Ele era um homem branco de uns 30 anos, usava um terno preto com uma gravata cinza, ele tinha uma barba discreta, cabelo bem cortado, tinha aproximadamente 175 de altura, relógio caro e uma malícia no olhar.
Ele estava lá sozinho, um dos organizadores do fórum subiu ao palco e perguntou se alguém sabia falar turco e ninguém se manifestou. Com a chuva forte o tradutor de turco acabou não vindo ao fórum.
Eu sabia umpouco de turco, mas estava com tanta vergonha. Como que por obrigação eu levantei a mão, o organizador ficou feliz e pediu para eu ir ao palco.
Sentei-me do lado do home turco e comecei a traduzir o que ele estava a falar, ele falava pausadamente para facilitar a minha tradução. Eu estava com muita vergonha, os quarenta minutos que fiquei ali pareceram uma eternidade.
Discurso terminado, eu ia buscar o meu computador portátil e a minha bolsa quando senti alguém segurando o meu braço. Eu me virei e era ele.
Ele queria agradecer por eu ter feito a tradução, e convidar-me para tomar um café.
Eu estava com tanta vergonha. Fazia alguns anos que ninguém era gentil comigo. Acabei a aceitar o convite para o café. Já que teria que comer algo de qualquer maneira.
Sentei-me na cadeira do restaurante do hotel, coloquei a minha bolsa e computador portátil em outra cadeira. Ele sentou-se na minha frente, ele pediu dois cafés e alguns acompanhamentos que confesso não lembrar quais foram.
Ele queria conhecer a cidade e convidou-me para apresentar-lhe, respondi que não poderia, pois, sou casada e também precisava trabalhar.
Conversamos por quase uma hora. Ele contou-me estar no fórum por castigo do seu pai, que administrava a empresa da família. Eu contei-lhe o básico, que era casada, trabalhava, estudava e não saia muito.
Confesso que fiquei extremamente encantada por ele! Havia 6 anos que eu estava casada e desde então sofria muito.
Despedimos-nos e acabei a dar o meu telefone para ele, seria sua tradutora caso ele voltasse ao Brasil.
Sim, eu fiz a burrada de conversar com esse homem lindo que se chamava Mehmet. acabei a contar bastante coisa sobre a minha vida, e ele contou sobre a dele também.
Eu não contei a Mehmet que apanhava do meu marido, mas contei-lhe apenas que ele era rígido e que não pedia o divórcio por medo.
Fomos nos conhecendo gradualmente, e tornamo-nos amigos, Mehmet estava na Turquia, mas voltaria ao Brasil em 20 de dezembro para tratar de negócios.
Nessa altura eu já estava apaixonada por ele! Conversávamos diariamente e confesso que ter ele deu-me ânimo para continuar a aguentar a vida que estava a levar no momento.
Mehmet chegou no Brasil no dia 21, ele trabalhou e cumpriu a sua rotina de reuniões até o dia 24. No dia 24 ele foi ao meu trabalho, pois era a única forma de ver-me.
Almoçamos na praça de alimentação do meu trabalho e todos estavam nos olhando, ele era um homem realmente lindo. Com um toque sofisticado, vestiasse com roupas caras, relógios caros e dirigia carros luxuosos.
Ninguém conseguia entender, inclusive eu, como um homem assim teria interesse ou ao menos uma amizade com uma simples caixa de supermercado.
Mas o que ninguém sabia era que ele era tão estragado mentalmente como eu, Mehmet vinha de uma família de elite, conhecida por movimentar a máfia turca, haviam empresas lícitas, mas 99% era apenas para lavagem de dinheiro do tráfico.
Nos almoçamos em silêncio e Mehmet convidou-me para ir até o seu carro. Eu aceitei!
No estacionamento, no carro Mehmet finalmente se declarou a mim. Ele disse que não conseguia parar de pensar em mim. E no quanto erramos parecidos.
Eu não conseguia acreditar que ele estava atraído por mim. Logo eu? Tão feia, tão gorda!
O fato era que eu sentia o mesmo por ele, neste mês que ficamos a conversar eu pude perceber que erramos exatamente iguais. Duas pessoas cansadas de sofrer a procurar uma maneira de ser feliz.
Mehmet é o típico homem com cara de mau, mas que é tão doce. Eu não sei explicar direito, mas ele tratava-me como uma princesa.
Quando conversava com ele, ou ao lado dele eu não sentia haver diferença tão grande financeiramente entre nós.
Lá estava ele sentado ao meu lado, tão vulnerável que o meu coração derreteu. Contei-lhe que também sentia o mesmo, e disse que se ele tivesse um pouco de paciência eu iria separar-me para podermos ficar juntos.
Ele estava impaciente, mas acabou a entender o meu ponto de vista. Não era a toa que eu o chamava de moranguinho (em turco que era "çilek"), porque ele era doce e azedo ao mesmo tempo.
Conversamos por mais alguns minutos, até que num impulso Mehmet me puxou pela nunca e me deu um beijo apaixonado. Isso foi a coisa mais errada que já fiz, uma mulher casada não sai a beijar outro homem no estacionamento, mas quer saber também foi uma das melhores coisas que fiz.
Eu senti-me viva de novo. Era como se alguém tivesse recarregado as minhas energias.
Voltei ao trabalho e nas horas seguintes fiquei revivendo o nosso beijo na minha cabeça. Aquilo era ótimo.
o meu turno terminou, bati o meu ponto, peguei a minha bolsa e entrei no meu carro. Dirigi até em casa com um sorriso enorme.
Chegando em casa tomei um banho e comecei a preparar a ceia de Natal. Nesta noite receberíamos alguns familiares.
Já fazia bastante tempo que não passava uma data comemorativa com a minha família eu estava muito feliz.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Camila lacerda
Mehmet muito gostoso. meu tipo
2022-09-01
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