Capítulo 03 - Apresentação

Continua...

Alice...

Chegando em casa com a maior dor de cabeça possível que um ser humano posso aguentar, vou direto pro banho. Necessito de água gelado em meu corpo, para tirar essa dor que da ponta dos meus pés até o ultimo fio de cabelo meu. Matteo hoje me liberou mais cedo, e também, o mesmo quase não me deu trabalho, foi até mais gentil. Talvez não foi uma má ideia aceitar aquela proposta indecente, talvez seja útil isso de ser namorada de aluguel.

Tomo um banho, coloco meu pijama de sempre: um shortinho com uma blusa de renda, e vou direto para sala, afim, de esperar Suzi chegar para contar do meu namoro falso. Ela vai amar essa fofoca quente. Ainda mais porque uma vez ela mesma me disse umas coisas que agora ela vai achar que é real e que o universo está conspirando a favor dessa ideia maluca. Tem coisas que Suzi diz que dá até medo e depois disso tudo acontecer, nunca mais viro as costas para ela... Vou aproveitar e pedir pra ela me dizer alguns números, vai que eu tenho sorte e ganho uma bolada. No caso, ela que vai me passa essa sorte e eu vou ganhar.

(...)

Escuto barulho da chave abrindo a maçaneta, Susi entra com a cara de quem trabalhou para o mundo hoje, e não dúvido disso.

- Boa noite, amada! Por que saiu cedo? - Suzi fala no deboche, mas acho que ela está zangada por ter ficado e eu não.

- Vai banhar, florzinha, que eu te conto a novidade. - afirmo e logo vejo ela passando para seu quarto.

Enquanto Suzi banha, eu peço pizza para nós duas podermos comer, mas era ela que deveria pagar, já que ela mesmo prometeu.

Quando eu contar tudo que tenho pra contar, ela vai cair na gargalhada, vai debocha da minha cara e vai dizer que me avisou ou se sou idiota por fazer algo assim, ou vai pergunta se estou brincando com a cara dela. Alguma bobagem ela vai perguntar.

(...)

- Pronto, terminei! Agora me conta o que aconteceu? - Pergunta muito curiosa.

- É melhor você se sentar! O babado é tão forte que até eu estou processando o assunto ainda. - Aponto para o sofá.

- Eita, que a coisa tá é quente! - me olha confusa. - Alice Jones, o que você aprontou? Desembucha, cachorra. - Diz em um tom amigável e em seguida se senta.

- Não é o que eu aprontei, mas sim o que Matteo me meteu. - Isso suou estranho.

- As coisas já estão é assim?! - Diz com a expressão pervertida e abrindo seu sorriso.

Conto para Suzi tudo que aconteceu, cada detalhe, cada fala dele, e ela, como sempre, fazendo suas caras de surpresa e rindo de mim. Com certeza ela deve estar me xingando por dentro. Estar querendo jogar na minha cara de uma forma debochada e de vocabulários entre amigas.

- Eu tô passada! - Diz colocando a mão na boca. - Nunca pensei que isso iria chegar assim? - coloca a mão na boca. - Sempre soube que ele teria uma queda por você. - ridículo o que ele nota, mas dói de ombros para não puxar corda.

- O bom é que eu vou sair do cargo de secretária, mas por outro lado, eu vou mentir para os pais do Matteo, e eu não gosto de nada disso, e pra piorar... Eu vou ter que mentir junto com a pessoa que eu odeio. - reviro os olhos só de imaginar.

- Aproveita, boba! Não vai ser tão ruim. Aproveita também e tira umas casquinhas daquele gostoso, viu? - Diz me dando um tapinha de leve.

- Eu não vou nem te responder pro teu bem. - Digo revirando os olhos e fazendo minha expressão de séria.

(...)

Depois, cada uma foi para seu devido quarto, descansar. Amanhã eu teria um grande encontro com a família do meu "namorado" .Porra de namorado idiota. Eu odeio tanto o Matteo por ter me metido nisso, mais tanto que nem sei o que faria se ele me irritasse. No entanto, o motivo só aumentou porquê irei mentir para às pessoas que me apoiam muito e que gosto também. Não gosto de mentiras, isso só traz coisas ruins e ainda me deixa desconfortável comigo mesmo. Estou irritada por não ter sido forte o suficiente e ter dito não aquele babaca.

