De Patricinha À Rainha Do Morro
Oi, meu nome é Melina, tenho dezoito anos, e minha vida está uma loucura!
Você já teve aquela paixão? Não estou falando de amor, e de nada carinhoso, recíproco, seguro. Estou falando de paixão, aquela paixão cega, aquele sentimento louco que te deixa irreconhecível e que você sente que faria qualquer coisa pela pessoa, para estar com ela? Qualquer coisa mesmo? É, eu não acreditava nessas loucuras, até que comecei a vivenciar uma.
Bom, vamos aos fatos: Sou moradora do Rio de Janeiro, tenho uma ótima condição financeira graças ao meu pai (que não conheço, porque segundo minha mãe ele faleceu quando eu era uma bebê) pois se dependesse da vontade de trabalhar da minha mãe acredito que nós duas estávamos em uma situação difícil. Estudei para passar em Medicina na Oxford, apesar de ter dinheiro para entrar não gostaria que não tivesse esforço da minha parte. Faço trabalhos voluntário em casas de idosos, e lar de adoção. Ah! Eu saí da casa onde morava com minha mãe, ela colocou o nojento do novo namorado dela para dentro de casa, e depois de tanto eu dizer e ela não acreditar que ele me assediava, resolvi pegar minhas coisas e sair. Fui morar em uma das casas que tenho em meu nome. A casa fica no Leblon, é bem espaçosa, bem iluminada, tem piscina e jacuzzi, e um ótimo espaço para as minhas festas. E como só vou ficar aqui mais dois anos antes de ir para a minha tão sonhada faculdade quero aproveitar! Agora que já me conhece um pouco vamos ao dia que saí de casa.
Eu saio deixando a porta da entrada aberta, pois estou carregando duas malas e não tenho tempo nem energia de fechar. Por último só ouço minha mãe falando com sua voz estridente "pegou seu cartão de crédito princesa?", nem me dou o trabalho de responder. Coloco minhas malas em meu carro e saio em direção a casa nova. Tenho cinco casas no Rio de Janeiro em meu nome, escolhi a mais afastada, sem estar em um condomínio fechado já para não passar nervoso com polícia e vizinhos me enchendo. Chego rapidamente na casa, pois era somente algumas quadras de onde morava com minha mãe.
Melina: Lar doce lar
Após entrar na garagem meu celular toca insistentemente, era a Anira.
A Anira é minha melhor amiga desde os meus oito anos, é uma menina linda, com peito e bunda que encaixam perfeitamente com as curvas do seu corpo, tem dezessete anos e é filha do meu anjo da guarda.
Anira:
Melina: Fala cachorra!
Anira: Amiga, bora pro baile hoje! A favela ta lotada, vieram comemorar o aniversário do IG.
Melina: IG não é o dono do morro?
Anira: É pô! Bora!
Melina: Ani, eu acabei de chegar na casa nova, aquela que te falei. Vou só desarrumar as malas e passo aí pra gente ir.
Anira: Beleza amiga, aproveito e já passo pro banho.
Melina: Beijo, tchau.
Quando eu desligo tiro as malas do carro e entro em casa. Tudo está impecável, os móveis que eu escolhi, decoração, tudo.
Melina: LAR DOCE LAR!
Léia: Oi minha filha!
(Léia é mãe da Anira, ela é o meu anjo da guarda. O espaço e sentimento de mãe é todo para ela. Ela trabalha na casa da minha mãe há mais de dez anos, me criou desde que me entendo por gente, e veio me ajudar no início dessa nova fase)
Léia vem com os braços abertos para me abraçar.
Melina: Ah, como é bom ver você, a única pessoa que me ama nesse mundo!
Léia: Não fala assim, você é uma menina muito amada.
Faço um bico para ela e abraço ela forte. Como é bom sentir o abraço dela, foi nele que eu me encaixei tantas vezes quando meu mundo parecia que ia desabar.
Melina: Vou subir e me arrumar, vou no baile com a Anira
Léia: Virgem Maria, aquele lugar deve estar um inferno!
