Graziella está andando pelos corredores da escola quando o professor a chama.
— Parabéns Graziella seu projeto foi enviado para seleção, uma grande empresa pode escolhê-lo.
— Vo..vo..
Nesse momento Isabel entra sorridente e dá um grito.
— Uhuuul, conseguimos Grazii...
— Graziella acorde menina — O professor a sacode levemente.
Graziella enfim desperta do choque e abraça Isabel, as duas quase choram de tanta alegria.
— Estou tão feliz, é sério mesmo professor? — Graziella está com os olhos marejados.
— Claro menina, e eu acho que será escolhido por uma grande empresa. Parabéns podem comemorar agora. — O professor sai da sala rindo.
— Ah amiga vamos ficar famosaaaas — Isabel grita de empolgação.
— Fala baixo, não quero que ninguém saiba, você sabe que se o grupinho ouvir estou ferrada. — Graziella fala quase sussurrando e Isabel se aquieta.
— Desculpe, então vamos — Isabel abraça Graziella e vão pelo corredor.
As duas vão andando pelo corredor quando Graziella é jogada no chão bruscamente e Isabel se assusta abaixando para ajudá-la.
— Deixe essa infeliz aí, pobretona o que faz aqui em? — Uma garota fala.
— Ela acha que vai ter alguma chance na vida kkk — Outra ri alto.
Graziella respira fundo junta seus materiais e sai correndo.
— Vocês não prestam mesmo — Isabel fala brava e vai atrás — Grazi espeeraaa. — Ela grita mas já imagina onde a amiga vai.
Depois de correr no meio do campus da universidade Graziella se esconde atrás de uma árvore gigante e Isabel a alcança.
— Desculpa eu não vi elas chegando.
— Bel não é culpa sua, elas que são más. — Graziella fala quase chorando.
As duas se abraçam e ficam sentadas conversando até que um barulho chama a atenção de Isabel.
— É ele, que homem lindo, amigaaa — Isabel está empolgada mas fala baixo para ninguém perceber que estão ali.
Graziella olha de lado e começa a rir, só a Bel mesmo para pensar nisso, ela sabe que a amiga é apaixonada por um dos alunos mais cobiçados da universidade Juan Alvarez, as meninas não podiam ver que morriam de paixão, e logo por ele sua amiga se apaixonou loucamente, sorrindo ela observa ele junto ao ainda mais bonito segundo a fama Luigi Martin, desse ninguém se aproximava muito mas claro que as dondocas sempre tentavam algo, e ele óbvio aproveitava e saía com elas, saindo de seus pensamentos Graziella escora na árvore e fecha os olhos.
Isabel não desgruda os olhos de Juan, como ela vai conquistar esse homem? Apesar de estarem na mesma universidade raramente se viam, aliás ela o perseguia com o olhar sempre que tinha a chance, já ele nem sequer a notava, e não é por falta de beleza pois é uma das mais belas, porém ele sempre estava cercado de garotas da mesma turma, o rapaz já está na segunda faculdade, sendo uns 5 anos mais velho que ela. Isabel suspira e fica ao lado de Grazi.
— Se você gosta mesmo dele tente se aproximar amiga, não fique assim. — Grazi tenta confortá-la.
— Não sei como fazer isso Grazi, olha bem as garotas que sondam ele — Isabel aponta as meninas que estão se aproximando e Grazi dá de ombros.
— Você é linda, ainda mais do que aquelas sem sal, manda elas tirarem a maquiagem — Grazi brinca e as duas riem.
A risada das duas chama a atenção e percebem que foram vistas, uma olha para a outra e saem disparadas pelo campus, logo saindo pelos portões.
Luigi e Juan decidem caminhar pelo campus, era quase um laboratório onde analisam cada menina que passa por eles, ele ouve uma gritaria de meninas mas não entende ao certo o que foi dito de longe vê uma pessoa levantar e sair correndo e o grupinho de dondocas rirem.
— Aquelas estão descartadas. — Luigi fala e Juan concorda.
— Estamos encrencados, até agora só vi beleza, mas não dá para casar só com isso. — Juan continua observando outras garotas e eles vão andando.
