Vingança

...Luana...

Estava dormindo tranquilamente quando me assustei com um estrondo que parecia ser um tiro. Ao ver a porta do quarto sendo trancada me encolho para debaixo das cobertas, lagrimas de desespero escorriam por todo o meu rosto. Esse barulho me fez lembrar da morte dos meus pais. Não ouvi mais nada depois do disparo, ao criar coragem me levanto e vou em direção a porta do quarto. "Droga ela ainda está trancada!" Isso incrivelmente me deixou mais tranquila. Volto para cama e me deito sei que não vai adiantar eu gritar e nem bater na porta. Sei que não vou sair daqui tão cedo, volto a pensar em ontem e acabo dormindo novamente.

...13:30...

Ao abrir os olhos, percebo que a porta já estava aberta, dou um sorriso aliviado, "Eu não quero ficar presa mais 2 dias". Me troco rapidamente e vou para cozinha. Vou o caminho inteiro olhando em volta para ver se eu encontrava Giuseppe, mas foi sem sucesso. Suspiro um pouco chateada, ao chegar na cozinha vejo Donato sentado na mesa, então me aproximo.

...Luana:- com licença, o senhor viu o Giuseppe?...

...Donato:- Ele viajou a negócios....

...Luana:- Entendi, sabe o que aconteceu hoje de manhã?...

...Donato:- Nada com que precise se preocupar, já está tudo resolvido....

Observo ele se levantar e sair, "nossa como ele é grosso!" Porém ele para antes da porta "vish será que pensei alto?" Ao ver ele vir na minha direção, sinto meu coração assustado disparar. Olho-o sem entender. Ele estava perto demais, dou dois passos para trás olhando ele em silêncio.

...Donato:- Don Giuseppe, falou que se caso a senhorita quiser matar seu marido, devido a tudo que ele fez com você, pode ficar a vontade, para mata-lo da forma que preferir....

Ao ouvir oque ele falou, sinto uma alegria incomun, "Muito estranho eu me alegrar em mata-lo. Mas acredito que a minha alegria era pela vingança, ele merece depois de tudo que ele fez comigo e com meus filhos, a melhor parte vai ser fazer isso sem ser presa" Deixo me escapar um sorriso, ao vê-lo se afastar, chamo-o novamente.

Luana:- Ei? Podemos fazer isso agora? quero me livrar desse peso logo.

Observo ele assentir, sinto um frio tenso na barriga, porém ergo a cabeça e o acompanho até o porão. Ao descer sinto um fedo desagradável, a ânsia era inevitável esse porão fedia demais. Observo Luigi sentado na cadeira, ele estava totalmente desfigurado e apagado, "aquela cena me doeu demais, mas ele mereceu cada surra devido a tudo, que nos fez passar" Observo Donato ir até Luigi e enfiar uma faca na sua mão. Ao escutar o seueu grito de dor, sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, olho-o com ódio, "vou mata-lo direto, não vou conseguir tortura-lo." Sei que a minha vida ao seu lado foi uma eterna tortura, mas eu não consigo…

Ao olhar Donato, percebo ele me estendendo a mão com a arma, caminho até ele e pego a arma. Donato não falou nada apenas ficou observando, me aproximo do Luigi ao ver suas lagrimas, deixo escapar algumas dos meus olhos, sem pensar muito engatilho a arma e aponto para sua cabeça.

...Luana:- Isso é por estragar a minha vida e o meu corpo — dou um tiro no seu ombro— Isso por me obrigar a ter um filho que eu não queria — dou um tiro no outro ombro...

...Luigi:- Por favor Lua, me mata logo. — implorou-me...

Luana:- isso é por cada tapa, cada estüprø que me fazia sangrar 6 dias seguidos e não me deixava ser atendida por nenhum médico— dou um tiro na sua perna ignorando seu pedido — isso é por cada traição, cada lágrima que derrubei por um lixo imundo que nem você, eu te odeio demais e me odeio ainda mais, por ter pena de você depois de tudo que me fez passar, você tirou meus pais de mim, matou eles na minha frente, você tirou minha pureza quando eu tinha 15 anos, mesmo sabendo que eu não queria, passei 7 anos infernais ao seu lado, já tentei várias vezes cometer suicídio por culpa sua, mas aqueles trogloditas chegavam sempre na hora para me impedir, teve um tempo que até tentei gostar de você, mais foi impossível, depois de tudo que você me fez passar, não aproveitei a minha juventude e por sua culpa, estou pagando seus erros, igual eu e minha mãe pagamos o do meu pai, você me destruiu por dentro, tantas vezes desejei a morte para me livrar de você, mas o destino não foi ao meu favor, adeus seu idiota e que o capeta faça com você tudo o que você fez comigo!

Dou um grito de irá e finalmente atiro na sua cabeça, sem estar satisfeita atiro várias vezes no seu corpo "eu te odeio filho da putä, me deixou traumas incuráveis" começo a chorar enquanto descarregava o pente todo no corpo morto do Luigi, ao ver que as balas haviam acabado, ataco a arma nele.

O choro tomou conta de mim, porém aquele peso havia saído. Sinto alguém me puxar e me abraçar, só pelo seu cheiro sabia quem era, encosto a cabeça no seu peitoral, sem conseguir me acalmar.

...Giuseppe...

Volto em casa para pegar os documenros que eu havia esquecido, Ao diversos disparos ja imaginei o que estava acontecendo. Me aproximo do porão e desço tranquilamente, ao ver Luana atirando várias e várias vezes no corpo morto do Luigi, dou um sorriso "Ela combina comigo!" Ao ouvir seu choro me aproximo, após ela atacar a arma nele, abraço-a forte e aliso seus cabelos, conforme ela foi se acalmando dpu um suspiro e afasto ela de mim, ofereço mais um pente de arma carregado para descontrair, Observo ela dar uma breve risada e negar.

...Giuseppe:- calma garota! Ele já era, não vai mais encostar em você, ninguém vai!...

Olho para Donato que se mantia parado igual uma estátua, sinalizo para ele mandar limpar a bagunça. Observo ele concordar e ir, caminho para fora do porão junto com Luana."O cheiro do porão nunca ficou tão ruim, está quase na hora de queima-lo" Ao olhar o relogio, lembro-me do meu compromisso "droga estou atrasado. Porém preciso me certificar que ela esteja bem, antes de sair"

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