Seis da manhã do dia seguinte, Leonardo sai para correr, Valentina não apareceu, chega na academia e nada também.
No dia seguinte a mesma coisa, Valentina não tem saído de casa, Leonardo manda mensagens que nunca são respondidas.
Uma semana depois de o Leonardo caminhar sozinho e treinar sem ninguém como companhia, passa a treinar cada vez mais duro, pega pesado em seu treino, dando espaço a Valentina,na tentativa de substituir a falta que ela faz, ingressa no box, acerta o saco de areia cada vez com mais força, desejando arranca-lo do seu suporte.
Saindo então da academia, passa em uma concessionária, deixa um de seus carros e compra uma moto, uma dessas não muito velozes, mais confortáveis, onde é possível por o pé no chão ao parar. Leonardo sentindo o vento bater em seu rosto ao mesmo tempo em que acelera sua moto em direção a serra. Aluga um chalé nas montanhas e fica lá, só.
Passado um mês da morte de Renato, e sem notícias de Valentina, Leonardo continua a mandar mensagens, sempre sem respostas, quando finalmente é surpreendido com um simples:
– Oi.
De Valentina, aquilo era mais que suficiente para Léo, que em uma enxurrada de mensagens seguintes, lota o celular de Valentina, com tantas perguntas.
– Preciso te ver.
Interrompe Valentina.
Leonardo convida então Valentina, para um almoço.
Ao chegar no restaurante combinado, Leonardo é só sorrisos quando avista Valentina atravessar a porta de entrada indo em direção a mesa em que está sentado, ele levanta, ajusta a cadeira para que Valentina possa sentar ao mesmo tempo em que ela o agradece.
Era um restaurante bem simples, esses que as comidas ficam expostas em recipientes e os próprios clientes podem se servir.
Leonardo apenas olha para Valentina, sem nada dizer, olha diretamente para seus olhos, cansados.
Pegando nas mãos de Valentina, ao mesmo tempo em que ouve que eles não se veriam mais, Valentina iria viajar, sair daquele lugar por um tempo, iria embarcar em um ônibus em direção ao nordeste brasileiro, visitaria alguns parentes que não via tem muito tempo.
Leonardo então sem hesitar, propõe irem juntos.
– Gosta de aventura?
Pergunta Leonardo.
– Como assim?
Retruca Valentina.
– Vamos comer primeiro.
Diz Leonardo, levantando da mesa e segurando Valentina pelas mãos conduzindo-a ao self-service do restaurante.
Vão montando seus pratos, pedem um refrigerante e voltam a sentar a mesa, Leonardo então propõe a Valentina:
– Deixa eu ir com você?
— Por que você iria comigo?
Pergunta Valentina.
— melhor dizendo, deixa eu te levar? sairemos por aí, parando nos lugares, sem pressa, podemos ir pelo litoral, até chegar em Jericoacoara, o que você acha, ou iremos ao sul do país ver a neve, o que acha?
Sugere Leonardo.
– Vou pensar.
Diz Valentina.
– Então, não faça nada então antes de me dar a resposta, apenas pense e, se quiser, partimos amanhã bem cedinho.
Argumenta Leonardo ao mesmo tempo em que corta um pedaço de sua carne comendo logo em seguida.
Valentina esboçando um sorriso, tenta comer quieta, enquanto completa seu copo com refrigerante.
Na saída do restaurante, enquanto pagam a conta, Leonardo compra dois sorvetes e saem caminhando ao redor pelo quarteirão do local, Valentina aos poucos vai desabafando e contando como tem ficado, diz que Letícia tem ido pouco lá, que Lucas passou a morar lá em seu apartamento de vez, Leonardo, com um semblante preocupado, pergunta o porquê dela nunca responder suas mensagens, quando Valentina diz que ainda era cedo, que tinha medo de fazer uma besteira, tinha medo de responder, que ela se deu o tempo nescessário de luto, exatos um mês, luto não do marido, mas dela mesmo e que a velha Valentina ficaria para trás trinta dias após. E que hoje era o primeiro dia de vida dela, de sua nova vida, que a partir daquele momento, a vida se renovaria para ela e que agora sim ela estaria livre.
Leonardo olha para ela eufórico mas não fala nada, apenas sugere com um sorriso mais sutil. Após darem a volta ao quarteirão, chegam de volta ao restaurante, entram no estacionamento, e andam até encostarem em uma moto, Valentina pergunta que moto era aquela, então ele conta que não seria de carro que eles iriam viajar e sim com a liberdade que só a moto poderia oferecer-lhes.
Sentando no banco da moto, Leonardo oferece o banco de trás para que Valentina o acompanhe, ela pergunta para onde iriam, ele apenas responde:
– Comemorar a vida, cada dia que eu perdi sem estar ao seu lado, e cada dia como se fosse o último.
Saindo com a moto logo em seguida chegando até uma loja de acessórios, Leonardo escolhe um belo capacete para Valentina, chegam a um posto de combustível onde pede para encher o tanque, sentam novamente na moto e agora sim estavam prontos para partirem.
Cortam a estrada com a velocidade que a pista pede, sem pressa ouvem apenas o vento bater em seus rostos. Valentina cutuca Leonardo pedindo para pararem, Leonardo então atendendo Valentina, para a moto, perguntando o que foi, quando escuta Valentina dizer que precisaria de roupas, que ela só tinha saído com a roupa do corpo, Leonardo rindo, diz para não se preocupar, roupa seria o que menos precisariam para onde iriam, acelerando novamente sua moto.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Elizabeth De Melo Albuquerque
lá vai eu..........quero um Leonardoooooooo
2024-05-23
1
Solange Araujo
Á Jenny se encontrar me avisa ,e se eu encontrar aviso na mesma hr ok ....
2023-10-08
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Riquelme Humberto
Esse é o psicopata.....
2023-09-22
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