha mãe.

"Não quero!!! Não quero nada", disse, fugindo para o jardim...

Caí de joelhos... eu fui o culpado... eu fiz isso com ela... Eu chorava enquanto batia no chão...

Senti braços pelas minhas costas... era meu pai...

"Filho, vamos dar uma volta", ele disse.

Levantei e fui com ele...

Eu sei como você se sente... perder alguém é uma dor indescritível... sei que não se comparam, essas duas mulheres... mas no dia em que perdi Rosalia... senti meu coração ser destroçado... eu perdi minha companheira... aquela pessoa que eu achava que era meu grande amor... mesmo que as coisas não tenham sido assim... naquele mesmo momento soube o que era a dor da perda... isso é o que sinto agora... desesperação... frustração... abandono...

"Me diga o quanto Laila significa para você??? Sei que vocês mal se conheciam..", ele perguntou.

É verdade, mal nos conhecíamos... mas eu já a via em meus sonhos... faz tempo... quando finalmente a vi... meu coração acelerou... ela era a mulher enviada pelos deuses para mim... me negava a acreditar... mas era isso... não pensei duas vezes e a fiz minha... sabia o que aconteceria se a pegasse... mas meu coração dizia para fazer isso... que era o certo... então não duvidei... não sei se vai acreditar no que direi... mas eu realmente a amo... como você ama minha mãe... como meus irmãos amam suas esposas... Ela é a metade da minha alma, pai... não aguentava mais chorar...

Chore, Pablo... As lágrimas limpam a alma... elas levam toda a dor que carregamos dentro de nós... então faça isso...

Filho, você ainda a tem... ela está ao seu lado... não entendemos por que ela não acorda... ela está lutando sua própria batalha... mas deixe-me te dizer algo e espero que entenda bem... assim como ela é metade da sua alma... você é metade da dela... e dou minha palavra que ela estará procurando uma maneira de voltar... tente falar com ela... deixe sua voz no subconsciente dela... ela vai chegar até você... eu juro... disse meu pai, me abraçando...

Obrigado, pai... é isso que farei...

Ouvi a voz da minha mãe me chamando... pelo tom dela, sabia que era urgente...

Vamos... sua mãe está te chamando, disse meu pai...

Entrei no quarto, todos estavam reunidos... O que aconteceu?, perguntei preocupado...

É a Laila... disse Anna...

O que? O que aconteceu? Corri em direção a ela... ainda estava desmaiada...

Irmão... Laila está grávida... disse Anna.

O quê? Não, não, não... me aproximei de sua barriga... havia um pequeno volume... Isso não é verdade, disse, tocando-o...

Quando vocês estiveram juntos... nenhum dos dois se protegeu e bem... ela entrou nesse sono profundo e ainda está assim... não tomou nada para evitar, explicou Anna...

Mas não é tudo... disse Anna...

O que mais? perguntei.

São dois bebês que sentimos aqui... disse Anna, segurando sua barriga...

Não sabia o que fazer... ela ainda estava na cama... agora com a notícia da gravidez... não conseguia acreditar... pedi a todos que saíssem do quarto...

Assim que o fizeram, deitei-me com ela na cama... não parava de beijar sua barriga...

Olá, pequenos... sou o pai de vocês... quero pedir um favor... ajudem-me a encontrar a mamãe... ela está perdida... procurem por ela... que ela volte para casa... implorava enquanto a beijava...

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Já se passaram 7 meses... Laila ainda estava na cama... mas o mais estranho é que a cada dia que passava, ela ficava mais bonita... seu cabelo... sua pele... a barriga crescia cada vez mais...

Eu cuidava dela pessoalmente...

A carregava nos meus braços todos os dias... entrávamos na banheira... limpava cada parte do seu corpo... sua pele era quente... suas bochechas eram rosadas... ela simplesmente era linda... tocava sua barriga... podia sentir como os pequenos se mexiam...

Aurora tinha me dito que não podia torná-la imortal como eu... pois não havia uma alma naquele corpo... então não saberíamos quem ocuparia quando ela acordasse...

Una noite... Andrés estava com ela... havia conversado com Remus... ele disse a ele como entrar no mundo das almas... talvez Laila estivesse perdida lá...

Andrés disse a minha mãe para acompanhá-lo... Ela sabia como estar naquele mundo...

Naquela dia, no quarto... Todos nós estávamos reunidos... Andrés e minha mãe deitaram ao seu lado... Aurora faria a transição...

Eu estava morto de medo...

senti como Arturo segurou minha mão...

Irmão... eles a encontrarão... ele disse...

As horas passavam... Eu os via franzir a testa...

Maldita seja, o que está acontecendo!!!!! Ele dizia!!!!

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Narra Laila...

Eu não sabia quanto tempo estava aqui... Será que foram apenas alguns minutos... horas??? Dias??? Aqui não havia noites... aqueles pequenos crianças continuavam me chamando... eu corria atrás deles... não entendia, havia algo tão familiar neles...

Comecei a entrar em desespero... Quero sair daqui... chorava...

Crianças, me ajudem a sair... dizia entre lágrimas...

!!!!!!!!!Pablo!!!!!!!! Gritei...

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Senti uma voz atrás de mim...

Oi moça... qual é o seu nome? Ela me perguntou...

Eu olhei para ela... Que mulher linda, pensei...

Me chamo Emilia, respondi, enxugando as lágrimas...

Você está procurando alguém? Ela perguntou...

Sim...

Quem?

O amor da minha vida... Pablo... respondi... suspirando...