Noite de perdição

Emmanuel

Ia saindo enfurecido com meu ciúme daquela menina, vê-la dançando com aquele pirralho realmente me tirou do sério, nunca imaginei que ela teria um corpo tão lindo, no que eu estou pensando ela é só uma menina, e eu seu representante legal, acho que vou deixar o idiota do Jhonatan responsável por ela por um tempo para poder colocar minha cabeça no lugar. Olho mais uma vez para ela e vejo alguém colocar algo no copo que a entrega, ela sem perceber toma a bebida de uma vez.

- E mais essa agora - volto para onde ela estava e a pego pelo braço - Vamos embora\, como você consegue ser tão irresponsável\, menina\, beber algo que um estranho lhe entrega assim?

- Como assim um estranho Emmanuel? O Fábio é meu amigo\, não ia querer me fazer mal

- Pois o seu amiguinho colocou algo em sua bebida mocinha\, vamos para sua ao hospital\, vamos ver o que ele colocou em sua bebida.

- Não quero ir a hospital nenhum\, vamos para casa\, se eu passar mal deixe o doutor Luiz de prontidão.

- Ok\, então\, vou te levar para casa\, mas vou passar a noite em sua casa para poder ficar de olho em você caso precise de ajuda. Fora que se acontecer algo iria deixar o Nicolas apavorado.

Passo em casa primeiro e pego uma muda de roupa antes de ir para casa dos Almeida Campos, olho pro lado e vejo que Clara parece desconfortável, mas não diz uma palavra, seguimos assim em silêncio e assim que chegamos a casa ela sobe correndo para seu quarto batendo a porta assim que chega lá. Deixo passar uns minutos e vou lá bater na porta para saber se está tudo bem.

- Clara está tudo bem?

- Não entra aqui Emmanuel!!

- Clara\, você não parece bem\, está meio ofegante\, está tudo bem mesmo?

- Está tudo bem\, sim\, só não entra aqui por favor.

Depois de um tempo escuto um barulho vindo de dentro do quarto e um abafado “ai”, entro me anunciando para que ela não se assuste e o que eu vejo me faz rir, Clara estava toda embolada com o vestido no chão parecendo que ela tentou tirar o vestido pela cabeça sem abrir o zíper, ficando com metade do corpo de fora e presa pelos braços e cabeça, vou até ela cuidadosamente e abaixo seu vestido e abro o zíper, ela me olha toda envergonhada em saber que vi metade de seu corpo desnudo, coisa que eu com certeza não estava precisando no momento.

- Me desculpe Clara\, eu fui obrigado a entrar\, você parecia estar com dificuldades.

- Não faz mal Emmanuel\, só não acredito que você me viu nessas condições\, metade do corpo sem roupa e o outro preso de forma mais vergonhosa\, mas quer saber? Realmente não estou me sentindo bem\, eu preciso de um banho\, estou me sentindo quente\, mais um calor que acho que um banho pode não resolver.

Com isso ela vem em minha direção descendo o vestido e deixando ele cair em seus pés, estando de tomara que caia, fica com os seios nus e de calcinha, essa que não cobre muita coisa, tinha visto quando fui ajudá-la mais não reparei como era pequena, fico logo com a garganta seca e sem reação, ela então me abraça pelo pescoço e me pegando desprevenido beija meus lábios, por um momento eu retribuo seu beijo a segurando pela cintura e a apertando contra meu corpo, já sentindo meu amiguinho dar sinal de vida com aquele corpo colado ao meu e o beijo quente que estávamos trocando, mas volto a afastar tirando seus braços do meu pescoço e a empurrando gentilmente.

- Clara\, não posso fazer isso\, você é só uma menina.

- Me ajuda\, eu estou quente\, preciso de você\, não me deixe assim\, por favor\, meu corpo todo está pegando fogo.

- Menina\, isso foi o que aquele seu amigo colocou em sua bebida\, vai tomar um banho\, logo isso passa.

- Não vai passar Emmanuel\, eu preciso de você - ela choraminga enquanto tenta novamente me abraçar.

Então a pego no colo e a levo para o banheiro, agora estou tentando apenas pensar no bem-estar dela e não no que ela pode fazer comigo enquanto isso. Ela vai me abraçando, tentando me beijar novamente, fica muito difícil resistir ao seus apelos, a coloco debaixo do chuveiro e ligo a água fria, deixo ela lá sob protestos da mesma e saio do quarto pensando na loucura em que me meti, aquela menina ainda vai ser minha perdição. Saindo do seu quarto, ligo para o Luiz para saber o que eu poderia fazer para ajudar Clara a passar por essa situação.

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