- Drácula? Onde estava?- Disse Súbito.
- Eu fui a grande floresta- Disse Drácula com um sorriso espontâneo lembrando daquela bela mulher mutante.
Súbito ficou preocupado, ja que Drácula chegou 30 minutos antes do nascer do Sol.
- Você nunca chega em cima da hora, você quer ser morto?? Você sabe que o Sol é mortal pra você.
- Eu sei, eu sei- Disse Drácula não se importando muito.
- Mas fala aí. Oque foi fazer nessa floresta- Disse Súbito curioso.
Drácula fechou as portas, pois o dia começou a clarear.
- Eu estava com muito tédio, comecei a pensar que não tinha motivo de viver mais. Até que algo me fez pensar ao contrário. Eu estava atrás de uma coisa mas acabei achando outra melhor, com lindos cabelos, sorriso e voz perfeita, e seu corpo!! Ah seu corpo é lindo, apesar de ser estranho aquilo, mas eu achei tão lindo, súbito.
Súbito coçou seu capuz e perguntou:
- Mas do que você esta falando Drácula?? Tomou sangue com colesterol, foi? Só pode.
- Você não vai entender Súbito. Você não tem sentimentos.
Súbito lembrou da Mãe Natureza. Oque é ter sentimento? Será que aquilo que súbito senti por ela é sentimentos?
- Eu acho que tenho sentimentos sim- Disse Súbito na dúvida.
- Não, você não tem. Ninguém acha que tem, sempre é certeza- Disse Drácula rindo com deboche.
- Como eu vou ter certeza de que tenho sentimentos, se eu nunca tive? E ninguém nunca teve por mim?
Drácula olhou com piedade, e sentindo pena de ver um deus dizer isso.
- Existe um sentimento que todos tem por você Súbito.
- Qual?- Disse ele empolgado com a resposta.
- O ódio.
Súbito ficou paralisado, não teve reação. Ele se sentiu a pessoa mais maléfica que existe nesse mundo. Mas literalmente ele é. Mas ouvir isso de uma criação dele é totalmente diferente.
Drácula olhou para ele sem entender e deu um ponto final.
- Estou indo dormir. Até mais Súbito.
Drácula foi até o caixão e se deitou.
Súbito abriu a porta e o Sol estava aparecendo, porém ainda com tempestades.
Ele saiu para fora e fechou a porta e voou para a floresta amazônica, o único lugar que ele se sente bem.
Na floresta...
Curupira estava brincando com os animais. Iara aparece na beira do rio.
- Maninho? Vem aqui, rápido.
Ele sorriu e correu até lá.
- Oque aconteceu? Matou mais um dos pescadores?- Disse ele com uma voz de garoto atentado.
- Não, mas eu conheci um homem. Ele é pálido e frio, forte, muito forte, tem dentes bonitos, mas muito pontudos. Enfim, ele com certeza não é um humano.
Curupira ficou pensando. Que criatura deve ser?
- Essa criatura te tocou, então não é o súbito, se não tu estaria morta.
- Súbito?- Disse ela sem entender.
- É um estranho que eu conheci a tempinho atrás. É amigo da Mãe Natureza.
- É aquele ali?- Disse ela apontando para trás do Curupira.
Curupira olhou bravo. Ele se levantou, Iara ficou observando.
- Oque quer aqui?- Disse Curupira segurando a lança firme.
- Onde está sua mãe?- Disse ele olhando para os lados.
- Ela esta descansando.
- Falei para ela não usar muito poder. Merda!- Disse Súbito triste por não ve-la.
Iara olhou para um rato que passou perto de súbito, quando o rato tocou nele ja caiu no chão morto. Iara ficou espantada e se sentiu intimidada com ele.
- Vou acorda-la - Disse Súbito
Curupira riu.
- Você não pode acorda-la. Primeiro não sabe onde ela esta. Segundo, ela te odeia. Que tal ir embora?- Disse Curupira sem nenhum pingo de medo.
Súbito olhou para Iara.
- Essa é a criatura que Drácula se apaixonou?- Disse ele dando dois passos para frente.
