viajando com o chefe

Acordo às 5:30 da manhã, tomo banho, e me arrumo. Coloco um dos vestidos, não gosto muito de vestido assim, mais o chefe tá pagando e eu tô usando. Me olho no espelho e até que fiquei bonitinha.

Chamo um táxi por causa da mala, e vou olhando toda a paisagem pela janela. Me sinto livre, já sou de maior, com um emprego maravilhoso, e meu chefe então, ahhh como ele é lindo...lindo e safado, mas vai aprender a me respeitar.

O taxista chama minha atenção dizendo que chegamos, pago para ele e desço, chego na empresa as 7:05, graças a Deus a Bianca já está aqui.

—Bom dia, Bianca! Nossa você madruga aqui na empresa?

— Não. — Ela responde rindo. — Eu chego aqui às 7:00. Bom dia pra você também.

Trocamos algumas palavras sobre a empresa, até ela chegar no assunto do meu príncipe.

— Você sabe que é a nova escolhida do chefe né?

— Escolhida como? Eu sou a assistente dele, apenas isso.

— Eu vi o jeito que ele olhou pra você, mais te dou um conselho, não se apaixone, ele tem o costume de só...

— Bom dia senhoritas. — Que susto, dei um pulo olhando pra traz, e lá está ele, lindo em seu terno caro.

— Bom dia senhor! — Falamos juntas, como se tivéssemos sido pega no flagra.

— Senhorita Liara, vou só pegar uns documentos para levarmos e seu passaporte e já desço. E senhorita Bianca, acho melhor começar a trabalhar, a fila pro cargo de recepcionista tá grande.

Olho pra Bianca e a bicha tá mais branca que as paredes dessa empresa. Ele entra no elevador e eu me viro pra olhar pra ele, ele me olha e solta um sorrisinho que meu Deus. Volta o olhar pra Bianca que se senta na cadeira e começa a mexer no computador.

— Qualquer dia a gente marca um almoço e conversamos, fora da empresa para não levarmos mais sustos.

Ela me olha e só balança a cabeça sorrindo. Me sento na cadeira que tem ali e cruzo as pernas, balanço pra cima e pra baixo a perna que ficou pra cima até o meu príncipe voltar.

O que não demora muito, ele aponta com a cabeça para acompanha-lo, eu pego minha mala, dou tchau pra Bianca e vou. O motorista dele coloca minha mala no porta malas junto com a dele que já tá lá, ele senta de um lado e eu do outro, o meio entre nós dois é separado pelas pastas de documentos dele.

Olho pra ele e ele me olha de um jeito sedutor. Eu fico sem graça e olho pra janela, mais percebo que ele ainda me observa, então cruzo as pernas e coloco minha mão com a aliança em cima dela. Escultor ele bufar, e quando olho pra ele, está olhando para a janela.

Eu sorrio e olho para minha falsa aliança. Ele é um gato, mais não quero ser sua raitinha não. Vejo que estamos em uma pista de voo, chegamos perto do jatinho e...nossa que lindo, fique de boca aberta, agora tenho uma pequena noção que esse homem é rico mesmo.

Descemos e o motorista leva nossas malas pra dentro do jatinho.

Eu me sento, ele se senta de frente pra mim e colocamos o sinto na mesma hora.

— Minha primeira vez.

— O que? — Ele pergunta saindo do transe, como se estivesse em outro mundo.

— Essa é a primeira vez que ando de avião.

— Quando você vai se casar?

— Ainda vamos escolher a data, senhor Belmont.

— Eu posso te fazer esquecer dessa coisa de casamento.

— E quem disse que eu quero esquecer? O meu sonho é me casar com meu príncipe encantado.

— Eu sou o lobo mal, chapeuzinho vermelho, e vou te devorar antes do casamento acontecer.

Meu Deus, eu não sei o que dizer, vou fingir que não entendi. Viro para janela, mais meu coração tá acelerado, o olhar dele não sai de cima de mim, e tenho medo de encarar ele.

Fecho meu olhos pra tentar me acalmar, mais o avião começa a se movimentar, então eu aperto o banco com as minhas mãos e travo mais meus olhos.

— Está com medo de mim ou do avião?

— Do avião! — Respondo ainda olhando para a janela, não quero olhar para ele.

— Então gostou do que eu disse, posso fazer se quiser, digo, só se você quiser.

— Não muito obrigada, meu noivo já o faz, e muito bem feito.