Melina: Tenha certeza, e porque você não dorme aqui hoje? Se não você vai ficar ouvindo aquelas músicas que você ama a madrugada toda.
Léia: Acho que vou aceitar sim, já pensou? Quem dorme com uma coisa que só fica falando "as novinha senta, senta, quica, quica"
Eu não me aguento e solto uma gargalhada faço como se estivesse dançando enquanto ela canta. Dou um beijo na testa da Léia e levo as duas malas para o andar de cima. Chego no quarto morrendo de cansaço, acho que coloquei pedras nas malas em vez de roupas. Começo a separar a roupa que vou usar, e aproveito para mandar mensagem para Anira.
*Text Melina: Ani, você vai querer alguma roupa?
*Text Anira: Miga, não precisa não! Passei na lojinha do morro e comprei um cropedd e um short babado
*Text Melina: Beleza, estou indo tomar banho, já te aviso quando sair. Acho que vou de Taxi porque a última vez quis atropelas a infeliz da Thamires.
*Text Anira: Ixe menina, vem de taxi, depois tu sobe de moto taxi até o baile. Quando você chegar já te conto os babados dela, a favela ta chocada.
*Text Melina: A-D-O-R-O fofoca, tô indo pro banho, beijo.
Eu jogo o celular na cama, escolho a roupa e vou para o banho. Ao terminar começo a me trocar, fazer a maquiagem e arrumar meu cabelo.
Melina: Agora só falta o salto!
Vasculho o local do meu guarda roupa onde tem meus saltos. Escolhido o salto, só preciso de um perfume, arrumar a bolsa que eu vou levar e partiu baile!
Passo meu perfume favorito, minha marca registrada como dizem meus amigos. E escolho a bolsa, pego documentos, minha carteira de cigarros (É, sou fumante. Comecei a fumar faz um ano), isqueiro, dinheiro em nota e meu cartão de débito. Tudo pronto para ir, dou mais uma checada no espelho, chamo o taxi pelo aplicativo e desço.
*Text Melina: Estou saindo de casa, te encontro na frente da quadra
*Text Anira: Estou subindo já, te espero lá, beijo.
Ao terminar de descer as escadas procuro pela Léia
Melina: Lé? Ta aqui ainda?
Léia: Oi meu amor, estava na sala assistindo novela. Liguei para a Ani e avisei que vou ficar por aqui hoje
Melina: A casa é sua você sabe. Já estou indo
Léia: Vai com Deus meu amor
Léia dá um beijo na minha testa e volta para o sofá onde estava assistindo sua novela.
Ao sair de casa o taxi já está esperando, não sei o porque mais os taxistas sempre me olham com uma cara estranha quando eu digo que o destino é a favela.
Quando eu chego consigo ver as luzes do baile lá de baixo, aproveito e mando uma mensagem para a Ani falando que estou subindo.
Vou até o moto taxi e subimos. Quando eu desço já ouço a voz da Ani me gritando
Anira: Caraca! Chegou na hora certa, o IG já tá subindo
Foi só ela terminar de dizer que olhando para trás vejo três carros subindo, alguns homem com fuzil na mão saindo dos carros e descendo das motos, e ali está ele, o dono do morro. Cumprimenta alguns que vão até ele, parece ser até bem acessível.
Melina: Cacete, que gato! É esse o IG?
Anira: Esse mesmo, cobiçado por muitas, mas poucas são as sortudas que conseguem ficar com ele. Na verdade, ainda não teve nenhuma mina do morro que conseguiu.
Passado alguns segundos em que ficamos ali olhando o IG sair do carro, cumprimentar as pessoas, vejo de longe a minha detestável conhecida, vizinha da Anira.
Melina: Porra, essa víbora já está aqui?
Anira: Ah! É mesmo, tenho que te contar os babados dela. Você acredita que a coitada está espalhando para o morro todo que está virando a fiel do IG? E que dormiu com ele essa semana toda.