Oh, Meu Deus, me ajuda, por favor! Tem coisas que a gente passa que chegar ser história de contos, passa a ser uma novela mexicana em minha tarde. O meu livre árbitro não era pra ser assim, era pra ser promissor. Me torna uma "golpista" não fazia parte dos meus planos, muito menos de carreira.

(...)

Dia depois...

- Merda! Merda! Acordei atrasada. Já é 10:20am e eu nem estou pronta. Puta que o pariu! - Levanto rápido me badanando em tudo que há via ali.

- Levanta, Suzi, e me ajuda, por favor, coisa linda! - Adulo para ela me ajudar, nem sei com o que eu iria.

- Não! Me deixa dormir. - Diz cobrindo a cabeça.

- Não, mana! Levanta dá ai e me ajuda, por favor! - Falo e tiro a sua coberta de novo.

- Você e seu namorado são um bando de chatos. Sabia que vocês se merecem?! - Retruca.

- Não começa. Eu e ele não somos namorados de verdade. - Digo já irritada.

- Tanto faz, isso vai dá em alguma coisa mesmo. - Diz e eu reviro os olhos. Estou tão atrasada para brigar com ela que nem ligo.

Volto para meu quarto pra banhar e escovar os dentes. Decido ir com um vestido meio curto no tom de rosa clarinho com um salto não muito alto. Então, escuto a companhia tocando e logo olho no celular.

Porra, já é 11:07, mas que merda! E eu nem terminei de me arrumar ainda.

Vi Suzi abrir a porta para o Matteo. E uau! Nunca tinha visto ele daquele jeito. Ele está com uma camisa de manga branca, um short jeans de tom azul claro, com um tênis branco e até está usando um cordão e com um relógio de ouro.

Ele está maravilhoso.

Sempre o vê com seus ternos extra finos, que é até uma surpresa ele estar tão diferente, mas ao mesmo tempo, está elegante. Nunca o vejo sair do seu conforto, e é agradável vê-lo assim. Passa uma vibe mais calma. Um homem bonito e calmo. Dois ingredientes raros.

Droga! Tô atrasada e no lugar de ir me arrumar... Não, tô aqui, babando pelo meu chefe.

Às vezes nem eu me entendo.

(...)

Matteo...

Hoje foi tenso, ainda bem que conseguir converse a Alice de se passar por minha namorada. Não sei o que faria se ela não aceitasse (passa a mão na testa). Não foi uma boa ideia aceitar aquelas regras idiotas, não gostei, não vou nem poder a beija direito. Foda viu. Já basta o tempo que eu vou ter que ficar sem mulheres e ainda não vou poder beija a minha secretária Gata.

Porra! É tão complicado namorar!

É por isso que eu prefiro ficar solteiro ou não ter relação sentimental com nenhuma mulher. Além de você ficar ali aguentando elas com suas reclamações, tem que ficar indo com elas na casa de meus pais. Onde eles só sabem ficar bajulando-as. Elas querem tudo, e não quero tudo.

(...)

Eu já estava em seu apartamento. Cheguei exatamente 11 e pouco, mas lá está ela, ainda se arrumando. Mulheres. Ela está tão linda com seu vestido rosa, o cabelo e uma maquiagem Impecável. Uma forma nova de vê-la, apreciar seu outro lado. Foi uma jogada entanto esse acordo.

Ainda sem palavras quando a vi vestida daquele jeito, sem expressão para a olhar... Não conseguir tirar os olhos dela. Sua beleza encanta qualquer pessoa de todas as formas possíveis.

- Já estou terminando de me arrumar, espera 5 minutinhos. - Fala tentando colocar os brincos.

- Tudo bem! - Suspiro.

- Sentar aí, chefinho, ou eu devo te chamar de namoradinho da Alice? - Brinca Suzi. HA HA HA.

- Pode só me chamar de Matteo, Suzi. - Olho em seus olhos.

- Tudo bem, Matteo! Se quiser alguma coisa, por favor se sirva. - Diz saindo.

- Tudo bem! - Sorrio fechado.

- Pronto, já estou pronta, "querido". - A olho de cima para baixo. E UAU! Como ela está linda. Com certeza vai chamar atenção mais do que pensei.