Resolvo olhar para ele, ele tá me olhando de um jeito que me arrepia. Parece sério, parece que não gostou da mina resposta. Mas, quanto mais eu afastar ele, melhor para mim.

Depois ele joga as costas pra trás e fecha os olho, e eu fico ali admirando o quanto ele é lindo, e não consigo imaginar ele fazendo o tal "lobo mal".

Acabo fechando os olhos também e sem me dar conta, acabou dormindo. Desperto com a voz dele me chamando, chegamos no Estados Unidos, que cidade maravilhosa. Tem um carro particular dele, e nós conduz ao hotel, para minha surpresa o infeliz só reservou 1 quarto presidencial.

Olho pra ele incrédula.

— Qual sua intenção em reservar só 1 quarto? — Ele só me olha e sorrir. Entramos no elevador e eu cruzo os braços.

Que descarado!

Chegamos no último andar, e ele não falou nada, passou o cartão, a porta se abriu, e, nossa é grande demais.

— Naquela porta está seu quarto, e aquela ali o meu. Mas poderemos dividir um deles se você quiser.

— Eu passo, obrigada. — Me viro indo direto pro meu quarto. Minha barriga ronca, não comi nada até agora.

Então saio e vejo ele pedindo para trazer o café da manhã no quarto, me sento no sofá que tem ali e cruzo as pernas, e vejo ele olhar os movimentos os meus movimentos.

Ele vem com uma pasta na mão e me entrega, pede para eu ler e tentar decorar o máximo possível para reunião. Eu só dou um sorrisinho de lado, pois minha memória é fotográfica, memorizo tudo sem nem fazer esforço. Abro a pasta e só tem 5 folhas, moleza.

Pego a primeira folha e leio toda, passo pra segunda mais o café da manhã chega, eu guardo de lado e vamos comer. Termino e volto a ler a segunda folha e assim faço até a 5° e entrego a pasta de volta pra ele. Então, ele me olha confuso.

— Já li e decorei, porque me olha assim?

— Eu estou lendo esse documento desde ontem, e acho que tem coisas que ainda eu não decorei como você em uma passada de olho decorou.

— Porque sou mais inteligente que o senhor chefinho. — Sinto ele travar o maxilar, e ficar tenso, ele vai direto pro quarto dele e lá fica por um bom tempo.

Ele sai e só na hora da reunião, ele nem olha pra mim, só me chamam com as mãos para irmos. Acho que ele não acreditou que eu decorei tudo. Mas, vou surpreendê-lo.

Ele entra no elevador e eu entro atrás dele, mais fico na frente e ele atrás de mim encostado no corrimão que tem lá. Escuto sua respiração pesada, e sinto que ele está olhando para mim, vou pro canto da parede do elevador e me encosto nela, ele não para de me olhar, e isso já está me enchendo o saco.

— Porque você fica me olhando tanto, senhor Belmont?

— Fico imaginando como é você gemendo, e o que mais quero ouvir e gemendo o meu nome.

— Para com isso, você me prometeu que seria profissional.

— E eu estou sendo, doce Liara, mais não tenho culpa de imaginar você cavalgando em cima de mim.

Fecho os olhos e viro a cara pros botões do elevador. Ele se ajeita e vem em minha direção, fica frente a frente comigo, quase colocado. Eu o olho e nos encaramos, ele puxa um botão vermelho do elevador e ele para.

Ele se aproxima mais e me puxa pela cintura, nossos lábios estão próximo demais, ele olha pra minha boca e eu pra dele, e como um ímã a minha boca busca a dele. Que saudade desse beijo. Ele coloca a mão na minha nuca aprofundando mais o beijo.

Eu abaixo minha cabeça pra sair do beijo, ele segura meu queixo e levanta meu rosto, e me beija novamente. O beijo do príncipe encantado! Novamente eu que saio do beijo virando o rosto e saindo do seu agarre.

— Você não pode fazer isso!

— Não tem nada que eu queira e não faço, tudo que meu corpo quer eu dou para ele, tudo senhorita, Liara.

— E o que quer dizer com isso?

— Que o meu corpo deseja você, e eu quero você. — Olho para ele e vejo seus olhos queimar em excitação, me recomponho e aperto o botão vermelho para o elevador voltar a funcionar.

— Parece que tem uma coisa que o seu corpo não vai ter, não estou disponível.

— Veremos! Eu sou paciente Liara, muito paciente com o que eu desejo. — Ele fala no meu ouvido fazendo meu corpo arrepiar. E agradeço aos céus pelo elevador chegar no andar.