Melina: Será que é verdade?
Anira: Você acha menina? acabei de te falar que ele não pega mina de morro. E quando chegar nos ouvidos dele quero ver só como vai ser
Anira dá uma risada e me puxa
Anira: Agora chega de conversa, vamos beber e dançar até amanhã!
Acompanho ela para onde está tendo o baile. Já tinha ido em outros bailes em outras favelas, mas aqui foi a primeira vez.
Tinha DJ, luzes, camarote, um ótimo espaço para dançar.
Fui com a Ani no bar, pedi um combo de Green Label, fomos para uma das mesas espalhadas nos cantos, nos sentamos e começamos a beber. Ficamos fofocando e colocando o papo em dia. A Anira já estava em seu terceiro copo, e eu no meu segundo.
Após mais alguns copos a garrafa acabou, pegamos nossos copos e fomos dançar. Eu percebia alguns olhares, mas nada invasivo, me sentia muito a vontade ali. Pego na minha bolsa uma bala de ecstasy que trouxe, e faço o uso.
Anira: Eita! que comecem os jogos!
Dou risada da frase dita, e só informando, a Ani não usa drogas, nenhum tipo, nunca colocou nenhum cigarro na boca, ela só bebe mesmo.
Depois de muito dançar precisei voltar para a o bar e pegar uma garrafinha de água, pois estava seca de sede. Enquanto esperava minha vez sinto alguém esbarrar em mim e perco um pouco o equilíbrio, me apoio na Ani e antes que eu pudesse olhar já ouço Ani gritando.
Anira: Tá cego porra?
*Vapor: Foi mal aí Ani, não precisa estresse
Antes que a Ani grite mais com o menino eu pego as garrafas de água e puxo ela. Voltamos para onde estávamos e continuamos dançando. Depois de uns minutos vejo a Ani falando com um homem que portava um fuzil, continuo dançando mas não deixo de observar os dois. Quando a Ani se vira me olha com uma cara muito estranha, e conhecendo a cara dela já sei que vem bomba.
Melina: O que foi dessa vez? Conheço essa cara
Anira: Amiga, a gente foi chamada para o camarote!
Eu olho para o homem que conversou com a Anira, e em seguida olho para o camarote. Por um momento parece que meu olhar encontra o de IG. Eu desvio o olhar e volto a conversar com a Anira.
Melina: A gente pode recusar?
Anira: Pode, mas não vou deixar você não ir, ser convidado para o camarote é foda! E você não vai perder essa!
Anira mal acabou de falar e me puxa pela mão, seguindo o homem com o fuzil que vai abrindo caminho até o camarote. Chegando na escada vejo o que nos trouxe até ali conversar com um segurança, que entrega duas pulseiras para Anira. Após colocar as pulseiras somos levadas ao camarote de frente para a pista.
Anira: Amiga, aqui é o camarote do IG, não estou acreditando!
Nesse momento IG se aproxima de nós duas com uma cara séria, e um olhar tão forte que chega a me dar arrepios.
IG: Minhas convidadas chegaram (Ele dá um sorriso quase imperceptível no canto da boca), fiquem á vontade
Anira encontra no camarote um amigo dela, que pelo que eu me lembro ela tinha comentado que ele era o braço direito do IG.
Não sei porque mas me senti um pouco retraída desde que subi para o camarote, estava explodindo para dançar por causa da bala, mas não conseguia me soltar. Anira estava dançando com o amigo dela, e eu estava sentada no sofá bebendo e olhando ela se divertir.
Vejo alguém sentando ao meu lado no sofá
Homem1: E aí princesa, tá sozinha?
Melina: Na verdade estou aqui com minha amiga
Homem1: É solteira?
Melina: Sim, namoro dá muita dor de cabeça
Homem1: Ah então fechou, podemos nos conhecer melhor
Melina: Agradeço, mas hoje não estou muito afim.
O homem tenta insistir mas eu me levanto e me forço a ir dançar com a Anira para sair de perto dele. Depois de pouco tempo acabo me soltando e voltamos a dançar juntas como estávamos lá em baixo.
