Bebi uma água, somente pois não conseguia ter fome, então voltei a ler pulando mais páginas onde ela fala mal de mim. É dos ciúmes doentio que tinha com minha presença.
E volto na página onde ela fala novamente de minha mãe verdadeira.
/ Hoje recebi uma carta de Maria José, e ela parecia desesperada, chorando por ter espancado novamente o filho depois de estar bêbada, e o filho fugir. Era para eu ficar triste, porém ah senti um alívio. " Tomara que morra!" /
Essa mulher era capaz de matar com certeza. Fiquei desesperado agora para saber o que tinha acontecido com meu irmão. E quatro páginas à frente descobri que dona Eugênia tinha ido no endereço da irmã.
/ Ahh diário voltei da casa da minha irmã, e que nojo de lugar. E minha irmã me contou que( Um dia, Oscar viu sua mãe ser espancada e foi para cima do homem para defendê-la. Ela, em vez de agradecer, o espancou dizendo que nunca mais ele deveria se intrometer, que esse era o meio dela colocar comida na boca dele. Oscar fugiu de casa esse dia, e muitas outras vezes antes, para não ter que presenciar sua mãe com os amantes. Ela me contava arrependida) Eu fiquei até comovida, mas não tinha o que fazer, o que estava feito, estava feito.
Não o vi em casa mas não queria ter que ver outro ser igual ao que tinha em casa que tomava minha atenção. Dei um pouco de dinheiro para ela. E fui embora. /
Passei mais páginas, pulando a parte dos ódios contra mim.
/ Hoje descobri que o irmão de Ethan, com doze anos, começou a trabalhar com um senhor manipulador e ditador, muito cruel e rígido. Oscar também sofreu nas mãos dele, que o torturava com insultos verbais e até agressão física. Acho que estou ficando carente pois agora comecei sentir pena. Enquanto meu filho tem uma vida boa, sem ainda saber o que é trabalhar, o irmão dele sofre pela vida. /
Ela não escreveu por uns bons dias e quando voltou escrever eram poemas sem sentido. Pulei essas partes até chegar na parte onde parecia brigar com seu consciente. Quando Eugênia descobriu que a irmã morreu.
/ Ahh eu preciso contar ao Flávio a verdade, para ver se consigo resgatar seu outro filho. Não o que estou dizendo ele me currasara. Mas ele agora está sozinho no mundo, pois meus pais morreram sem saber dele. Ohh minha querida irmã, que se foi e nem pude fazer um velório decente, pois quando descobri já havia passado um mês. Flávio está me fazendo muitas perguntas sobre, acho que desconfia que naquela época não era eu pois descobriu que eu já não era mais virgem, como a mulher que se deitou com ele. Como? Eu não sei. Ele não me diz. Brigamos muito ultimamente, mas ele faz questão de brigar somente depois que meu filho sai para o curso de enfermagem.
Sim agora eu consigo lhe chamar de filho me arrependo tanto de… vem lágrimas lavem meu rosto com seu calor pois minha alma está escura e não pode ser lavada. Pequei contra um homem e duas crianças a lágrimas /
E ela parou ali acho que novamente rasgou outra página até que cheguei em uma que novamente me choquei.
E cheguei na parte onde já éramos adultos.
/ A mãe natureza foi generosa, ele é um colírio para muitos olhos femininos, e até masculinos. Tem pernas grossas, e sua altura é de 1,80. Rosto quadriculado, expressões fortes, nariz fino e pequeno, boca grande, lábios carnudos, olhar penetrante, na cor de azul ao contrário do irmão que minha irmã dizia dizer que era castanho claro.
Que perdição de filho. O que estou pensando… não posso nem sonhar ter esses pensamentos. /
Fechei o caderno. Não queria ter que ler aquilo novamente. Não posso acreditar então fui para o último caderno.
Revirei páginas e mais páginas e cheguei na parte onde ela falava de meu pai.
/ Hoje será o dia que contarei ao Flávio toda a verdade, não aguento mais esse sentimento me sufocando se ele me colocar na cadeia sei que o castigo será pouco.
Venha força! /
Não tinha mais nada escrito sobre mais aquele dia se ela havia contado ou se acovardou. Porém eu fiz as contas desta data, a data.
"NÃÃOOooooo!" Gritei desesperado.
Foi quando meu pai teve um derrame cerebral e foi internado.
" Maldita! Maldita!" Me levantei bruscamente da cadeira puxando meus cabelos, andando feito louco pela cozinha.
Culpa dela meu pai sofreu. Ela o matou, não foi por pena dele sofrer, foi por medo. Agora tenho certeza
Faz três anos da morte de meu pai e ela só pagou agora.
Voltei reler as partes que falava de minha mãe biológica e sobre meu irmão. Para encontrar uma pista.
E só encontrei uma carta com o endereço. No guarda papéis da capa.
Acho que era isso que ela queria que eu encontrasse. Agarrei firme aquele pedaço de papel e sai dali.
Agora fechei a casa, eu não ia querer eu doaria, venderia…. Não sei agora, mas nunca iria querer morar aqui. E bem ter o dinheiro dela mesmo que tenha vindo do meu pai.
Já sei o que fazer daria ao Oscar.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Stephany Ricarte
seu coraçao é bom
2022-11-06
2
Stephany Ricarte
então va
2022-11-06
1
Stephany Ricarte
vontade de matar ela de novo
2022-11-06
1