— Se prepara, lá vem mais — Luigi ri e uma fila de garotas passa por eles se insinuando.
— Cara isso vai ser um tédio. — Juan fala e seu telefone toca.
A ligação só o deixou mais nervoso e Luigi entende pois acaba de receber uma mensagem do pai.
— Deixa ver se eu acerto. Seu pai mandou você ir numa festa hoje? — Luigi fala quase rindo.
— Na mosca, vai começar a operação casar o filho — Juan está desanimado.
— Se te serve de consolo, eu tabmém fui convocado. — Luigi fala e caem na risada.
Eles vão caminhando e percebem um grupo de garotas estudando, se olham mais animados porém assim que aproximam veêm que é só charme e se arrependem, uma faz um decote na blusa, outra fica puxando a mini saia, as piscadinhas e os dois reviram os olhos indo para longe, já mais afastados eles continuam conversando e um som de risadas fazem olhar e notarem as duas garotas debaixo da árvore.
Luigi faz um gesto para Juan e vão se aproximando devagar para ver quem são, sem sucesso pois logo que percebem elas saem disparadas e somem portão afora. Os dois se olham intrigados, duas garotas fugindo deles, isso é novidade.
— Ou é charme — Juan olha rindo.
— Ou estão com medo? — Luigi fica pensativo mas logo estão rindo.
— Chegou a hora de ir, suportar meus pais me dando ordens do que vestir, com quem falar. — Juan revira os olhos.
— E eu então? Sem contar nos papos de máfia, por que não aparece uma bela dama e me faz apaixonar loucamente para eu me livrar do meu pai em? — Luigi ironiza e eles dão gargalhadas.
Cada um entra em seu carro e vão embora.
Longe dali, Graziella chega em casa ainda pensando nas duas correndo dos homens mais bonitos da universidade enquanto todas as meninas ficariam loucas para se aproximar dos dois, saindo dos pensamentos ela vai até a cozinha mas não encontra ninguém, seu coração acelera e ela vai até o quarto, seu pai está deitado e sua mãe coloca uma toalha em sua testa.
— Mãe o que aconteceu?
— Seu pai está com febre, mas logo passa. — Teresa responde preocupada.
— Papai — Grazi abraça o pai.
— Estou bem minha filha, logo isso passa. — Miguel fala e ela tenta se acalmar.
— Tem comida na geladeira filha, pode ir trabalhar. — Teresa fala calma.
— Tem certeza mamãe?
— Sim pequena, pode ir, qualquer coisa eu ligo. — Sua mãe sorri e ela fica mais calma.
Grazi perde a fome então apenas come uma fruta e vai trabalhar. A loja está movimentada e ela sempre tenta escapolir para ligar pros pais, sua mãe confirma que está tudo bem e ela continua seu serviço, de repente umas garotas da universidade aparecem e começam a esnobá-la, a gerente que conhece Grazi desde pequena percebe e se aproxima.
— Graziella vai até minha sala por favor. — A mulher fala e as meninas dão risada. Grazi sai de cabeça baixa.
No escritório Grazi sente os olhos lacrimejarem e tenta o máximo se controlar, respira fundo e a gerente entra.
— Me desculpa Sra Carmem, eu não fiz...
— Menina eu te conheço desde pequena, sei o que elas estavam fazendo, fique aqui até eu mandar você sair entendeu? — Carmém sorri e sai da sala.
Grazi sente um alívio tão grande e senta relaxando na cadeira, minutos depois uma das vendedoras a chama e ela volta para o salão limpando o chão, Isabel entra toda alegre e já nem parece que as outras estiveram ali, as duas se abraçam e Carmem dá permissão para ela ajudar a amiga nas compras, afinal a moça ia comprar muito.
— Ah amiga, vou ficar bem mais bonita ele vai me notar.
— Se não notar é cego Bel, pedi para a vendedora trazer roupas do seu estilo. — Grazi sorri e continua limpando os espelhos, mesmo tendo permissão ela prefere trabalhar enquando ajuda a amiga fazer compras.
