A infidelidade

Steve Taylor com muita raiva destrói tudo no apartamento. Sua vontade era colocar fogo em tudo, mas lembrando que estava em um apartamento e que havia outros moradores, ele resolve encher a cara.

Após tomar tudo o que tinha no apartamento, já de cara cheia ele resolveu ir ao escritório para conversar com o pai e contar o que aconteceu.

Ao chegar no escritório, o seu pai já havia saído. Ele apenas encontrou Adrielle, que estava terminando um serviço que seu pai determinara para ela concluir até o final do expediente.

Aborrecido Steve saiu do escritório e pediu ao motorista que o levasse até a casa do pai. Ele estava tão bêbado e desesperado com tudo que aconteceu no apartamento que nesse momento só pensava em desabafar com o pai, mesmo tendo discutido com ele mais cedo por divergência no trabalho.

Na casa do pai ele entrou já cambaleando sob o efeito da bebida. Seu pai ao ver o filho nesse estado ficou muito triste, porém, por serem muito unidos ele tentou conversar com o filho.

- Steve, o que aconteceu, meu filho? Você bebeu porque nós discutimos?

- Não pai. Aconteceu outra coisa.

- O que aconteceu de tão ruim a ponto de você estar desse jeito? Fala comigo, filho. Se eu puder ajudar.

- Pai, aquela ordinária da Manuela estava me traindo no meu apartamento com o segurança dela. Eu estava pensando em levá-la ao cinema e depois jantar num restaurante, pois desde que voltamos ainda não tinha saído com ela para passear. Comprei flores e cheguei todo feliz no apartamento e ouvi uns gemidos. Achei que ela estivesse passando mal e não tivesse conseguido entrar em contato comigo.

- Você encontrou os dois na sua cama?

- Sim, pai. A descarada não teve nem palavras para dissimular o seu erro.

- Que horrível isso, meu filho!

- Eu consegui me segurar pra não arrebentar a cara dos dois. Expulsei eles do apartamento e joguei as coisas dela pela janela.

- Meu filho... Imagino como está sofrendo.

- Depois que eles saíram, fiquei com muita raiva e com vontade de tocar fogo no apartamento. Me contive porque não moro sozinho no prédio.

- Ainda bem que você raciocinou. Que horror! Eu nunca imaginei que ela fosse assim. Parecia uma boa pessoa, filha de boa família. Estava enganado sobre ela e seu caráter.

- Eu só queria fazer a última vontade do meu avô que era me ver casado antes dos 30 anos. Achei que ela gostasse de mim. Pelo menos ela fingia muito bem. Todos achavam que nosso noivado iria se transformar em casamento logo.

- Meu filho, não se desespere. Essa mulher não servia para você. Você vai encontrar outra pessoa que faça você feliz.

- Pai, eu não vou poder assumir a empresa se não me casar logo. O senhor sabe do testamento do meu avô. Eu posso ter estudado muito, me especializado em tudo que é necessário para comandar a empresa, mas se não estiver casado antes de completar meu trigésimo aniversário, a empresa será entregue ao Conselho de acionistas. A empresa que o avô fundou não será mais nossa.

- Filho, não fique pensando nisso.

- Mas pai... Está se esquecendo de que completo 30 anos em menos de dois meses? Eu pretendia casar com a Manuela no próximo mês.

- Vamos dar um jeito. O mundo não acabou. Pelo menos você descobriu antes de se casar. Você sabe que só poderia se divorciar depois de 15 anos de casado.

- Ainda tem isso. Onde vou encontrar uma mulher que aceite se casar comigo em um mês e ficar casada comigo por 15 anos?

- Fica calmo, meu filho. Nós vamos resolver isso. Sei que discutimos e discordamos sobre a forma de comandar a empresa, mas não posso deixar nossa empresa cair em mãos desconhecidas. A solução não deve ser difícil de encontrar. Precisamos esfriar a cabeça para chegar numa conclusão.

- Pai, estou muito abalado com tudo isso. Não sei o que fazer...

- Vamos chamar a sua avó e conversar com ela sobre isso. Ela sempre foi muito sábia. Com certeza ela vai encontrar uma solução perfeita. Vamos confiar na sabedoria dela. Agora você deve tomar um banho e tomar um café para melhorar.

- Acho que vou fazer isso mesmo, depois vou dormir um pouco e vejo se acordo com a cabeça mais lúcida.

- Isso mesmo, meu filho. Tome um banho e descanse. Você está com a cabeça cheia. Depois de um bom descanso verá as coisas com outros olhos e poderá raciocinar melhor e chegar a uma conclusão.

- Eu espero que sim. Chame a vó e converse com ela sobre isso. Estarei aguardando a solução dela. Agora só ela pode me ajudar.

- Sim, filho. Vou falar com ela. Não se preocupe com isso. Vamos confiar na sua avó. Minha mãe é muito inteligente e conhece muita gente boa. Não vamos desanimar.