Curupira jogou a lança e Súbito segura movimentando somente um braço.
- Não se aproxime de nós- Disse Curupira acendendo seus cabelos.
- Não irei machucar vocês, mesmo querendo muito. Mas me diga Curupira, ja se apaixonou antes?
- Vá embora- Disse ele na voz de ameaça.
Súbito voou para os céus e sumiu de vista.
- Por que ele não nos atacou?- Disse Iara.
- Não sei. Ele é estranho. Esse homem pálido que você disse deve ser esse tal de Drácula.
Iara ficou sem reação. E Curupira começou a rir.
- Ele esta apaixonado em você. Mal sabe ele que a Mãe Natureza te deu um castigo de nunca mais se apaixonar.
- Não me lembre disso- Disse Iara olhando a cicatriz no canto de sua costela.
- Tome cuidado com esse tal de Drácula, Iara. Tudo que é criação dele não é bom.
- Eu sempre tomo cuidado.
Curupira entregou um feijão azul brilhante, que a Mãe Natureza o entregou, para Iara comer. Depois disso se despediu e foi embora.
Nos céus...
Súbito estava a caminho de sua casa e teve uma ideia. Ele quer criar um curupira assim como a Mãe Natureza fez.
Desceu para a terra e procurou alguém. Avistou uma mulher pedindo socorro e um homem atacando ela no meio de um caminho da floresta.
Súbito chegou e colocou suas mãos acima da cabeça deste homem, mas não o tocando.
Então esse homem abriu seus olhos e ergueu a cabeça para cima, seus pés não estavam mais no chão.
Súbito tentou lembrar da imagem de Curupira e esse homem estava ficando do mesmo jeito.
A mulher estava nua e paralisada com aquilo que estava vendo.
O homem se contorcia todo e seu cabelo em vez de fogo vermelho ficou um fogo preto escuro.
Súbito terminou, estava a imagem do Curupira, assim que esse homem tocou o chão, ele caiu. A criação de Súbito não suportou tanto poder.
Súbito ficou nervoso, pegou o corpo e jogou para bem longe de tão nervoso que estava.
- Obrigada criatura estranha- Disse a mulher tremendo- Você me salvou, te devo essa.
Ela pegou um cigarro e tentava acender com as mãos trêmulas.
- Aceita um?- Disse ela nua e nervosa.
Súbito percebeu que ela estava fazendo isso para não morrer.
- Você me disse que me deve essa- Disse ele estendendo a mão e levitando a mulher.
Súbito tentava fazer a imagem do Curupira em uma mulher, mas não estava saindo do jeito que ele esperava. A mulher se contorcia de dor, seus olhos ficaram pretos.
Dessa vez, súbito colocou pouco poder, para não acontecer a mesma coisa.
Quando ele terminou e ela tocou o pé no chão, ela imediatamente caiu.
Mas logo ela se levantou. Sua força estava dez vezes mais forte do que de um humano.
Súbito ficou feliz.
- Vai, mostre seus cabelos em chamas.
Ela não entendia do que ele estava falando.
- Jogue algo em mim- Disse Súbito ancioso.
Ela pegou uma pedra e jogou em seu peito com muita força.
- Só isso? Não pode ser, acho que coloquei pouco poder em você. Droga!!! Inútil- Disse ele nervoso com o resultado.
Ele foi para tocar nela e ela se jogou no chão e disse:
- Por favor!!!! Tenha misericórdia, me deixe viver e nunca me verá em sua frente. Tenha um pouco de amor em seu coração.
Súbito olhou e ficou pensando. Se ele a poupar, pode ser que ela espalhe o quão amoroso ele é.
- Suma da minha frente- Disse ele virando de costas.
Ela se levantou, pegou o cigarro e quando ia correr ele disse:
- A partir de hoje você se chamará Caipora, pois você foi um grande azar.
Ela olhou para baixo e começou a correr.
Súbito foi embora triste e revoltado.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Wan Marte
Ah, então tem porta! hehehe
2022-10-30
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