Capítulo 7 - Quando vem de mansinho

Theo acorda com raios de sol batendo em seu rosto, Pillar continua dormindo profundamente abraçada a ele, que fica um bom tempo parado com medo de acordá-la ele aproveita para curtir aquele momento de tê-la ali em seus braços, inala seu perfume e beija sua cabeça. Ficou se perguntando se teria essa oportunidade novamente, ele nunca havia dormido tão bem como nessa noite, se o mundo acabasse naquele instante ele morreria feliz.

Pillar aos poucos começa a despertar e quando sente que está abraçada a um corpo leva um susto, arregala os olhos e quando olha para Theo se acalma com o sorriso que ele lhe dá.

-Buongiorno principessa!

- Bom dia Teco!

-Teco?? – pergunta Theo erguendo as sobrancelhas

- É, eu pensei em um apelido diferente pra você e gostei de Teco – responde Pillar sentando na cama se esticando

- Então eu devo pensar em um apelido diferente pra você também? – pergunta achando divertido

- Não vem me chamar de Pii não... só a Ellen pode me chamar assim

- Pode ficar tranquila não vou de chamar de Pii não, cheirosa! – responde rindo, levantando da cama

Pillar abre a boca para protestar mas, um barulho na porta chama a atenção dos dois.

- Pii sou eu, abre! – diz Ellen batendo na porta

Theo pega suas roupas que estavam jogadas no chão e caminha em direção ao banheiro. Pillar se levanta abre a porta. Ellen entra no quarto igual a um furacão falando sem parar não dando chances de Pillar falar nada. Ellen está toda feliz falando do sucesso da festa e de como se divertiu, fala que o uma equipe já desmontou e limpou tudo que elas já podem descer pra almoçar e depois curtir uma praia ou a piscina, ela só para de falar quando escuta a voz de Theo dando bom dia. Ela olha em direção a voz e vê Theo com a calça social e a camisa aberta, abre a boca e fecha olha para Pillar que está vermelha igual a um pimentão.

- Bom eu vou deixá-las a sós acredito que queiram conversar em particular – diz Theo com um sorriso travesso, ele caminha em direção a Pillar dá um beijo em sua testa e diz:

- Addio bella, a dopo!

Pillar sente vontade de matar Theo e da para ele o olhar mais sério que tem, ele por sinal não liga e sai do quarto dando risada deixado Pillar com mais raiva ainda.

- NÃO ACREDITO NISSOOO! PARA O MUNDO QUE EU VOU DESCER! – grita Ellen se jogando na cama e abraçando a amiga – Anda me conta tudoooo, como foi que isso aconteceu??

Pillar se deita na cama ao lado da amiga e começa a rir, conta tudo em detalhes quando termina de contar Ellen a encara e pergunta:

- Então vocês vão ser ter tipo uma amizade colorida??

- Sim, não queremos saber de sentimentos afetuosos mas, curtimos a companhia um do outro – responde Pillar dando de ombros

- Amiga eu acho isso muito perigoso você está correndo um grande risco de se apaixonar e não quero que você sofra – responde Ellen passando as mãos no rosto de Pillar

- Eu não vou me apaixonar nunca já disse isso pra você, não acredito no amor! – responde Pillar se levantando da cama e indo em direção ao banheiro

Pillar entra no chuveiro na tentativa de fugir da conversa com a amiga ela não quer admitir que Ellen tem razão, então simplesmente afasta esse pensamento deixando para lidar com ele em outro momento

Theo vai até o quarto que Breno estava e fica feliz em encontrá-lo vazio entra no chuveiro e as cenas da noite de ontem começam a passar como um filme em sua mente, pela primeira vez estava ansioso e com um pouco de medo de como seria dali para frente, de uma coisa ele tinha certeza não podia e nem queria ficar longe de Pillar, só precisava descobrir como conduzir a situação sem se apaixonar, na verdade sem demostrar estar se apaixonando.

Todos se encontraram na sala de jantar da casa que por sinal era bem grande, um buffet com uma variedade de comidas estava todo arrumado em uma das mesas, o grupo se resumia a umas 15 pessoas, todos amigos da faculdade de Ellen e do banco onde trabalhava. Eles haviam combinado de curtir uma praia depois do almoço.

Theo e Pillar sentaram longe um do outro na mesa mas, por diversas vezes seus olhares se cruzam. Depois de almoçarem todos se arrumaram e foram caminhado em direção a praia. As meninas tiram suas saídas de praia e ficam de biquíni. Pillar estica sua canga na areia e senta no chão curtindo a sensação do sol em seu corpo, ela pega na bolsa o protetor solar e começa a espalhar por seu corpo um dos rapazes pergunta se ela quer ajuda para passar nas costas e ela aceita.

Theo faz de tudo para controlar o ciúme que cresce dentro dele, ele fala para si mesma que os dois não tem nada sério um com outro, se levanta tira a camisa e decide dar um mergulho para esfriar as emoções, quando está saindo da água vê que Pillar está falando algo para o rapaz que faz um cara de poucos amigos e se afasta, aquela cena lhe dá coragem de aproximar dela, se senta na canga dela sacudindo o cabelo molhado em sua direção. Pillar grita e o empurra mas, acaba dando risada.

