Naty
Abri os meus olhos lentamente ouvindo ele me chamar e a sua mão estava tocando o meu braço, senti meu corpo todo arrepiar ao vê-lo tão perto de mim. Espero que ele não tenha percebido o impacto que causou em mim. Quanta vergonha eu estava sentindo.
_ Chegamos. Essa voz era tão gostosa de ouvir de perto como ele estava falando.
Desculpa, não foi minha intensão. Não consegui explicar o quanto estou cansada por isso dormir durante o trajeto até aqui. Desci tropeçando, quase caiu de boca no chão. Dê um beijo de boa noite na Dulce por mim. Falei sem olhar entrando no edifício apressadamente.
_ Meu Deus como posso ser tão atrapalhada quando o assunto são os meus sentimentos... Como assim sentimentos? acabei de conhecer esse cara e ele já esta mexendo comigo. Aquelas mãos quentes e macias que ele tem... Sinto um arrepio correr o corpo só de lembrar. Mas ele não deve ter me notado, foi tão frio o tempo todo. E eu o que fiz? Ri na cara dele e agora dormi no seu carro, deve que até babei. Cobri o meu rosto com as mãos pensando no que fiz. Preciso de um banho e depois cama.
Arthur
Não acredito quando eu olho para o lado e vejo que a Natália está dormindo. Ela deve gostar de fazer hora com a minha cara, só pode.
Como a Dulce se apegou tão facilmente a ela, que até recusou o meu colo quando cheguei para buscá-la, e a Natália riu quando eu estava conversando com a Dulce, deu comida para a minha filha e agora dorme no meu carro. Que mulher estranha… Estranha mas bonita, bonita de corpo, de rosto, que boca... Acho que estou muito perto do seu rosto, melhor eu me afastar um pouco antes de acordá-la. Quando toquei seu braço senti meu corpo se aquecer tão rapidamente como se a quisesse sentir por completo… no que eu estou pensando, acabei de conhecê-la como posso sentir isso? Quando ela acordou ficou toda atrapalhada, quase caiu quando desceu do carro. Ri escondido da cena.
cheguei em casa, coloquei a Dulce no berço, ela estava dormindo, pensava apenas em tomar um banho relaxante depois desse dia que terminou de forma estranha, e esse banho vai me ajudar a esquecer essa mulher estranha. Carla já havia me falado um pouco sobre ela, que eu precisava conhecê-la porque ela era diferente, nunca disse em qual sentido ela era diferente, cheguei a achar que ela queria nos unir como casal… no que eu estou pensando depois do que a Ellen fez comigo, não quero me apaixonar tão cedo..
Antes de entrar no banho escuto Dulce chorando, chego no seu quarto e ela está em pé dentro do berço chorando sem parar. Pego ela no colo, tendo dar mamadeira, brincar mas nada adianta. Para tentando entender o que ela está falando durante o choro:
_ Mama mamae, mamãe… Ela está chamando pela mãe, isso nunca aconteceu desde que a trouxe para morar comigo. Cuido da Dulce porque além de amar a minha afilhada foram as últimas palavras do Léo,” cuide da Dulce como se ela fosse sua filha", por isso nossos pais não foram contra eu trazê-la para morar comigo. Dulce continua a chorar, já conferir se a fralda está limpa e troquei, dei mamadeira e ela não quis, ninei e nada. Sinto que ela está um pouco quente e me desespero, a única solução que vejo é chamar minha mãe.
Minha mãe chegou era quase dez da noite, e meu pai veio junto com ela. Ela também tentou por mais de uma hora acalmar a Dulce, mas não adiantou.
_ Ela está com um pouco de febre, mas não sei o que está acontecendo. Falou minha mãe. e Dulce continuava a chamar pela mãe.
_ O que mais me preocupa, é a Dulce chamar pela mãe, ela nunca fez isso antes. Contei esse fato para minha mãe e ela fez uma expressão de que entendeu o que estava acontecendo.
_ Acho que já sei o que está acontecendo. Minha mãe pegou o telefone e fez uma ligação. Fiquei prestando atenção para quem ela estava ligando.
