Meu Amor Selvagem
Ryan Chapman, 29 anos
Levantei da cama do jato, quando senti que as turbulências estavam constantes. Atordoado, caminhei até as poltronas do interior luxuoso, estava dormindo, e já tem pelo menos umas 13 horas de voo.
Os pilotos, anunciam que preciso colocar o cinto de segurança. O avião não está cheio; além dos funcionários, como os dois pilotos e uma aeromoça, um dos principais corretores da minha empresa imobiliária, me acompanha com sua secretária, um agente financeiro e um incorporador com sua assistente.
Uma grande oportunidade de investimento surgiu no Chile, e estou indo avaliar o lugar, um Resort luxuoso que está à venda.
Fecho o cinto na minha cintura, e outra turbulência violenta acomete o avião.
Todos começam a se entreolhar preocupados. Olho em direção à cabine de comando, a porta está aberta, e a agitação dos pilotos me assusta.
Tento não dar importância, fecho os olhos, e por mais que eu tente me manter tranquilo, a minha vida começa a passar diante dos meus olhos, e por algum motivo, sinto que algo não está bem. Ouço estalidos altos, e olhando através da janela, vejo as turbinas do avião pegando fogo.
Nesse ponto, as mulheres gritam desesperadas, o corretor reza o pai nosso repetidas vezes, e os que pilotam gritam:
— Estamos caindo! Meu Deus!
O mundo pareceu parar para mim, meu coração esqueceu de bater no peito, e meu cérebro reagiu, deixando meu corpo estático. Uma explosão foi a última coisa que vi e fez tudo rodar rapidamente. Outra explosão me arremessou para fora do avião e, numa queda entre árvores, meu mundo escureceu...
⏰
Abri meus olhos com dificuldade, me vi imóvel, parecia que não pertencia ao corpo atirado no chão, minhas mãos tocaram folhas, visgo e relva, e no meio árvores gigantescas, avistei alguns raios solares invadirem as frestas das árvores, e me acordando melhor, movi meus braços e pernas com dificuldade. Tentei me levantar, mas uma dor horrível na minha cabeça me fez gemer alto, me aquietei, a fim de ver se a dor aliviava, mas foi em vão, só fez eu sentir meu corpo ainda mais dolorido, como se tivesse sido moído por um trator. As dores se intensificaram, eu gemia mesmo sem querer.
Uma confusão na mente, alguns flashes na cabeça, mas o que me assusta, além da dor dilacerante na cabeça, é a falta de informação. Não me lembro de como parei nessa floresta... não sei o meu nome... de onde eu vim?
Quem sou eu?
Com outra dor aguda, eu gemi atordoado, e a forte dor me fez perder os sentidos.
⏰
Acordei quando era noite, tudo escuro, e um silêncio amedrontador no lugar. A dor ainda me aflige, sinto minha boca seca e uma sede incontrolável. Forcei a minha mente a liberar alguma informação ou memória, mas tudo que eu me lembro é de uma cidade urbana, com muita aglomeração de pessoas, um lago... um prédio alto e bonito...
Nada mais...
Ouvi o som aterrorizante de bichos...
Animais selvagens?
Corujas?
Estremeci no chão e mais uma vez tentei me mover, mas uma dor forte na cabeça faz eu continuar paralisado, na tentativa de extinguir a dor.
Não consegui dormir, e observando a noite que parecia infindável, me conformei que era o meu fim, e nem mesmo sabia quem era...
Trágica situação!
Tentei encontrar um sentimento que talvez meu cérebro dissesse que vale a pena lembrar, mas nem isso.
Será que sou um solteirão rabugento, que vive sozinho?
Nenhuma lembrança da minha vida, infância, adolescência... tudo um grande vácuo da mente.
As lágrimas escorrem no meu rosto, e não é pela forte dor, é por sentir que a minha vida é um vazio assustador, que não tive nenhum legado para deixar, nada que valesse a pena lembrar antes da morte eminente.
Nesse tormento agonizante, foi minha noite...
Quando amanheceu, já estava ofegando e necessitando de água, minha mente já estava conformada com a morte próxima, mas o corpo e o coração se recusavam a me deixar descansar, e buscava forças desconhecidas, para me manter acordado.
Olhei minha situação, agora que o sol brilhou com mais intensidade, estava devastado, roupas sujas e rasgadas, escoriações em todo corpo, num pé calçado com apenas um sapato e no outro uma meia furada. Muitos galhos de árvore envolviam meu corpo, mais um ferimento aberto no meu braço, e uma mão que doía ao mexer não me permitem usar minhas mãos para tocar meu corpo.
Mas nada disso é pior, do que o vazio aterrorizante da minha alma, do meu coração...
Respirando com dificuldade, sentindo falta de ar nos pulmões, suspirei profundamente sentindo outra dor aguda na minha cabeça, sem forças gemi mais uma vez, e novamente a floresta ficou escura...
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Atualizado até capítulo 89
Comments
Christina Lúcia
Vamos para mais uma história!!!!☺️☺️☺️
2024-09-26
0
Sueli Silva
Começando a ler 25/09/24, já estou gostando muito da história 👏👏👏👏👏
2024-09-25
2
Vilma Teixeira Roquete
Terminei a história de Léo e Bella,e bora pra mais uma aventura começando hoje 15-06-24.
2024-06-16
2