ELE ME QUER...

Depois de um tempo me arrumando para o jantar, coloco uma calça jeans escura e uma blusa de cetim branca que não precisa de sutiã. Desço as escadas admirando casa pedaço da casa, até que encontro a cozinha.

Em uma mesa de mais ou menos 12 lugares o vejo sentado enquanto Cecília serve a comida, me sento próximo a ele e jantamos.

Acabo comendo mais que o desejado, mas estava tudo maravilhoso, quanto tempo que eu não comia uma comida assim, tinha coisas que nunca comi na vida e amei.

Quando acabamos sua voz cessa o silêncio.

- Quer conhecer a área externa?

- Quero sim! -Digo sorrindo e animada.

Então caminhamos pelo longo e vasto jardim, até que chegamos na área da piscina e salão de jogos, eu nunca havia visto nada assim, tinha sinuca, futebol de salão, mesa de ping pong e um campo enorme.

- uau.

- Também gosto dessa área.

Por um instante o encaro, está com a expressão mais suave e me retribui o olhar, não era um olhar sério como antes. Seus olhos descem até minha blusa e meu corpo treme, era um olhar feroz, me arrisco dizer que era um olhar de desejo.

- Vamos jogar algo?

pergunto tentando amenizar a tensão.

-Claro, escolhe um.

- Sempre tive vontade de aprender sinuca, mas sou péssima!

- Sorte sua que sou um ótimo professor...

Sorri maliciosamente e eu me pergunto se é coisa da minha cabeça.

Ele me ensina as regras e como o jogo funciona. Hora do play, ele pegou um dos tacos e ajeitou nas minhas mãos. Colocou as suas por cima e me mostrou a posição correta de segurar, seu corpo encostou no meu me fazendo arrepiar e tirando minha concentração, seus braços estavam em volta dos meus ombros.

- É assim que segura, mas tem que ser firme...

Ele sussurra no meu ouvido causando uma pulsação entre minhas coxas

- Segure firme e forte e aponte para a bola.

Ele se inclina sobre meu corpo me fazendo inclinar também e apontando para a bola branca, me ajuda na minha primeira tacada.

Levantamos nossos corpos quase que ao mesmo tempo e sem se afastar de mim sua respiração ofegante perto do meu pescoço me fazia ter certeza que não era coisa da minha cabeça, eu também mexia com ele.

- Obrigado pela paciência.

falo virando para ele ficando frente a frente.

- Não foi nada, você aprende rápido Beatriz.

ele fala chegando mais perto, como se já não estivéssemos perto o suficiente.

- Você tá linda. Você é linda.

Ele passa os dedos levemente pelo meu braço esquerdo enquanto sente meu arrepio. Minha respiração fica ofegante.

- Obrigado, senhor.

mordo a parte inferior dos meus lábios.

Quando ele se aproxima e sussurra:

- Deixa que eu mordo.

Sinto minha pele queimar e sem pensar uma palavra sai da minha boca como um assopro

- Deixo.

Como um ataque ele coloca a mão em minha nuca e encontra nossos lábios em um beijo faminto, retribuo ao sentir sua língua com sabor de vinho tinto se enroscando na minha fazendo com que eu lubrifique automaticamente.

Ele puxa meus cabelos e com a outra mão ele passeia em minha cintura e sobe até chegar nos meus seios que já estão enrijecidos. Ele solta um gemido entre o beijo o que faz ficar mais sedenta por ele.

Ele me coloca sentada em cima da mesa na velocidade da luz, quando me dou por mim, já estou com ele entre as pernas pressionando sua ereção contra minha intimidade, fecho os olhos e ele lança vários beijos ao meu pescoço.

- Queria fazer isso desde quando você esbarrou em mim naquela loja.

ele rosna entre os dentes.

Solto um gemido baixo quando ele coloca sua mão dentro da minha blusa e vai subindo lentamente enquanto volta a me beijar com mais vontade ainda, coloco a mão em seus cabelos macios e dou uma leve puxada quando mais uma vez ele pressiona contra minha entrada, mesmo que por cima roupa sinto que pelo tamanho esse homem me estraçalharia.

Um sentimento de dúvida percorre meu corpo mas não consigo para-lo e nem sei se quero.

- Bryan, eu não sei se é uma boa idéia. - falo me afastando do beijo com o rosto mais vermelho que o normal por conta da excitação.

Ele me olha fixamente, sua respiração é irregular e ainda vejo desejo em seus olhos. Ele se afasta passando as mãos em seu cabelo.

- Cheguei na sua empresa não tem nem três dias, não quero confundir as coisas, você é meu chefe.

- Me desculpa, foi um erro.

Ele fala se virando e caminhando em direção a entrada da casa. Desço da mesa e fico um tempo parada antes de entrar para que não corra risco de vê-lo.

Entro na casa as pressas graças a Deus não o vejo, entro para o meu quarto e me tranco. Deito na cama tentando assimilar o que aconteceu ali, eu sou virgem, não me entregaria pra ele assim para na manhã seguinte ele nem olhar na minha cara como sempre faz na empresa quando passa por mim.

Ainda sinto suas mãos em mim, seu beijo sedento e sua ereção entre minhas pernas, sinto minha intimidade pulsar, meu corpo pedia por ele. Entro no banheiro tentando esfriar a cabeça em um longo banho de banheira e me deito. Meus pensamentos não me ajudam, eu o quero, mas sei que nossos mundos não são compatíveis e isso me causa uma certa angústia. Adormeço.

...

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