A Garota Do CEO

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MEU SONHO? SER MODELO!

Olivia Dumont (19)

Me chamo Olivia, tenho 19 anos e meu maior sonho é ser modelo. Eu tenho esse sonho desde criança, mas nunca recebi o apoio da minha mãe que acha que isso é uma perda de tempo. Além de não apoiar esse meu sonho, ela fica apontando defeitos em tudo que eu faço.

Meu pai, infelizmente, morreu de câncer há um ano e desde então, eu ajudo minha mãe a pagar as contas da casa, trabalhando como caixa de supermercado. A minha mãe trabalha como costureira. Porém, como o salário dela é pouco e não dá para pagar tudo, desde os meus dezessete anos, eu ajudo ela.

Até hoje, nós passamos por muitas dificuldades financeiras e às vezes eu até fico pensando se seria melhor eu esquecer a carreira de modelo, mas isso é impossível para mim, pois meus olhos brilham toda vez que vejo um desfile de moda.

Por isso, quando completei dezenove anos, resolvi que minha mãe não ia mais me impedir de seguir o meu sonho e comecei a me dedicar em ser uma modelo. Cuidei do meu corpo, cuidei do meu rosto, do meu cabelo e então, comecei a tirar fotos minhas e postar na internet.

As minhas fotos até que fizeram um pouco de sucesso, mas eu sempre me vi fazendo algo maior. Então, há três dias criei coragem e enviei minhas fotos para a agência de modelos mais famosa e conceituada do país, a "Hoffmann Models". Eu sabia que essa era a melhor agência do país e por isso, não tive muita fé que seria aceita.

Até que levei um susto ao receber um convite por email para fazer um teste presencial. No email dizia que eu seria avaliada melhor por um especialista. Meu coração quase saiu pela boca quando li esse email. Logo comecei a me imaginar desfilando com roupas da Prada em uma passarela chique. Milhares de flashes em cima de mim, pessoas me aplaudindo e eu, andando na frente de todos com um vestido deslumbrante… rá!

Naquela manhã, eu me acordei às sete horas, mais cedo que o normal. O teste seria às nove, então eu teria tempo para me arrumar. Fui ao banheiro, me olhei no espelho e gemi um pouco ao ver como minhas olheiras estavam grandes. Eu não tinha dormido muito bem, por causa da ansiedade. Escovei os dentes, lavei meu rosto e então, troquei de roupa.

Fui até a cozinha e como sempre, minha mãe já tinha ido trabalhar e deixado o café da manhã pronto. Ela sempre fazia o café da manhã antes de ir trabalhar, mesmo eu dizendo que podia fazer sozinha. "Hábito de mãe", ela dizia.

Tomei meu café da manhã sozinha, enquanto lia as mensagens da minha rede social. Como sempre, tinha várias curtidas e comentários na última foto que eu postei e isso me deixava feliz. Mas, eu não vivia só de curtidas, eu tinha alguns amigos também.

Uma delas, era a Dafne, minha melhor amiga que eu tinha conhecido no supermercado em que eu trabalhava. Eu conhecia várias pessoas no trabalho, mas era com Dafne que eu me sentia mais à vontade. Acho que é porque ela apoiava meu sonho de ser modelo, ao invés de me criticar como a minha mãe.

O tempo passou rápido e quando vi já estava na hora de ir para a agência. Peguei minha mochila preta de couro, (a única que eu tinha) e fui pegar o ônibus. Demorou uma hora para o ônibus enfim parar, em uma avenida cheia de prédios e carros de luxo.

Só olhando por dez segundos, dava para ver a diferença social entre aquele lugar luxuoso e a rua pobre onde eu morava. Fiquei imaginando como áreas tão diferentes podiam existir na mesma cidade.

Aquela era a área nobre da cidade, onde só os ricos circulavam. Dei uma conferida na minha aparência, antes de descer do ônibus e me decepcionei um pouco. "Devia ter feito escova no cabelo", pensei.

Assim que desci, o ônibus foi embora me deixando sozinha, em frente a um prédio luxuoso e gigantesco, que parecia ser feito de cristal de tão brilhante que era. O sol estava forte e batia com força nas suas janelas de vidro.

Conferi de novo o endereço da agência no meu celular e era ali mesmo, dentro daquele edifício de filme de Hollywood. Um arrepio percorreu a minha espinha, quando percebi que teria de entrar naquele prédio.

Respirei fundo e levantei a cabeça. Eu tinha de fazer aquele teste, não podia desistir antes de tentar. Então, arrancando toda a autoconfiança que ainda me restava, caminhei até a entrada do prédio, tentando demonstrar naturalidade.

Passei por um jardim magnífico, com uma fonte de água no centro e percebi que a entrada daquele prédio era muito maior do que eu imaginava. Então, perguntei a um segurança onde era a área para fazer teste de modelo.

- No último andar - respondeu

o segurança.

- Último andar!?

Eu não consegui esconder minha surpresa ao perguntar isso, fazendo o segurança me analisar com o olhar.

- É a primeira vez que você vem aqui?

- sim.

- não é difícil. É só entrar no elevador ao lado da recepção e digitar 102. - ensinou o

segurança, apontando para a frente.