Melina: Achei que você ia ficar com aquele cara
Anira: Você tá doida, não me envolvo com traficante não. De careca na família já basta meu pai
(O pai da Anira fugiu com outra mulher, deixando ela e a Tia Léia sozinhas.)
Melina: Achei errado então, você é consciente
Anira: Amiga já volto, vou no banheiro
Quando a Anira sai eu paro de dançar, me apoio na grade e olho para baixo onde vejo todos que estão ali com clareza. Sinto alguém chegando do meu lado, é o IG. Ele não fala nada, somente se apoia na grade como eu. Olho para ele por alguns instantes e volto minha atenção para baixo, onde prontamente localizo Thamires me fuzilando com o olhar. Vejo ela andando em direção á escada do camarote, e conversando com o vapor que está na ponta da escada junto com o segurança, mas nenhum dos dois deixa ela passar. Vejo de relance IG saindo de perto da grade, reparo quando a Thamires volta para onde estava, e vira a garrafa de vodka que estava na mesa de alguém. Poucos minutos depois está armada uma confusão, Thamires e uma outra menina se grudaram pelos cabelos e começaram a brigar. Havia uns homem com fuzil tentando separar e outros moradores que não estão envolvidos no tráfico tentando acabar com a briga.
Eu estava tão distraída olhando a briga que meu coração quase parou quando eu ouvi do meu lado o barulho de dois tiros. Quase fiquei surda.
Melina: Pelo amor de Deus! Não dá pra avisar antes de atirar? Quase fiquei surda!
Ao olhar para o lado meus joelhos estremecem. Quem tinha dado os disparos? É, o IG. Eu gritei com a porra do dono do morro. Não sabia o que fazer, se eu pedia desculpas, se fingia demência. Ele estava me encarando, virado de frente para mim, estava me olhando com aquele olhar profundo, que parece que só de olhar para mim conhecia cada intimidade minha, cada segredo, cada dor e cada sorriso.
Melina: Desculpa, eu não queria...
IG: Qual o teu nome?
Melina: Meu nome é Melina
IG: Você não mora aqui, nunca te vi aqui.
Melina: Eu não, não moro, mas eu vim com a Anira, aquela...
IG: Eu só perguntei o teu nome, relaxa. Não é um interrogatório.
Eu fico parada olhando para ele por alguns segundos, depois desvio o olhar para baixo
IG: Eu não sou um monstro, pode ficar tranquila
Ele fala isso e me entrega um copo. Eu não queria mais beber, mas devido ás circunstâncias pego o copo de sua mão.
Melina: Obrigada
Ele se vira novamente para a grade e se apoia, eu fico ali observando que a briga já acabou, e não vejo mais a Thalita, somente a outra menina que brigou com ela.
Anira: Mel, conta da treta eu estava no banheiro e ouvi as meninas comentando que era a Thami...
Anira imediatamente para de falar quando vê que o IG está ao meu lado olhando para nós duas.
Anira: Eu acho que vou lá falar com o Juve, beijo.
Anira sai de fininho, e eu nem ouso olhar para o lado, saio também e me sento no sofá de novo. O mesmo homem que havia tentado ficar comigo senta do meu lado novamente, mas antes que ele abra a boca vejo ele se levantando. Eu olho para cima e vejo IG encarando ele. Quando o homem sai IG olha para mim e pergunta:
IG: posso? (Apontando para o sofá)
Não falo nada, somente balanço a cabeça com um sim rápido (E eu lá sou louca de falar não?)
IG: De onde você é?
Melina: Leblon
IG: Você pode olhar para mim quando responde?
Imediatamente me sento um pouco de lado e olho em seus olhos, na verdade consigo instantaneamente reparar em tudo. Suas tatuagens, seu cabelo, a cor dos seus olhos que eram de um preto tão escuro que pareciam de Obsidiana, percebo como seu perfume é bom.
IG: Então, onde de onde você é?
