A Mãe Natureza ficou exausta, pois usou muitos poderes para as suas criações. Então ela se transformou em uma árvore de figueira com cerca de 20 metros e ali se descansará por no mínimo seis meses, até que seus poderes se recarreguem.
Antes dela se transformar, ela chamou o curupira. Ele chegou em sua frente e se ajoelhou. Logo a Mãe Natureza pediu para levantar, tocou em seu rosto com suas mãos e disse:
- Você se responsabilizará até eu voltar, consegue isso?
Curupira olhou em seus olhos profundos e disse:
- Com toda certeza minha Mãe.
- Ótimo- Disse ela, em seguida lhe entregou 12 feijões azul brilhante- Isso vocês tem que comer a cada trinta dias, se não, perderá todos os poderes e não sei oque pode acontecer, isso é sua fonte, coma apenas um, a cada lua cheia e entregue para Iara.
- Mas e o Saci?
- Ele é metade humano, não precisa, sua fonte pode ser qualquer tipo de comida.
Ela se despediu e se transformou em árvore em ter menos de 2 horas.
Curupira ficou vendo sua transformação, assim que ela terminou ele escutou barulhos de disparo. Ele olhou para onde veio o rumo, pegou sua lança, seu olhar mostrando sua raiva e deu impulso com seus pés.
Chegou perto dos dois caçadores e ficou observando eles de cima de uma árvore. Eles mataram um javali.
- Ótimo!- Disse um dos caçadores parabenizando o acerto no animal- Você foi muito bem, agora vamos embora.
- Oque?- Disse o outro caçador- Não iremos comer?
- Claro que não, isso foi só por diversão. Vamos!
Curupira então desceu da árvore e foram atrás deles. Ele então começou a assobiar dentro da selva. Os caçadores escutaram e viraram para o rumo do assobio.
- Ouviu isso?- Disse um deles.
- Ouvi sim. Quem ta aí?- Grita o outro.
- Tem um engraçadinho querendo brincar, é? Então perai- Disse ele recarregando sua arma.
Ele assobiou novamente, mas em outro local, os caçadores começou a seguir o som e viram uma pegada humana, era do Curupira.
- Ele foi por alí- Disse o caçador seguindo as pegadas.
Curupira começou a rir, uma risada grossa e maléfica.
Quando se deram conta os caçadores ficaram perdidos no meio da floresta. Aquelas pegadas viraram várias, então eles ouviram um rugido, era uma onça pintada, um dos caçadores mirou nela.
Ela estava os observando esperando a hora certa de atacar, quando o caçador foi para atirar o curupira apareceu bateu na sua arma fazendo ele atirar pra cima.
Curupira olhou para eles e seu cabelo pegou fogo. Então ele olhou para os caçadores e falou:
- Não pode- Falou balançando seu dedo para um lado e para o outro.
Eles começaram a tremer.
- Q-Q-Quem é você?- Disse ele gaguejando.
- Sou Curupira, e vocês são a comida da minha Anala- A onça apareceu de seu lado fazendo carinho.
Eles começaram a correr. Curupira olhou para a Anala e disse:
- Mate apenas um, o outro deixa que conte sobre mim para que não se atreva a voltar.
Anala correu e ele escutou um dos homens gritando de dor, a onça o pegou.
Curupira sorriu e foi embora para perto da figueira, onde a Mãe esta se descansando.
Anoiteceu... Drácula estava sentindo sua vida um pouco vazia, ele precisava de alguma coisa. Ele acordou e abriu seu caixão, se levantou e matou um dos humanos que ficam em uma masmorra, tomou o sangue e voltou para a cozinha.
Drácula se sentou na cadeira e ficou olhando aquela lua minguante e amarela.
- Oque te pertuba Drácula?- Disse Súbito aparecendo.
- Sei lá, minha vida é um grande tédio, nem faz tanto sentido eu ainda estar vivo, não vejo propósito.
- Então se mata, vou adorar ver isso- Disse Súbito indo embora procurar almas para se alimentar.
- Engraçadinho- Disse Drácula com seu rosto escorado em sua mão.
Então Drácula lembrou que a 3 dias atrás Súbito voltou feliz, pois lutou com alguém desafiador. Naquela noite Súbito sorriu, apesar dele não ver seu rosto, mas Drácula sentiu que ele estava feliz. Então Drácula sentiu que também precisava de uma luta para anima-lo.
Drácula pulou a janela, se transformou em morcegos e foi para Amazônia, aliás, parece que na mansão deles não existe portas.
Drácula chegou na floresta e pisou seus calçados no solo, uma cobra passou por ele mas ela não o sentiu, pois ele é frio.
Drácula continuou andando, observando aquela floresta. Até que, ele escutou uma bela voz, não estava cantando, mas sua melodia era perfeita.
Drácula olhou para o local de onde vinha esse som.
- Que voz encantadora!- Sussurou Drácula.
Ele começou a seguir essa voz, dando passos lentos e sem piscar seus olhos. As folhas que atrapalhava ele, simplesmente a tirava com carinho com suas mãos. Até que ele chegou perto de um rio, e viu uma linda mulher sentada em uma pedra, penteando seus cabelos com um pequeno galho de espinhos. Animais terrestres estavam em volta do rio dormindo. Drácula então pisou um pé na água.
- Quem esta aí?- Disse ela com uma doce voz- Pode aparecer, não precisa ficar escondido- Disse ela com uma voz encantadora e sensual.
Ela jogou seu cabelo para frente, cobrindo seus seios, e olhou para Drácula que estava atrás dela com uma distância de dez metros.
- Como você é lindo!- Disse Iara- Queria tanto uma companhia, me sinto tão só nesta pedra fria.
- Não sou uma boa pessoa para te esquentar, mas posso dar um jeito- Disse Drácula aprofundando mais no rio.
- Que gentil! Adoraria esse seu jeito que irar dar.
Drácula chegou a uma certa parte do rio onde seus pés não alcançava o chão, ele começou a nadar em sua direção. Então ela mergulhou no rio, desaparecendo. Ele parou de nadar e ficou observando onde ela estaria, olhou para um lado e para o outro.
Então ela puxou seus pés para o fundo do rio. Drácula afundou, ela olhou para ele e começava apertar seu pulmão para tirar seu ar.
Drácula olhou para ela decepcionado, e balançou a cabeça com um gesto de "não".
Então Drácula abraçou Iara bem forte e voou para cima saindo do rio.
- AH!!!!!!- Grita Iara.
Drácula estava da cintura pra baixo transformado em morcego e da cintura pra cima como humano e segurando Iara pelos braços.
- Deveria tomar cuidado com quem você mexe, eu ja sou morto, não tente me afogar - Disse Drácula olhando para sua calda- Oque é você? Uma guardiã da Mãe Natureza? Esperava mais, não tem nem super força- Disse Drácula esperando uma boa batalha.
- Me solta!!
Iara então bateu sua calda no rosto de Drácula fazendo ele soltar ela. Iara começa a cair em direção do rio, então ela olha para trás e Drácula estava vindo bem atrás para pega-la. Então ela soltou um grito muito forte, fazendo quebrar as ondas sonoras e estourar qualquer tímpano. Morcegos são muito sensíveis ao som, isso fez Drácula afastar para longe.
Iara caiu no rio e sumiu nas águas. Drácula não a encontrou mais.
Drácula foi embora. Foi sentindo algo em seu peito, mas não soube explicar oque era.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Wan Marte
Estou me cativando por essa história 💕
2022-10-28
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Wan Marte
Muito coerente 👏🏽👏🏽
2022-10-28
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