Isabel apesar de rica sempre foi muito simples, ter a amizade de Grazi foi difícil e é algo que ela não vai perder, apesar de querer ajudar a amiga ela não pode, seus pais vivem uma briga na justiça para separar, lhe dão o cartão para comprar roupas e fiscalizam depois, nesse caso em especial só liberaram por que ela teve que implorar e dizer que é para chamar atenção de um milionário, o que seus pais não sabiam é que pela primeira vez ela estoraria o limite, e começou comprando roupas para ela e Grazi mesmo a amiga não querendo.
— Você vai aceitar sim, é minha amiga e nunca te dei nada.
— Está bem Bel, mas isso nem é necessário.
— Você trabalha tanto, tem que se cuidar também. — Isabel sorri.
— Não posso me dar esse luxo Bel, meu pai está doente. — Grazi fala e na mesma hora Bel a abraça.
— O que aconteceu com o tio Miguel?
— Febre, cheguei e ele estava na cama queimando em febre. — Grazi fala quase chorando.
— Vamos comprar remédios, levá-lo ao médico, o que for preciso. — Bel fala decidida.
— Então espera meu expediente terminar. — Grazi continua o trabalho e Isabel vai pagar as compras.
A loja fecha e Grazi depois de deixar tudo limpo vai embora, Bel espera na calçada e chama o táxi, as duas passam na farmácia compram remédios e vão para a casa de Grazi, ao chegar está tudo muito quieto e a vizinha vem com um olhar meio triste.
— Menina seu pai foi levado às pressas para o hospital. — Grazi escuta e deixa as sacolas caírem no chão.
Bel tenta reanimar a amiga e entram na casa, depois de uns minutos Grazi volta a si e cai em prantos.
— Amiga calma, perguntei e a sra disse que seu pai está no hospital **** vou te levar, mas tome um banho primeiro.
Grazi faz o que Bel falou e meia hora depois estão no táxi a caminho do hospital, ao chegar elas dão o nome do paciente e informam que seu pai está fazendo exames, logo Grazi encontra a mãe sentada de frente a sala de radiografia.
— Minha pequena.
— Mamãe.
As duas se abraçam, Bel não aguenta e se junta a elas, lágrimas rolam e uma tenta acalmar a outra até que a porta se abre, Miguel é levado na cadeira de rodas para outra sala, parecia tão fraco, Grazi não aguenta ver o pai assim, ele sempre foi um homem cheio de força e energia, agora parece tão doente, o que está acontecendo? Como ela não percebeu? Não parecia só uma gripe, ou apenas uma febre. Ela começa a chorar e sua mãe tenta acalmá-la.
— Filha não fique assim, logo estaremos em casa.
— Mamãe o que o papai tem? Me fala a verdade por favor.
— Não sabemos filha, as vezes ele fica ruim, tem emagrecido muito mas não sabemos o que é. — Teresa fala com a voz embargada.
— Tenham fé amiga, tudo vai ficar bem — Bel tentar ser forte por elas, ela se apegou aos pais de Grazi e não queria que nada de mal acontecesse.
1 hora depois o médico aparece, Miguel já está medicado e vai continuar internado até todos os resultados saírem, apenas uma pessoa pode ficar de acompanhante.
— Filha vai para casa descansar, eu fico com seu pai, você tem aula muito cedo. — Teresa fala firme.
— Mamãe eu...
— Sem discussão pequena, seu pai não vai gostar de saber que perdeu suas provas. — Teresa encerra o assunto e Grazi obedece.
— Está bem mamãe, diz que mandei um beijo e um abraço, estou com saudades, vou ligar para saber notícias e venho vê-lo amanhã. — Grazi fala chorosa e elas se abraçam.
— Eu fico com ela tia, manda um beijo pro tio — Bel abraça Teresa e logo segura na mão de Grazi — Vamos amiga.
As duas voltam para a casa de Grazi, Bel liga para os pais e avisa que vai dormir na casa da amiga, eles não se importam muito desde que ela vá para a faculdade.
Do outro lado da cidade...
Luigi chega em casa e seu pai já vem animado falando da festa, sua mãe com toda ternura lhe dá um abraço.
— Sinto muito meu filho. — Angela sussurra.