- 102!? Esse prédio tem 102 andares!? - me espantei.

- Exatamente. Algo mais?

- Não, obrigada…

Caminhei até a recepção ainda chocada com a quantidade de andares daquele prédio e logo, vi os elevadores. Então, entrei em um elevador e digitei na tela de andares o número 102, como o segurança me disse.

O elevador começou a andar e eu quase caí para trás, pois nunca tinha entrado em um elevador na vida e por isso, me assustei com o seu movimento. "Ufa! Ainda bem que eu tô sozinha!", pensei, enquanto imaginava a vergonha que eu teria passado se tivesse mais alguém ali dentro comigo.

Logo, as portas do elevador se abriram, revelando um ambiente super iluminado pelas enormes janelas de vidro que rodeavam tudo. O chão de porcelanato branquíssimo, brilhava como uma pérola e por todo o ambiente dava para sentir o frio do ar condicionado.

No canto, tinha um balcão com duas recepcionistas loiras incrivelmente bem vestidas, de blazer e echarpe azul marinho. Quis me enfiar em um buraco ao ver que aquelas recepcionistas estavam melhor vestidas que eu. Mas, mesmo assim, me aproximei do balcão, tentando esconder o meu nervosismo.

- Bom dia, aqui é a Hoffmann Models? - perguntei, para uma das recepcionistas.

Ela olhou para mim, rapidamente e então, respondeu, digitando algo no teclado do computador:

- Exatamente. O que deseja?

- Eu vim para o teste de modelo que eu recebi por email…

Ela olhou para mim, novamente, com um pouco de desdém. Sinceramente, eu não gostei desse olhar.

- Teste de modelo? Hum… tem certeza?

- Sim, tenho.

- Posso ver o email que você recebeu?

- Ah… claro, tudo bem, só um minuto.

O que aquela recepcionista estava pensando? Ela achava que eu estava mentindo por acaso? Eu tinha mais o que fazer! Peguei o meu celular da bolsa e procurei pelo email que eu tinha recebido, então, entreguei o celular para ela. Ela pegou o meu celular e começou a ver o email, como se estivesse verificando a prova de um crime.

Eu estava prestes a perguntar porque ela precisava ver o email quando a porta de um elevador se abriu. Imediatamente, a recepcionista virou toda a sua atenção para quem havia chegado, fazendo eu olhar também. Então, foi nesse momento que eu o vi.

Fiquei paralisada. Era um homem alto, bonito e muito sexy, que devia ter no mínimo 1,85cm, vestido com um terno extremamente elegante e segurando uma mala preta de couro em uma das mãos. Seu rosto tinha uma beleza única, assim como o seu corpo definido e esguio, que fez eu ficar vermelha assim que meus olhos o viram. Desde a forma como ele andava, até como ele olhava para os lados, tinha a superioridade e autoconfiança dignas de um príncipe.

Assim que saiu do elevador, o homem veio na direção do balcão, onde eu estava e olhou para mim, fazendo eu desviar o olhar de vergonha.

- Muito bom dia, Sr. Hoffmann, deseja alguma coisa?

Cumprimentou bastante simpática a recepcionista, assim que o homem de terno chegou perto do balcão. "Espera, Sr. Hoffmann? Será que ele é…" pensei, impressionada em ele ter o mesmo sobrenome do nome da agência.

Porém, ele ignorou o cumprimento da recepcionista loira e para meu desespero, parou ao meu lado, enquanto continuava olhando para mim. Eu realmente queria desaparecer dali naquele momento, mas resolvi agir o mais normal possível.

- Qual seu nome? - perguntou o

Sr. Hoffmann para mim. "O que!?", pensei.

- O-Olivia, Olivia Dumont - respondi,

como se estivesse respondendo a pergunta de um professor.

Olhei para ele e de perto, sua aparência era ainda mais intimidadora e surpreendente, ele parecia uma obra de arte! Desviei o olhar para minhas mãos e engoli em seco.

- Essa garota tem um teste para fazer. O que ela está fazendo aqui? Já são nove e quinze. - falou ele para a recepcionista.

Imediatamente, a mulher ajeitou sua postura, adquirindo um tom sério e respeitoso, muito diferente da forma desleixada com que estava me tratando até ali.

- Me desculpe, Sr. Hoffmann, é que eu estava verificando… - se desculpou ela,

enquanto devolvia o celular para mim.

- Mais agilidade nas verificações.

Não quero que isso se repita. - falou ele, em um tom frio e autoritário.

- Ok, isso não vai mais se repetir, Sr. Hoffmann.

- Vamos, entre.

- An? - perguntei, confusa.

- Entre, está atrasada. - falou ele

para mim, enquanto ia em direção a uma porta de vidro ao lado do balcão.

Então, ainda tentando colocar meus pensamentos em ordem, eu o segui até a porta.

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Comments

Cida Silva

Cida Silva

Comecei agora é estou amando.. parece interessante... parabéns autora. 👏😍

2023-02-08

4

Adriane Alvarenga

Adriane Alvarenga

UAU....COMEÇANDO 03/12/2022

2022-12-04

0

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