Amigos De Infância
– Ei não chora! Eu prometo que vou te ligar todos os dias. Falou Thomas
– Eu não quero que você vá! Você pode morar comigo e com minha mãe, tenho certeza de que ela não se importaria. Falei para ele com olhos cheios de lágrimas
O meu melhor amigo, o meu único amigo e o meu amor de infância iria embora da minha vida. Seu pai, o José, ele recebeu uma proposta de emprego em uma cidade grande. Eu conheci o Thomas depois da morte do meu pai, era um dia tenebroso. Meu pai e eu tínhamos a melhor relação de todas, éramos como amigos e quando ele se foi... pra mim o mundo tinha desabado. Eu não queria aceitar a morte de meu pai, eu sabia que um dia isso chegaria. Meu pai tinha câncer, mas, memo assim ele não se abalava. Ele era divertido, carinhoso, fofo, ele era o melhor pai do mundo e um dia depois do meu aniversário de 4 anos ele... faleceu. Eu estava debaixo de uma arvore quando vi o Thomas vindo em minha direção e se sentando ao meu lado. O seu pai era um amigo antigo do meu pai e veio prestar respeito.
– Ei! Não chora! Está vendo aqueles pontinhos brilhantes?
– Sim... falei com uma voz tristonha
– Ele está lá, junto com as outras estrelinhas. Thomas enxugou minhas lágrimas e me abraçou, desde então ele sempre ia na minha casa. Morávamos em uma cidade pequena, não morávamos um ao lado do outro, mas, nossas casas não eram tão distantes. Com o passar do tempo eu criei sentimentos por ele, mas, não tive coragem de contar para ele.
– Zoe, eu não posso abandonar os meus pais, mesmo que eu queira ficar aqui, com você... quando eu chegar lá eu vou te ligar e no outro dia também, todos os dias. Assim você não vai ficar só.
Eu o abracei com força e criei coragem para dar um beijo em seus lábios. Ele me encarou e me abraçou de novo antes de entrar no carro e desaparecer da minha vista. Como prometido ele me ligou quando chegou lá, ligou no outro dia e alguns meses também, mas, depois não recebi mais mensagens suas nem ligações. Thomas tinha sumido do mapa. Os anos se passaram e...
14 anos depois...
– Zoe! Sai desse banheiro agora! Se eu me atrasar a culpa vai ser sua. Grita Nina
Nina era minha amiga e dividíamos um apartamento e nesse momento eu estava no banheiro me arrumando para ir trabalhar, eu trabalhava em um cibercafé e nos sábados passeava com cães. Já a Nina ela estava se preparando para ir pra sua entrevista de emprego como recepcionista de uma empresa famosa
– Já estou terminando. Calma!
Eu saio do banheiro e abro passagem pra Nina entrar. Eu fico esperando-a para irmos juntas, eu tinha ganhado um carro da minha tia era um Ford Ka usado da cor cinza. Ela sai do banheiro e vamos para garagem pegar o carro
****
Deixei a Nina primeiro da empresa e estava no meu caminho de volta quando um carro passa na minha frente sem dar a seta eu dou a seta e passo para o outro lado e fico lado a lado do carro
– Seu idiota! Acho que você precisa tirar a carteira de motorista de novo. Sabe dar a seta não?
De repente a janela do carro abaixa e eu vejo um homem com óculos de sol no rosto, cabelos lisos e barba feita, era bonito, pena que era sem noção
– Você que não sabe dirigir, sua maluca!
Ele aperta no acelerador e se vai
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Chegando ao cibercafé, eu dou bom dia a minha colega de café, Cecília
– Bom dia, Zoe!
– Nathan, chegou? perguntei
– Ainda não
– Certo
Vou para minhas tarefas matinais e a hora de abrir chega 9hrs o cibercafé é aberto. As pessoas vão chegando e eu vou atendendo, até que um belo rapaz entra pela porta. Tinha cabelos escuros, olhos castanhos e tinha uma pele de moreno indiano
– Bom dia, senhorita! Falou o homem
– Bom dia, senhor! Como posso ajudar?
– Eu quero um cappuccino com raspas de chocolate e croissant de queijo
– Seu pedido já vai ser servido
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O tempo se passa e quando olho pela porta o céu já estava escuro, olho no meu celular e vejo que tem 5 chamadas perdidas da Nina, fico preocupada e ligo para ela, mas, ela não atende, chega uma mensagem da Nina falando que quando eu fechar o café era para encontrar ela no bar, perto da empresa que ela fez a entrevista. Começo a fechar o café junto com o pessoal e vou até o endereço que ela me passou
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– Nina, você está bem?
– Claro, por que não estaria?
– Tinha 5 chamadas perdidas suas, achava que algo tinha acontecido e... por que estamos em um bar?
– Para comemorar! Eles me contrataram
– Já? Tao rápido assim? Perguntei surpresa
– As outras não tinham um currículo tão bom quanto o meu
– Aham sei
– Na verdade as mulheres se escreveram para assistente, mas, eu não sei o motivo direito. Quando descobrir eu te conto, agora vamos beber!
– Negativo! Você vai trabalhar amanhã, eu vou trabalhar amanhã e o principal, eu estou dirigindo. Não posso. Sábado à noite a gente vem pra cá e bebe, agora vamos pra casa
Eu arrasto Nina pro carro e a gente vai pra casa
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Na manhã seguinte eu não levo Nina pro trabalho, eu estava atrasada. Então falo pra ela que a busco quando terminar o meu trabalho.
Já no trabalho a minha rotina é a mesma e o mesmo rapaz que veio no dia anterior veio hoje também. A hora de fechar chega e o cibercafé estava fechado, olho o meu relógio e vejo que são 18:30, pego o carro e vou pro trabalho de Nina.
****
Quando chego lá eu vejo a Nina em um balcão falando no telefone, depois que ela desliga vou até ela
– Licença moça, poderia me informar onde encontro uma mulher chamada Nicole?
Ela olha pra mim surpresa e me encara, logo depois rir da minha cara e eu a acompanho também
– O que faz aqui?
– Eu não tinha te falado que ia vir te buscar
– Então espera só um minuto que eu vou falar com a Sandra para saber se já estou liberada
Eu me sento em um banco que tem ao lado do balcão e fico a esperando, pego meu celular e olho minhas novas mensagens. Escuto uma voz grossa me perguntar rudemente
CONTINUA
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Atualizado até capítulo 63
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