— Não se preocupe mamma, sei lidar com isso. — Luigi sorri a acalmando. — Boa tarde para você também pai, eu vou nessa festa, vou tentar dançar com máximo de mulheres possíveis, vou ser bem cavalheiro, e sorri muito, agora posso pelo menos descansar?
— Olha rapaz como fala com seu pai, mas tudo bem, vai pro seu quarto, sua roupa já está no closet. — António fala sério mas não se irrita, na sua época também foi assim, por sorte não demorou encontrar seu grande amor.
— Beleza pai, até mais tarde — Luigi fala subindo a escada.
Ao entrar no quarto ele se joga na cama, seu pai tinha que inventar essa coisa toda justo na semana de provas, ele só queria terminar os estudos ter a formatura e sumir para a Itália na fazenda dos avós, mas agora graças a máfia ele tem que se casar para garantir segurança a família, ele se vira para o lado e acaba cochilando.
Mais tarde seu telefone toca o acordando.
— E aí cara preparado? — Juan do outro lado da linha fala sem ânimo algum.
— Eu só queria continuar dormindo isso sim, mas já que temos que ir — Luigi vai até o closet e ri — Cara pelo menos minha mãe tem um gosto impecável para roupas.
— Que inveja, eu tive uma discussão para escolher meu belo terno smoking preto, como vamos suportar 4h de danças, decotes, saias curtas e risadas estridentes? — Juan zomba.
Os dois caem na risada e desligam. Luigi toma uma longa ducha mais quente pois está frio, sai e já começa a se preparar para a longa noite, no espelho ele está vestindo o paletó pensativo, como ele ia saber quem era da máfia, seu pai com certeza arranjou com algum de seus parceiros uma bela dama para seduzir ele, de repente seus pensamentos voltam nas duas garotas embaixo da árvore e ele se vê sorrindo " era só o que faltava Luigi, você pensar em duas fujonas" ele espanta os pensamentos e arruma o cabelo, pronto para a tortura ele ri e sai do quarto.
Luigi vai o tempo todo calado, já que seu pai queria isso ele ia fazer mas do seu jeito, chegando na festa logo encontra Juan e os dois vão para o pequeno bar conversar, algumas mulheres já se aproximam e eles educadamente sorriem fazendo elas ficarem ainda mais empolgadas.
— E aí qual o plano Luigi?
— Dance e com qualquer uma que aparecer, apenas dance e não deixe seu pai ter tempo de apresentar ninguém. — Luigi ri e Juan entende.
— Se eles querem uma nora vão ter, mas antes vamos nos divertir amigo — Juan fala e eles brindam.
Luigi vira o champanhe de uma vez e vê duas mulheres se aproximando e por sinal bem provocativas.
— Chegou a hora — Ele fala e os dois vão ao encontro delas.
Luigi e Juan se tornam a atração da festa, todas querem uma dança com eles e os dois sorriam e educadamente iam levando uma a uma para a pista de dança, puxavam algum assunto e disfarçavam o tédio, seus pais relaxam vendo que se divertem e se misturam com parceiro de negócios.
Já passa das onze da noite quando enfim Luigi se afasta do salão e Juan faz o mesmo.
— Cara que tortura, elas são sempre entediantes assim? — Juan está irritado.
— Vai ser um longo mês. — Luigi fala e os dois vão caminhando para o pátio do local e Juan começa a rir. — Do que está rindo?
— Lembrando das fujonas lá no campus, vai dizer que não ficou curioso? — Juan o olha.
— Tá, confesso, pensei nelas enquanto me arrumava. — Luigi conta e caem na risada.
— Você reconheceria? Não me lembro de tê-las visto, devem ser mais novas de outro curso.
— Reconhecer não, mas já sabemos onde elas se escondem não é mesmo? — Luigi ri e eles voltam pro salão que já está mais vazio.
Luigi faz um gesto pro pai e vai embora pois tem aula logo cedo, Juan faz o mesmo e os dois vão para a universidade.
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Atualizado até capítulo 110
Comments
Euridice Neta
Você já viu uma moça humilde ser parente pra patrícia hás sem noção?
2024-07-16
2
Ana Alice
Ainda confusa porque ela não dá um basta nessas cobrinhas metidas?
2024-01-11
5
Maria Das Graças
🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔
2023-09-08
2