Capítulo 13

**Capítulo 13**

**Larissa**

Chegamos na fazenda e não se parece com uma fazenda no Brasil pelo menos com as que já vi.

Os bois estão confinados em lugar fechado, mas eu consegui ver, e a casa parece com uma casa da cidade. Vemos vários carros estacionados.

Anthony: Parece que não sou só eu que tive a ideia de vir visitar meus pais.

--- Você tem irmãos?

Anthony: Tenho uma irmã Camila ela é mais nova e seu carro está aqui e o carro do meu primo Elijah também está aqui.

Parece que ele não gostou de ter mais gente na casa de seus pais. Sua expressão que estava mais relaxada se fechou novamente. Ele para o carro, mas ninguém vem ao seu encontro.

Anthony: Não precisa descer as malas Lari, só a do Ben.

Entendi que ele não vai querer ficar.

Eu pego a bolsa do Ben e ele toma da minha mão ele pega Tom que não acordou e eu pego Ben, andamos em direção a uma grande porta entramos, mas a casa está vazia, Anthony parece saber onde estão porque ele segue casa a dentro e ou o acompanho. Começo a ouvir vozes e estão falando dele eu tenho dificuldade para entender pois falam em inglês e rápido. Ele para de andar

Voz 1: Está na hora de Anthony seguir a sua vida ele é jovem.

Voz 2: Ele não gosta que se intrometam na vida dele deixem ele viver seu luto.

Voz 3: Ele tem andado distraído pode estar interessado em alguém. Outro dia saiu e chegou na empresa de helicóptero fez até um heliponto em sua casa, tem algo lá que o faz querer voltar.

Voz 1:Ele se fechou junto com aquele caixão e se enterrou junto com sua esposa, você não o entende ele se fechou para vida. Anda como se fosse um homem de ferro seu coração está fechado.

Anthony está cada vez mais vermelho. Ele se vira e me olha para acompanha-lo, ele abre o carro e coloca Tom de volta na cadeirinha e eu coloco Ben. Ele está chorando e bravo por não poder se segurar na minha frente.

Anthony: Sabe dirigir Larissa?

--- Sei, mas não tenho carteira de habilitação.

Anthony: Só nos tire daqui agora depois eu assumo. Ligue o carro e me aguarde, eu vou demitir alguém.

Com certeza é a terceira voz eu imagino, graças a Deus Tom não acordou. Anthony caminha a passos largos para dentro da casa ele está bravo e chateado. As pessoas precisam entender que cada um tem um tempo para viver seu luto e ninguém sabe o que ele passa dentro da casa dele, outro dia ele me confidenciou que espera sua esposa chegar me deu uma pena, é tão difícil encontrar um amor verdadeiro resolver ter até filhos e perder assim. Vejo Anthony sair pela porta que entrou quando ele está quase chegando no carro sai mais pessoas por essa porta atrás dele um homem alto e até parecido com Anthony quase o alcança, mas Anthony se vira e todos param,

Anthony: Não venham atrás de mim eu não preciso de quem não me respeita e não entende meus sentimentos por perto de mim.

Ele entra no carro e eu nos coloco em movimento. Ele está muito nervoso as vezes algumas lagrimas escorrem de seus olhos. Tenho vontade de abraça-lo eu também estou chorando não dá mais para dirigir como já estamos longe da fazenda eu paro o carro e ele me olha e vê que estou chorando.

Anthony: Porque está chorando Lari?

Ele pergunta descendo do carro e eu desço atrás pela porta do carona pulei o câmbio.

--- Acho que não posso ver homem chorar.

Ele sorri, eu o abraço ele demora, mas me abraça também.

--- Eu sinto muito. Você está se saindo muito bem é um pai exemplar e continua seguindo a sua vida apesar da dor e da saudade, não acredite no que ouviu. Você já está seguindo a sua vida você está fazendo além do que muitos fariam.

Anthony: Obrigado Lari, acho que agora posso dirigir.

Ele me solta e abre a porta do carro para que eu entre. Nem falo nada sobre o abraço vou dizer o que. Desculpe, mas não aguento te ver chorar. Melhor não.

Estamos a algum tempo na estradas e os meninos acordam.

Anthony: Vou parar no posto para cuidarmos deles está próximo.

Ben chora e eu pulo para o banco de trás sem me preocupar com minha bunda na cara de Anthony.

--- O que foi, temos um bebê com fome.