- Está tudo bem? – pergunta Theo olhando em direção ao cara que passou o protetor solar nela

- Está sim, ele confundiu um pouco as coisas mas eu já coloquei ele no seu devido lugar – responde com uma voz seria

- Nossa quanta braveza! – diz Theo empurrando os ombros de Pillar com seu

- Não estou brava, só não gosto de cantadas baratas, dessas que vocês homens usam só para levar uma mulher para cama

- Ei alto lá, eu sou inocente! – responde colando as mãos para cima – Vem vamos nadar a água está uma delícia!

- Não Teco, eu não sei nadar, morro de medo de ir para fundo e me afogar – responde Pillar fazendo biquinho

- Confia em mim cheirosa, eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você - diz Theo se levantando esticando a mão para Pillar

Ela fica um pouco pensativa mas, acaba aceitando. Pega na mão de Theo e os dois vão juntos para o mar. No início Pillar fica com medo mas Theo a segura bem firme todas as vezes que as ondas batem em seus corpos. Aos poucos Pillar vai se soltando e curtindo o momento ela já tinha ido a praia diversas vezes com Ellen mas, nunca tinha entrado na água o medo falava mais alto, tentou se escrever em algumas aulas de natação e sempre desistia mas, Theo tinha o dom de fazê-la perder o medo com ele ela sentia que podia fazer tudo.

Ellen ficou de longe observando os dois juntos na água, ela nunca tinha visto a amiga tão solta e feliz. Os dois pareciam um casal completamente apaixonados, brincavam de ficar jogando água um no outro, depois ficaram igual duas crianças brincando de pega-pega. Theo girava Pillar em seu colo sempre que conseguia pegá-la. Os dois ficaram a tarde toda juntos conversando e rindo. Ellen teve certeza naquele instante que por mais que amiga não quisesse admitir um sentimento que não era nem perto amizade estava nascendo entre os dois e por tudo que ela tinha observado o sentimento era recíproco.

Ellen ficou feliz pela amiga depois tudo que havia passado ela merecia viver e conhecer de perto o que era amor. Ellen sabia que esse sentimento existia mas, tinha certeza de que não era pra ela não depois de tudo que viveu na infância, em sua cabeça não merecia ter esses sentimentos.

A turma se divertiu bastante na praia e quando voltaram para a casa estavam todos muitos cansados e foram direto para seus quartos descansarem.

Pillar tomou um banho bem demorado colocou um pijama confortável, deixou a luz do banheiro acessa e se deitou, mexeu um pouco no celular e depois o deixou de lado esperando o sono chegar, sua mente ficou viajando no dia que teve e o sorriso travesso de Theo não saia de sua cabeça, ela estava morrendo de sono mas, por algum motivo que desconhecia não conseguia dormir. Frustrada se levantou e resolveu ir até cozinha para tomar um copo de leite morno tinha esperança que isso a ajudasse a dormir.

Quando chegou na cozinha viu Theo sentado na bancada com uma xícara de leite na mão e cabeça baixa pela cara também estava morrendo de sono.

- Não consegue dormir sem tomar leitinho neném? – pergunta Pillar assustando Theo que estava perdido em seus pensamentos

- Nossa que susto! – responde colocando a mão no coração – Estou caindo de sono mas, não consigo dormir então vim tomar um copo de leite de morno pra ver se ajuda, pelo menos era isso que Josefa me dava para ajudar dormir quando era moleque

- Eu também não consigo dormir!– responde Pillar com voz de choro

Theo se levanta pega uma xícara no armário e coloca um pouco do leite que tinha acabado de esquentar, entrega para Pillar e os dois sentam juntos na bancada, Pillar encosta a cabeça no ombro de Theo, a sensação de estar perto dele lhe causa tranquilidade e segurança aos poucos ela começa a sentir o sono chegar, olha para Theo e vê que ele também está com muito sono, ele sorria para ela se levanta pega as xícaras dos dois e deixa na pia, puxa Pillar pela mão e os dois vão juntos para o andar de cima eles param em frente ao quarto de Pillar e Theo dá um beijo em sua testa se despedindo.

Theo entra em seu quarto deita na cama e por mais cansado que está não consegue dormir, pega seu celular e começa a mexer em suas redes sociais ele procura Pillar no Instagram e assim que acha manda uma solicitação para segui-la que no mesmo instante é aceita e ele também recebe uma solicitação para ser seguido, ele entra no perfil dela que assim como o dele quase não tem publicação ele vê que ela esta online e resolve mandar uma mensagem

📱- Vai dormir cheirosa!

📱- Eu quero muito Teco mas, não consigo!

📱- Eu também não estou conseguindo

📱- Vem aqui no meu quarto conversar comigo então

📱- Tô indo!

Pillar está sentada na cama quando Theo abre a porta, eles sorriem um para outro e Theo deitada na cama, Pillar se aconchega nós braços de Theo que faz o mesmo e em poucos segundos os dois pegam em um sono profundo.

No outro dia Pillar e Theo acordam e caem na risada quando lembram que não conversaram nada e apenas caíram no sono assim que se abraçaram

Nós dois que restavam os dois não se desgrudaram e a noite quando não conseguiam dormir Theo ia para o quarto de Pillar e eles dormiram feitos bebês.

Já era domingo de tarde quando aos poucos a turminha se despedia e cada um voltava para sua realidade. Theo e Pillar trocaram telefones e se despediram prometendo manter o contato, ambos estavam com medo de como seria seguir a vida longe um do outro

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