Capitulo 4

Finalmente o ultimo sinal tocou e Luna arrumou sua mochila enquanto vários alunos saiam as pressas da sala. Ela olhou para a carteira ao lado e Jake não estava mais ali, quando ela finalmente passou pela porta deu de frente com Kathy que a esperava ansiosa.

— Ande logo — ela reclamou.

— Acalme se — Luna sorriu.

— Esse tal Jake é um gato.

— Você não perde tempo mesmo hein. Aposto que já sabe até a data do aniversário e o tipo sanguíneo.

— Talvez, escutei algumas safadas falando sobre ele em seus grupinhos. Essas atiradas não podem ver um aluno novo que já querem abrir as nádegas.

— Só elas é?

Ambas andaram em direção a saída da escola, que ainda estava bem movimentada.

— Eu acho que esse seu vizinho está querendo alguma coisa com você, Luna.

— Lá vem você me encher o saco.

— Por que outro motivo ele iria te defender daquela maneira? Aqueles caras não vão dar as caras por um bom tempo — Kathy riu enquanto jogava o cabelo para trás para poder amarra-lo.

— Ele só não gostou daquela situação, apenas isso.

O céu estava iluminado por uma grande lua e pelas varias estrelas brilhantes. O ônibus esperava pelos alunos no lugar de sempre e elas se sentaram em seus lugares favoritos, perto a porta de saída. Luna olhou pela janela e um grande silêncio tomou conta de tudo, agora o céu estava com um tom avermelhado e tudo a sua volta encontrava-se destruído. Alguns corvos bateram violentamente contra o vidro do ônibus, os quebrando e a assustando.

— Luna — Kathy a cutucou.

— Viu isso? — ela perguntou assustada.

— Viu o que?

Luna olhou novamente para a janela e tudo havia voltado ao normal, até mesmo os sons da bagunça dos alunos que conversavam entre si por todo o veículo. O ônibus ficou parado por mais algum tempo esperando os demais entrarem e quando finalmente não faltava ninguém, o motorista deu partida e seguiu pela estrada noite a dentro.

— Nada — respondeu Luna sentindo um calafrio. Pelo visto estava vendo coisas, como se não bastasse sonhar.

— Então, vai pegar o numero dele?

— Claro que não.

— Por que não?

— Viu como as garotas olhavam para ele? É questão de tempo para alguma o atacar em algum dos corredores.

— Sim e essa vai ser você.

— Nem vem. Mudando de assunto, você podia dormir lá em casa qualquer dia, Kathy.

— Tipo uma festa do pijama?

— Aham, você leva o filme e eu arrumo o que comer.

— Até que não é uma má ideia, vou ver qual é o melhor dia e te mando uma mensagem ainda hoje.

— Tabom — Luna se sentia feliz ao lado de Kathy, ela a trazia velhas e boas ecordações da época em que se conheceram.

Era uma garotinha novata na escola, usava trancinhas no cabelo e estava na área da merenda. Naquela época era tudo bem diferente de agora, estava no seu segundo dia de aula e ainda não possuía amigos. Segurava seu prato de merenda sentada sozinha enquanto observava os demais alunos se divertindo, adoraria se juntar a eles mas tinha medo e vergonha.

— Oi — disse uma garotinha da sua idade, era loira e tinha grandes bochechas rosadas.

— Oi — respondeu timidamente.

— Sou Kathy e você?

— Eu?

— Claro que é você.

— L...luna.

— Quer ser minha amiga?

Enquanto recordava-se de tudo, não percebeu o tempo passando e logo estavam no ponto onde Kathy tinha que descer.

— Até amanha, Luna — despediu a amiga com um sorriso no rosto.

— Não esqueça de mandar mensagem.

— Não vou — gritou ela descendo os degraus do ônibus.

A viagem continuou e Luna chegou finalmente onde sempre descia, as ruas estavam calmas e haviam poucas pessoas andando ali próximo. Seguiu pela rua e de alguma maneira sentia algo a seguindo, mas não via nada dos lados e muito menos atrás. Chegou na porta de sua casa e bateu varias vezes, escutou algo arranhando o que parecia ser o chão bem próximo a ela e marcas de arranhões começaram a aparecer vindo lentamente em sua direção, deformando a calçada.

— Oi anjo — sua avó abriu a porta e ela entrou rapido.

— Por que tanta pressa?

— Nada vovó, apenas estou com fome.

— Então venha — sua avó retirou sua mochila e a levou até a cozinha.

...•••...

Jake estava em sua casa perto a estante de livros, os encarando. As luzes estavam apagadas e ele não usava blusa.

— Sua missão é mata lá, não vai querer ser tratado como traidor, Mikael — disse uma criatura no canto da sala, sua voz era como de trovões e possuía grandes mãos com garras afiadas. Seu corpo tinha uma forma esguia e seu rosto se assimilava a um crânio de animal com chifres.

— Para você é Jake e não tenho medo de vocês — disse ele abrindo um dos livros.

— Mate-a — grunhiu o ser.

— Lamento, mas os únicos a morrer serão vocês. Demônios miseráveis.

— O que? Está os traindo?

— Não, estou apenas devolvendo a traição.

— Avisarei a Agares que você agora não é mais um de nós e ela vira pessoalmente acabar com você traidor misera...

Antes que terminasse a frase, Jake soltou o livro e com uma grande velocidade passou a lamina de uma grande foice prateada sobre a cabeça daquela criatura, a decaptando e fazendo seu corpo se transformar em chamas. Com sutileza voltou para sua posição inicial antes que o livro tocasse o chão e o pegou.

— O que estava dizendo? — ele encarou o brilho das chamas que iam se tornando cinzas e logo desapareceram na escuridão.

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Comments

Suna

Suna

cruz credo /Skull/

2024-08-18

0

Alessandra Almeida

Alessandra Almeida

Essa estória tem horas que me dá calafrios😬😅mas até aqui estou gostando muito. Só estou triste pois não está concluída😢

2024-02-17

0

Romana Dos samtos gomes

Romana Dos samtos gomes

caramba que legal adorei😁

2022-11-24

1

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