Capítulo 3

Ainda no trabalho, Marjorie ouvi uma confusão armada do lado de fora e logo percebe que é o pessoal da vila que está expulsando um homem alto, vestido num terno preto. Os moradores estão bem revoltados, gritando que nunca irão sair de lá, porque lá foram onde nasceram, cresceram e irão morrer.

Quando a confusão se acalma, Emiliano então entra no mercado e ela então decide perguntar o que está havendo...

Marjorie: Tio? O que houve?

Emiliano: O novo dono da vila que quer simplesmente acabar com tudo isso aqui. Quer vender tudo, e o pior é que o novo comprador quer nos expulsar daqui sem mais, nem menos.

Marjorie: Nossa! Mas, esse homem não tem coração mesmo. Como ele pode fazer uma coisa dessas? Isso está errado. Pelo que eu entendi, essa vila faz parte do legado do pai dele, esse homem constituiu essa vila com tanto carinho, as pessoas são felizes aqui, a maior parte nasceu aqui, formaram suas famílias, morreram aqui, não podem simplesmente sair por causa do capricho desse mimado. O que vocês vão fazer?

Emiliano: Ainda não sabemos, mas vamos lutar pelos nossos direitos até o fim!

Marjorie: Eu espero de coração que vocês consigam. Ai, que vontade de dizer umas verdades na fuça desse homem.

Emiliano: Não é só você, viu — eles dão risada — todos querem! Mas, me conta... Já pararam de acreditar que você é uma sereia!

Marjorie: Que nada. As crianças disseram que não vão descansar

até conseguirem me jogar no mar! E o líder do grupo é o Arturo.

Emiliano: Eu não duvido nadinha... O Arturo disse que você é uma sereia desde que lhe encontramos, ele não vai mudar de ideia tão cedo.

Marjorie: Esse é o efeito das histórias que o seu Francisco conta. Por falar nele, por onde ele anda? Até agora só ouvi falar nele.

Emiliano: Daqui alguns dias já está de volta. Ele estava meio adoentado, ficou sobre os cuidados de uma sobrinha que mora na vila vizinha. Quando ele chegar, aí sim que as crianças vão acreditar ainda mais sobre você ser uma sereia.

Eles dão risadas. Emiliano pega as suas compras e vai para casa. Passam se mais algumas horas e por fim chega o horário de Marjorie ir para casa. Ela ajuda a fechar o mercadinho, se despede do seu Berto e vai para casa, e no caminho ela tem alguns flashbacks...

Xxx: Sabia que eu te amo?!

Marjorie: É? Hum... Também te amo mais!

Os dois se abraçam...

Xxx: Esta gostando da nossa lua de mel?

Marjorie: Estou amando!

Xxx: Que ótimo. Tudo por você, minha rainha.

Marjorie se sente tonta, ela para um pouco e se apoia numa árvore. Esses relances ficam na sua memória, ela não vê o rosto do homem, mas ele é alto, bem forte, se sentia feliz, completa, e por causa da sua altura, o seu rosto bate no peitoral dele. Os dois pareciam bem felizes, e que os vissem, diriam que foram feitos um pro outro.

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