Capítulo 20

Após ficar alguns momentos com Alma, Nacho se despede dela e volta para mansão, prontos para irem buscar as crianças.

Gael: Está tudo pronto para irmos buscar os meus filhos. Vamos até esse colégio interno, e eu quero saber tudo, absolutamente tudo!

Nacho: Vai dar certo, meu amigo! Logo voltaremos com as crianças.

Os dois então junto com alguns homens vão para a cidade em que fica o colégio interno. Após horas de viagem, eles chegam até o endereço, e encontram mais homens que já estavam a espera deles.

Gael dá algumas instruções para que os homens façam a segurança de forma discreta, para impedir que a sogra tente alguma coisa.

Gael e Nacho entram no colégio e pedem para falar com a diretora, e assim que eles entram na sala, Nacho á encara, acreditando conhece-lá de algum lugar. Gael se senta...

Gael: A senhora provavelmente já ouviu falar em mim. Eu me chamo Gael Aguirre Beltrán...

Nesse momento, a diretora que já havia percebido a semelhança entre Gael e duas das crianças, fica ainda mais nervosa...

Diretora: Sim, senhor Beltrán. Já ouvi falar no senho e é uma honra te-ló aqui — ela limpa a garganta — em que posso ajuda-ló?

Gael: Sei que os meus filhos estão aqui, e eu vim busca-lós.

Diretora: Os filhos do senhor?

Gael: Sim. Os quadrigêmeos Acsa, Abner, Dante e Sebastian. A senhora sabe perfeitamente que eles são os meus filhos, e eu vou leva-lós.

Diretora: Me perdoe, senhor... mas, não posso liberar as crianças para ir com o senhor. Só posso fazer isso casona responsável por eles, no caso, a avó materna conceda a permissão para que o senhor os leve...

Gael: Qual é mesmo o nome da senhora? — ele estala os dedos...

Diretora: Rosa Cruz...

Gael: Pois bem, senhora Cruz. Eu sei que a senhora é mãe de um casal. Adela e Abelardo Cruz. Adela é uma jovem de dezesseis anos, que está terminando o ensino médio e ela ganhou uma bolsa para fazer medicina e o Abelardo se mete em muitas encrencas e por Ironia do destino, ele foi numa boate, causou o maior estardalhaço, se drogou, e está em dívida com o dono da boate. Se pensa que o dono dessa boate sou eu, está certíssima. Então, eu acho melhor abrir a boca, falar tudo o que sabe e liberar os meus filhos para que venham comigo e não caia na burrice de tentar medir dorcas comigo. Dizem que o diabo não é bom conselheiro, mas vai por mim, não queira me desafiar.

Rosa: Como o senhor ficou sabendo das crianças?

Gael: Não interessa como eu fiquei sabendo. Só me interessa mesmo pegar os meus filhos de volta! Eu sei que esse não é um colégio interno de verdade, afinal de contas, nele só tem quatro alunos, e esses quatro são os meus filhos. Sei também que são pagos pela Leonice para cuidar dos netos que ela colocou aqui dentro para que, no momento certo, usassem eles contra mim. Sabia que eu passei anos da minha vida acreditando que a minha esposa havia sido sequestrada e morta?! Quando na verdade, ela estava em coma, teve a memória apagada e gerou os filhos que eu não sabia que existiam?

Rosa: Senhor, perdão... Dessa parte eu não sabia...

Gael começa a contar toda a história para Rosa, que ouve tudo com lágrimas nos olhos...

Rosa: Eu conheci a Leonice e o marido num tratamento que buscava para a minha filha. Ela foi abusada sexualmente e presenciou a morte do pai no mesmo dia, e desenvolveu um estresse pós traumático muito forte, e foi então que após passa-lá por psicólogos, psiquiatras e psicanalistas, soube do tratamento do Dr. Christiansen Nielsen. Ele tinha o tratamento que a minha filha precisava, e eu arrisquei até o que não tinha para conseguir esse tratamento. A senhora Leonice se aproximou de mim, e então me ofereceu esse trabalho como diretora nesse colégio, para cuidar exclusivamente dos seus netos, porque a mãe deles havia falecido num acidente de carro e de fato a Acsa e o Abner são a cara da mãe. Como ela não estava sabendo lidar com a dor do luto, e precisava trabalhar, rapidamente aceitei. Eu nunca soube dessa parte da história, até porque os dois me parecem um casal super tranquilo, gentis, que moram numa cidade pacata.

Gael: Esses dois são argilosos. Arquitetaram muito bem esse plano, mas a casa deles acabou de cair. Eu preciso que a senhora me ajude, e em troca, lhes dou a proteção que precisam e esqueço a dívida do seu filho.

Rosa: Tudo bem, senhor... eu aceito!

Rosa então chama uma funcionária, e pede para que traga as crianças até a sua sala. Assim que elas chegam, olham timidamente para Nacho e Gael, que os olha com lágrimas nos olhos.

Os pequenos são cópias fiéis dele e da Ayana/Marjorie. Dante e Sebastian se parecem com ele. Os olhos, o cabelo, até mesmo a altura, já que são um pouco mais altos do que Acsa e Abner, que por sua vez, são a cópia fiel da mãe.

Rosa: Meus queridos, a tia Rosa chamou vocês aqui, porque ela tem alguém muito importante para apresentar á vocês. Esse daqui é o Gael, o papai de vocês...

Sebastian: Mas, o nosso papai não estava no Céu, tia? — ele cruza dos braços batendo o pezinho, fazendo eles darem risada.

Rosa: Não, meu amor. Houve um engano... O seu papai não está no Céu, ele está vivo e veio para buscar vocês.

Nesse momento, a pequena Acsa se aproxima de Gael, que se abaixa...

Acsa: Eu xabia que você ia vim buscar eu, e os meus irmãos! Eu havia pedido á Papai do Xeu para que você viesse...

Ela abraça Gael, que deixa as lágrimas rolarem, e todos olham a cena extremamente emocionados...

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