- Está bonita, "querida". - Digo sorrindo.

- Vamos? - a chamo.

- Claro! - responde.

- Toma, sua chave! Talvez eu saia com o Ethan pra comer alguma coisa. - dita Suzi e entrega o chaveiro para Alice.

- Tudo bem! Manda um beijo para o Ethan. - Cravo meus olhos de curioso. Quem é Ethan?

Saímos do apartamento e em seguida damos alguns passos e entramos no elevador. Vi ela passando na minha frente, e nossa! Como ela está gostosa. Seu corpo extremamente marcado, pelo o tecido do vestido mole, seu perfume doce e tão gostoso de cheirar e seu jeito de olhar, que tira o folego de qualquer um.

- Por que está me olhando assim? - Pergunta me encarando.

- Por nada, só estou achando que você vai chamar muita atenção desse jeito! - Dito apontando para sua roupa.

- E mesmo? Não era isso que você queria? - Diz dando um sorrido de lado. - Se amostrar?!

- Você está muito engraçadinha, esqueceu que eu sou seu chefe ainda?! - Sussurro me aproximando.

- Agora entendi o porquê de você não ter namorada. - diz dando de ombros enquanto se vira. Ridículo.

- Ei! Fique você sabendo que eu sou um ótimo namorado. - Me defendo.

- É tão bom que teve que alugar uma. - Fala em um tom de deboche, me deixando já zangado.

- Não sabia que você tinha uma língua tão afiada. - provoco.

- Não? Então agora está sabendo. - sorrir fechado.

- Estou achando que você vai me dá mais trabalho do que imagino. - movo a cabeça se um lado para o outro, arrumando uns fios de cabelo que havia caído.

- Não precisar achar... Tenha certeza! - Ela sussurra enquanto saí do elevador, querendo ganhar a jogada que mal começou, mas ela tem que saber que sou que Sempre dou o cheque mate no tabuleiro.

(...)

Fomos em direção ao carro, e a mesma fez uma expressão de admiração por alguma coisa que não conseguir decifrar.

- O que foi? - Pergunto.

- Seu carro é bonito! - Diz olhando para a minha BMW preta.

- Sim, é muito bonito! - Digo abrindo a porta para a mesma entrar.

Passamos a viagem toda sem dá uma palavra, sem cominação alguma ou provocação, porém, chegando na casa de meus país, percebi que Alice começou a ficar nervosa, ficava apertando os dedos e ansiosa por algo. Talvez o medo de encarar as pessoas de um novo jeito novo pode ser que tenha a deixado nervosa... Só espero que ela não de para trás.

- Está nervosa? - pergunto ainda olhando para estrada.

- Um pouco. - responde, olhando para mim, mas continuo concentrado na estrada.

- Vai dá tudo certo, relaxa. - Pego em seus dedos. E na hora que a sinto sua mão gelada, me toco que fiz isso sem nem mesmo pensar.

- Está bem! Só não vamos demorar, tá bom? Não estou acostumada com isso. - comenta um pouco sem graça. Ela tímida demais.

- Tudo bem! - lhe respondo.

...(...) ...

- Nossa!- abri a boca surpresa. - A casa dos seus país é linda e tão grande! - Diz admirando e logo solta um sorriso perfeito que eu nem consigo para de olhar.

- Sim, é linda. - lhe respondo também admirando e dando um sorriso de lado.

Deixo o carro na garagem, e então, vejo Alice saindo do carro e no mesmo minuto descendo seu vestido que tinha subido um pouco. Com uma olhadinha rápida consigo ver suas pernas definidas e lindas, e percebo que ela tem uma tatuagem que sobe dá coxa para cima. Conclui-o também, que ela gosta muito de tatuagens, pois tem uma nas costas, algumas no braço, perna e uma na coxa, que eu nem sei onde isso para.

Curiosidade me bateu de jeito. Quero saber que tatuagens são essas e aonde terminam!

- Rebelde você. - Digo e passo a língua nos lábios e a fazendo sair do transe.

- Como? - pergunta confusa.

- Estou vendo que você tem muitas tatuagens. Até agora vi oito. - falo minha observação que fiz sobre seu corpo e percebo que falei exatamente muito mais do que pensei.

