Gláucia — Ah caramba, lá vem ele, tão lindo, o que é que estou fazendo? Estou parecendo criança. (ela falava baixinho para si enquanto ele se aproximava).
Lucas — Oi Gláucia, que bom te ver!
Gláucia — Oiiii, bom mesmo.
Lucas se aproximou, dando um abraço apertado, colocando a mão em sua nuca, se afastou devagar meio que cheirando os seus cabelos, em seguida, deu um beijo em seu rosto. Lógico que ela queria mais do que isso, mas uma coisa de cada vez.
Lucas — Você quer mesmo ver esse filme? Eu adoraria ter tempo para conversar com você, te conhecer melhor.
Gláucia — Pode ser! Então, vamos escolher algum lugar calmo para conversarmos, alguma sugestão?
Lucas — Tem uma cafeteria nova que amo, gosta de café?
Gláucia — Lógico, café é vida! (risadinhas discretas).
Lucas — Fechou, você vai amar o muffin de queijo com orégano, é divino.
Gláucia — Hummm, parece ótimo!
Lucas novamente se aproximou de Gláucia, mas dessa vez pegou em sua mão. Ele estava mostrando interesse. Gláucia até então estava seguindo as dicas de suas amigas, deixando as coisas acontecerem naturalmente.
Ao chegar no café, os dois se sentaram ao redor de uma mesa que tinha meia iluminação, sabe aqueles cantinhos aconchegantes que o casal pode sentar um ao lado do outro, bem juntinhos? Assim eles estavam. A garçonete chegou e os dois fizeram seus pedidos.
Garçonete — O senhor vai querer o quê?
Nesse momento Lucas riu, afinal de contas, ele era muito jovem para ser chamado de senhor, mas deu continuidade ao pedido sem debochar da situação.
Lucas — Eu vou querer um café com avelã e um muffin de queijo. O que você vai querer Gláucia?
Garçonete — E a senhora?
Gláucia — Quero um café latte e um muffin de queijo, por favor.
Garçonete — Ok, já trago.
Gláucia — Obrigada!
Lucas — Me diz como foi sua semana? Pensei em você todos os dias.
Gláucia deu uma leve tossida, colocou a mão na boca e respondeu:
— Foi ótima, também pensei bastante em você.
Nesse momento, mil e uma coisas se passaram na cabeça dela, inclusive os sonhos picantes envolvendo aquela beldade que estava ao seu lado. Uma coisa ela não teve como esconder, suas bochechas coradas.
Lucas — Desculpe-me a demora em te ligar, às vezes penso que estou empolgado demais e talvez a outra pessoa não esteja interessada.
Gláucia — Que isso, podia ter ligado!
Lucas — Que bom que agora você está aqui.
Com suas mãos sobre as dela, ele se achegou e beijou a sua boca. Ela não esperava, não assim, não tão rápido, mas como negar um beijo tão espontâneo e tão gostoso? Gláucia passou a mão sobre os ombros dele e os dois só se afastaram quando o café chegou.
Garçonete — Café com avelã é de quem?
Lucas — É o meu!
Garçonete — Prontinho, se precisarem é só chamar.
É lógico que eles não iam chamar a garçonete, até porque, eles estavam com a boca ocupada demais, até mesmo para tomar o café. Entre muita conversa e beijos, as xícaras ficaram cheias e a bebida fria. Os dois estavam como adolescentes bobos, encantados um pelo outro, mas já era hora de ir.
Lucas — O que faremos agora?
Gláucia — Nada, só conversar e andar pela orla, vamos?
Lucas — Boa ideia!
Gláucia — Me fala mais sobre você.
Lucas — O que você quer saber?
Gláucia — O que estuda, se trabalha, passatempo, gosta de animais… Essas coisas.
Lucas — Faço educação física na UFF, tenho uma loja virtual de roupas masculinas de academia e meu passatempo é jogar e assistir futebol, gosto de animais, mas não tenho e não sei se quero ter. E você?
Gláucia — Estudo pedagogia, não trabalho, meu passatempo é escrever, amo poesias, tenho um gato, o nome dele é Tico.
Lucas — Da última vez que nos vimos você falou que mora perto da Lapa, aonde?
Gláucia — Em Santa Tereza.
Lucas — Moro em Laranjeiras.
Gláucia — Não é longe, podemos nos ver outras vezes.
Lucas — Quero.
O tempo passou muito rápido e já estava na hora de encerrar o encontro. Lucas se ofereceu para levar Gláucia até a porta de sua casa, até porque, já estava tarde. Ela aceitou, afinal de contas queria aproveitar todo o tempo que pudesse. No entanto, estava preocupada com as loucuras do seu pai, uma possível gritaria na casa e as coisas inconvenientes que sua mãe ou sua avó poderiam falar.
Chegando na esquina, ele a abraçou e a beijou pela última vez naquela noite e disse:
— Vou te deixar por aqui, entra que ficarei de longe olhando.
Gláucia — Tá bom!
Ela se virou e sentiu um imenso alívio. Sem dúvidas o rapaz foi bastante astuto, não era hora de enfrentar a família de Gláucia, não mesmo. De longe ela acenou para ele e disse:
— Dessa vez eu ligo!
Ele balançou a cabeça como um sinal afirmativo e sorriu, ela entrou em casa com a cabeça nas nuvens. Sua mãe a viu entrar e não deu muita bola, seu pai já estava dormindo. Então, ela fez uma vídeo chamada com suas amigas, afinal de contas, ela tem muitas novidades a contar.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Imaculada Abreu
Estou amando a leitura desta estória
2024-03-19
0
Dynha
Estou gostando. As vezes esqueço de curtir.
Mas voltei aos capítulos e curti. a gente 😉
2022-08-09
3
Claudia Crespo
Legal o romance!!!🤩
2022-08-09
1