_ Alô, Natalia… Gelei ao perceber que minha mãe estava ligando para a Natalia.
_ Mãe , você está ligando para essa mulher. Minha mãe me ignorou e continuou a ligação.
Aqui é a Cecília, pela sua voz, sei que já estava dormindo. Desculpa te incomodar, queria saber se você pode vir um pouco no apartamento do Arthur ver a Dulce, ela está muito agitada e chamando pela mãe e eu acho que ela pensou que você … é a mãe. Mamãe enrolou mas falou o que pensava. Conversou um pouco mais com a Natália e encerrou a ligação. Vai buscar a Natália, ela está vindo ver a Dulce. Falou
_ Não acho que seja isso, melhor levá-la ao médico. Argumentei com a dona Cecília mas ela não aceitou e disse que eu não vi como a Dulce reagiu ao ver a tal Natália, e papai concordou com o que ela falava. Seu César sempre vai estar ao lado da mamãe. Respirou profundamente.
Agora estou aqui em frente ao edifício onde ela mora, esperando ela descer para levá-la ao meu apartamento. Demorou alguns minutos e ela enfim desceu. Estava mais cheirosa do que na hora que a deixei aqui, com uma calça de jeans justa e uma camiseta branca colada no corpo, e ela estava sem sutiã. Acho que estou reparando demais nela para notar esse detalhe.
_ O que aconteceu com a Dulce? Perguntou enquanto colocava o cinto de segurança e eu observava o cinto passar entre os seus seios marcando ainda mais, revelando o quanto eles eram bonitos. Desviei o olhar antes que ela percebesse e expliquei o que estava acontecendo. Resolvi seguir em silêncio prestando atenção no trânsito. Quando chegamos ao meu apartamento, meus pais estavam na sala com a Dulce que ainda chorava. Assim que minha menina viu Natália, ergueu os braços em busca do seu colo, deitando em seu ombro parando de chorar rapidamente.
Minha mãe me encarou com aquele olhar que queria dizer que ela tinha razão. Pouco tempo depois, Dulce estava rindo e brincando com Natalia, comeu tranquilamente e já estava com sono, mas não queria ir para o berço, não queria sair do colo daquela mulher estranha.
_ Deita com ela na cama, quando ela dormir o Arthur coloca ela no berço. Disse minha mãe levando ela para o meu quarto. E aquela mulher foi e deitou-se na minha cama com a Dulce. Fiquei olhando da porta as duas interagindo, ela de bruços, que visão. Minha mãe saiu me puxando para a sala, será que ela percebeu o que eu estava olhando? Não sei. .
_ Mãe, tinha que mandar ela se deitar na minha cama? Perguntei demonstrando a minha insatisfação, minha cama seria só para a mulher que eu amasse, e não era ela.
_ Deixa de ser chato, Natalia vai ficar lá só até a Dulce dormir. Falou me dando um tapa no braço, acho que percebeu o que eu estava olhando. Sorri nervoso por isso.
_ Quando a Dulce dormir, vamos levar a Natália para casa. Não esqueça de agradecê-la. Falou papai. O que a Natália tem que todos gostam dela? Ainda não consigo entender.
_ Não sei porque a Dulce se apegou tão rápido a essa mulher. Falei.
_ Deve ser porque a Natália tem algo que lembra a Carla, ou é a idade semelhante, não sei explicar mas foi isso que aconteceu. Mamãe tentou explicar, mas eu não sei se é isso.
Passou-se meia hora e nada da Natalia voltar do meu quarto. Minha mãe foi olhar o que estava acontecendo e nos chamou com um gesto de mão. Quando eu e meu pai chegamos à porta, vimos Dulce dormindo nos braços de Natália que também havia adormecido. Aquela cena fez meu coração disparar de uma forma que eu nunca havia sentido antes.
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Atualizado até capítulo 77
Comments
Luzia
Estou amando essa história muito boa bem escrita
2025-01-12
0
Eloi Silva
e ele vai ter que dormir no sofá ou no chão
2025-01-10
0
Eloi Silva
não tem fotos dos personagens ficaria mais legal
2025-01-10
0