Ele sai na frente, como sempre, e me manda acompanha-lo. Vejo vários olhares para ele, alguns com um olhar de medo, medo? será?

Afasto esse pensamento quando chegamos no carro, entramos e seguimos pra empresa que ele tem aqui. Um prédio enorme, parece está tocando o céu de tão alto.

Entramos e já fomos direto pro elevador, o silêncio reina, mais as vezes o olho e ele está com sorrindo safado na cara, eu sem graça viro olhando pra frente.

Chegamos ao andar e entramos em uma sala de reunião, ele manda eu sentar do lado dele e me pergunta se ainda me lembro do documento, respondo que sim, cada palavra.

Depois de todos lá dentro a reunião começa. Quando chega a vez de ele falar, ele o faz com uma voz mais autoritária, potente deixando todos ali o olhando sem jeito.

Ele olha para mim e manda eu falar sobre o documento que ele mandou eu lê, e eu falei cada palavra daquele documento. Ele se vira olhando para mim impressionado, e eu não paro de falar até chegar no ponto final da última folha.

Ele me olha admirado, e o pessoal também ficam todos me olhando, a vergonha me bate, tá pior que na sala de aula. A reunião segue e logo chega no final. Todos nos cumprimenta, olha pra mim e me parabeniza pegando na minha mão. E eu sorrio com agradecimento, os olhos do Brian bate sempre nas minhas mãos quando alguém me toca e fecha a cara.

Ciúme? Talvez!

Quando acaba todos saem, olho pro meu chefe e ele não tá com a cara boa, ele me olha e se vira saindo sem falar nada.

O que eu fiz?

Ele anda rápido e eu quase tenho que correr pra alcançar ele. Mas, ele entra no elevador me deixando para trás e vejo que ele não segura a porta para mim. Então paro de andar e cruzo os braços. Não vou correr atrás desse idiota.

As portas se fecham e eu fico lá igual uma palhaça. Rrggg!!! Vou para próximo do elevador e aperto o botão. Ele demora um pouco para subir de volta, eu entro e aperto pra descer pro térreo. Chego, ele não está em lugar nenhum.

Que palhaçada!

Olho ao redor e sigo pelo caminho que viemos pra cá. Caminho pela calçada olhando com detalhes cada pedacinho que viemos até chegar no hotel.

Passo direto pro elevador e subo pro último andar, não tenho o cartão, e agora como vou entra? Olho de um lado para o outro e bato na porta, ele demora um pouco mais abre, ele tá com cara irritado.

— Demorou pra chegar!

— O senhor me largou lá sozinha, queria que eu viesse pra cá voando?

— Deveria ter corrido pro elevador não se fechar, assim teria vindo de carro.

Olho pra ele indignada. Hum vou pirraçar, vamos ver o grau do ciúmes dele.

— Mas eu vim de carro, um homem que estava lá na reunião me deu carona até aqui. Bem bonito, por sinal.

Vejo ele tirar o sorriso da cara e fechar ela na hora. Ele vira as costas pra ir pro quarto e bate a porta com tudo.

1x0 pra mim!

Vou pro meu quarto, tranco a porta e tomo um banho, visto um vestido preto, curto e coladinho no corpo , hoje é meu aniversário, vou pra uma boate que eu vi quando estava vindo para cá.

Deixo meu cabelo de lado, faço uma maquiagem boa e passo o meu perfume. Quando saio do quarto, ele está no sofá mexendo no celular, ele me olha por cima e abre a boca.

— Onde você pensa que vai?

— Como hoje é meu aniversário e não vamos ter mais reunião, peço permissão pra sair.

— Permissão negada!

— Sabe que a parte da permissão foi brincadeira né? Não preciso de permissão para sair, pelas horas, meu horário de trabalho já acabou.

— Você não vai sair desse jeito Liara!

— E porque não senhor Belmont? — Coloco a mão na cintura o desafiando, ele se levanta e vem até mim.

— Porque você está mostrando o que é meu. — Que prepotência!

— Não te nada seu aqui.

Ele sorrir, me puxa pro beijo e leva meu corpo até o sofá. Me deita se deitando em cima de mim. Ele começa a passar as mãos pelo meu corpo e sinto seu toque me fazendo arrepiar, mais quando ele empurra seu quadril na minha virilha, sinto seu membro duro e travo, empurro ele e me levanto.

Eu estou ofegante e ele também, olho pra ele sem dizer nada e saio do quarto zonza, com o que acabou de acontecer.

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