Melina: Leblon
IG: E o que uma patricinha está fazendo no baile?
Melina: Não sou patricinha, e eu frequento há anos bailes como esse
IG: Ah, sei.
Fico tão nervosa que sinto uma vontade imensa de fumar
Melina: Posso? (Mostrando a carteira de cigarros)
IG: O camarote é seu, faça o que quiser. (Ele diz isso e pega um dos meus cigarros, acende e dá uma tragada lenta e profunda)
Melina: E o que tem nesse copo que você me deu?
IG: Jack Fire, só vai devagar porque está puro
Não sabendo o que falar dou um gole no copo, e vou fumando. IG segue fazendo algumas perguntas e eu sigo respondendo.
IG: Você bebe bem em, já é o seu quinto copo?
Como ele sabia quantos copos eu já tinha bebido? Será que ele estava me observando?
Melina: Aprendi a beber cedo, fiquei boa nisso.
Desvio o olhar e procuro Anira que está olhando para mim com uma cara engraçada, como de quem viu um espírito. Fico ali conversando por mais um tempo com IG, a conversa começa a ficar mais leve e começo a me soltar mais, fazendo perguntas para ele também. Conversamos sobre quase tudo, rolês, praias, bebidas, drogas, música, comentei com ele da minha faculdade e de como queria passar esses dois últimos anos aproveitando antes de me enfiar em Oxford.
Depois de umas duas horas eu ainda estava conversando com o IG, o baile estava chegando ao final. Comecei a bocejar de sono.
IG: Quer que eu mande um dos meus te levar em casa?
Melina: Não precisa, vou dormir na casa da Ani hoje.
Ao terminar de falar nisso já procuro Ani com o olhar, e não encontro ela. Pego meu celular e ligo para saber onde ela estava
Melina: Ani, onde você está?
Anira: Amiga eu vim pra casa, desculpa. Não quis te atrapalhar.
Melina: Ah, não tem problema. Então eu estou descendo.
Anira: A porta está aberta. O IG vai te trazer?
Eu olho para ele que ainda está olhando para mim, e parece ter escutado o que a Ani disse, pois logo responde:
IG: Te levo até o barraco.
Melina: É, acho que sim. Te vejo logo, beijo.
Desligo a ligação e me levanto para ir. IG avisa alguns dos homens que estão no camarote e dois deles descem com a gente, um na minha frente outro atrás do IG.
Quando saímos da muvuca os dois homens seguem com a gente, mas mantendo uma distância. E eu e IG vamos conversando.
IG: Quero te ver mais vezes aqui no baile
Melina: Ah, com certeza. Sempre que a Ani me chamar eu venho
IG: E um churrasquinho na laje? Você curte?
Melina: Eu fui só nos da casa da tia Léia, mas claro, eu adoro churrasco
IG: Domingo vai ter um lá no meu barraco, se estiver afim de ir será bem vinda
Melina: Ah claro, vou sim
Finalmente chegamos na frente da casa da Ani, não que a conversa ou a companhia estivesse desagradável, mas já eram cinco horas da manhã, eu estava morta.
Melina: Obrigada por me trazer
IG: Não esquenta a cabeça, a gente se vê domingo
Melina: Tudo bem, tchau
IG somente vira as costas para mim e eu vejo uma moto Kawasaki ZX 6 R chegando perto, o homem com uma arma desce e entrega a moto para ele. Dou um sorriso de canto enquanto vejo ele descendo o morro com a moto.
Entro na casa da Ani e vejo que somente depois que eu entrou os dois homens que estavam com a gente saem da porta.
Anira já estava dormindo, abro o guarda roupas dela, pego uma camiseta e um short molinho, vou tomar um banho e depois cair na cama.
Eu durmo que nem pedra no quarto da tia Léia, e quando acordo são três horas da tarde.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Cleide Sany
show
2024-06-17
0
Nazivania Dias Carvalho
gostei
2024-03-21
2
soukoku.shin
gostei
2023-11-16
2