Digo para Ben.

Eu pego sua mamadeira na bolsa térmica e dou a ele a mamadeira ali mesmo já passou da hora dele mamar, para Tom tenho um copinho com suco de uva e cookies. Eu dou a ele.

--- Já passou da hora dele almoçar digo a Anthony. Agora se não quiser parar não precisa.

Ele assentiu com a cabeça.

Tom: Papai porque tá demorando pra chegar na vovó.

Anthony: Mudança de planos Tom. Onde você quer levar a Lari para almoçar?

Tom: No Mac Donald's.

Ele diz do seu jeitinho fofo.

Anthony ri.

Anthony: Porque eu perguntei. Mas você sabe se a Lari gosta de mac?

Tom: Você não gosta Lari? Ele me pergunta espantado.

--- Eu gosto Tom. Eu olho para Anthony pelo retrovisor.

Anthony: Então vamos encontrar um.

Tom: Eu quero ir do Shopping pai.

Anthony: Está pensando em levar a Lari no pula pula gigante também?

Tom sorri.

Tom: Se ela quiser eu levo ela.

Sorrimos do pequeno oportunista aproveitando as oportunidades que a vida lhe dá.

Anthony faz uma parada para irmos ao banheiro entramos em um banheiro de família e ele segura Ben para que eu use o banheiro depois enquanto eu troco a fralda de Ben ele ajuda Tom no vaso sanitário pequeno.

Termino com o Ben e seguimos para o carro.

Anthony: Quer alguma coisa Lari?

--- Algo quente seria bom.

Anthony: Pode ser chocolate quente o café você não vai gostar.

Tom: Também quero.

--- Eu divido com ele.

Anthony: Esperem no carro eu vou lá buscar.

Ele volta com três chocolates quentes naquela caixinha como nos filmes.

Anthony: Esse mais frio é do Tom. Ele diz passando para mim.

Seguimos o caminho bebendo e cantando, ensinei a música da borboletinha para o Tom. Ele gostou já que estava tomando chocolate.

As porções aqui são muito grandes e nem eu nem Tom tomamos tudo.

Anthony parou o carro jogou o liquido e guardou o lixo para jogar depois em alguma lixeira.

--- Anthony se quiser ir para casa tudo bem. Digo baixinho bem próxima a ele.

Anthony: Está tudo bem vamos fazer o que o Tom quer. A semana que vem vai ser cheia para mim eu quase não irei vê-lo.

Em meia hora chegamos no shopping, Anthony não desligou o celular e não recebeu nenhuma ligação. Se somos nós brasileiros ele precisaria desligar o celular e sei de mães que fingiriam um desmaio só para impedir o filho de ir embora.

O carro para e saio de meus pensamentos, não trouxemos o carrinho de Ben por motivos óbvios.

Pego Bem e Anthony desce Tom que segura em sua mão e vai andando.

Chegamos no Mac e Tom pede mac lanche feliz, eu peço um quarteirão duplo Anthony faz os pedidos em uma máquina e paga e aguardamos ficar pronto, colocamos Ben em uma cadeirinha ele ainda não senta sozinho, mas conseguiu ficar na cadeirinha todo feliz querendo nossa comida.

--- Quando ele faz seis meses? Pergunto

Anthony: Dia doze de outubro, daqui a duas semanas.

--- Quando ele fizer seis meses começamos a introdução alimentar.

Anthony: Acho que ele não quer esperar.

Terminamos o lanche andamos pelo shopping Tom ficou despontado porque a sala de pula pula gigante estava fechada. Ele quis chorar, mas Anthony prometeu traze-lo sábado que vem.

Seguimos para casa e Anthony passou o restante do dia no escritório só apareceu na hora de dar banho nas crianças e eu dei banho e ele trocou as crianças, ele fez Ben dormir quando já era perto das nove horas e depois fez Tom dormir, mas antes assamos e comemos pizza.

Anthony: Hoje realmente foi o dia do lixo né Tom.

Sorrimos.

Tom dormiu e eu fui para meu quarto Anthony ficou com a babá eletrônica, ou seja, me deu folga essa noite.

Assisto minhas séries falo com Marina, mas ela tem espiculado sobre a vida do meu chefe o que me desagrada. Gostaria que ela falasse sobre ela e de como estão todos por lá. Então logo dou uma desculpa e saio da conversa. Desligo a tv e logo pego no sono.

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