- Está me observando, senhor D'Anzel? - Pergunta me encarando.

- Talvez! Só vi uma especifica e fiquei curioso e para de me chamar de senhor, alguém pode nos ouvir. - A repreendo.

- Essa aqui? - Diz passando a mão em sua coxa esquerda lentamente e parando em sua cintura.

- Sim! - Afirmo, mas sem tirar os olhos. Hipnotizado.

- Ela vem até a cintura e são borboletas azuis. - fala me olhando e dando um sorriso amplo.

- Levada você, gostei! - Digo trocando olhares com a mesma

- Não sou levada... apenas gosto de tatuagem... - tão sofisticada ela.

- Vamos! Meus pais devem estar pirando. E já sabe, né? - Digo pegando em sua mão.

- Sim, querido! - debocha.

Já vi que ela vai me tirar do sério. "Respira, respira e não enlouquece.Tudo vai dá certo, não tem nada demais nisso tudo". São palavras que tento cravar no meu pensamento.

(...)

E lá estavam meus país, conversando com os convidados. Em sua esquerda estava Gabriela e o famoso Jean, esse deve ter a cabeça mais enfeitada do que as árvores de natal do fim do ano.

Vejo minha madre sorrindo para nós, com um sorriso mais lindo do mundo. Ela estava feliz, mas em compensação Alice estava nervosa que até apertou meu braço. Me derreti em ver a madre tão feliz, talvez isso vale a pena por mentir tão cruel com todos.

- Vocês são o melhor presente de aniversário que eu ganhei. - Diz Dona Maria, pegando em nossas mãos, e logo Alice sorrir para ela.

- Eu sempre te dou o melhor presente, madre. - Abraço ela, dando um beijo em sua bochecha.

- Ah, com certeza, mio figlio (meu filho)! - dita me soltando e olhando para Alice. Minha mãe soltou um brilho nos olhos, era como se fosse a coisa mais preciosa para ela era ver nós dois juntos e Interligados.

- Eu sabia que um dia vocês iriam acabar ficando juntos. - Dona Maria fala e pega em nossas mãos as juntando, e em seguida, olho para Alice, que estava com um sorriso sem graça em seus lábios.

- A Senhora e suas revelações. - retruco, e ela me olha com uma cara.

- Olá, Alice! Como você está, querida? - Pergunta madre.

- Olá, senhora Maria! Estou bem e como a senhora está? - Diz Alice e minha mãe dá um tapa de leve nela, como repreensão por chama-la de senhora.

- Deixa de coisa, Alice! Somos família e não precisa nos chamar de senhores, né, querido? - madre chama meu pai, tirando sua atenção.

- É claro! Eu estou tão feliz por vocês dois. Sempre lutava para que vocês se juntassem. E adivinha? Meu sonho se realizou. - padre caí na gargalhada, me fazendo criar uma ruga de dúvida. - Obrigado, Alice, por entrar em nossas vidas! - comenta padre dando um abraço nela, e a mesma rir de nervosismo.

Então quer dizer que meus país já estavam torcendo?! Não duvido deles ter aprontando algo.

- Obrigada, pelo carinho! - Fala com sua voz doce.

- Vem, vamos te apresentar a família e amigos! - Diz Dona Maria a puxando e eu logo atrapalho.

- Sim, tenho que te apresentar a uma pessoa depois! - Digo piscando para ela.

- Ah, com certeza. - Dona Maria responde. Acho que ela já sabe para quem eu quero apresentar.

Daqui pra frente vai ser uma total crise inexistente minha, uma farsa que vai aumentar a cada segundo. Minha família com certeza vai apresentar ela a todos, vão esbanjar sua bela nora. Acho que todos vão amar ela, vão se divertir, encantar como eu me encanto. Diria que daqui pra frente vai ser uma aventura de como eu seria se namorasse novamente. Terei que ter cuidado com esses sentimentos e terei que ser forte a qualquer custo se tudo não der certo, mas estou confiante que será um simples acordo e que daqui um ou dois meses toda essa farsa vai acabar bem e não terei dor de cabeça. Vai pra minha lista de coisas inesperadas. Parece tão bobo, mas de bobo não tem nada. É uma total crise em mim, seremos como dois ex aos olhos dos outros.

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Continua....

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