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No jantar eu não paro de pensar naquele monstro estranho, ele era fascinante!

__ aconteceu algo? __ Tzar pergunta para mim que estou no mundo da lua.

Eu olho para Tzar e para os outros dois que estão degustando das suas comidas.

eles me encaram esperando eu responder qualquer coisa. __ vocês conhecem algo ou alguém chamado Gaia?

todos na mesa ficam rígidos ao escutar o nome Gaia! Os olhos de Tzar queimam como chamas douradas.

__ onde você escutou esse nome? __ Damian pergunta com a voz tão séria que fico apreensiva.

__ eu conheci um monstro hoje do outro lado da cerca... __ antes de eu terminar a frase Tzar me interrompe furioso.

__ você atravessou a cerca? __ ele grita bastante bravo, ele se levanta da cadeira.

Toda a montanha estremece em resposta a ira de Tzar, Fenrril engole seco como se estivesse com medo e Damian não ousa olhar para cima.

Mas eu com certeza não vou abaixar o meu olhar, para ninguém.

__ não atravessei a cerca! __ falo sem abaixar ou levantar o tom de voz.

mas Tzar ignora as minhas palavras, só tem ira no seu olhar.

__ como eles ousam mandar aquela coisa para as minhas terras! __ ele pronúncia as palavras para ninguém em especial.

Sinto o cheiro de magia antiga transbordar de Tzar, como se algo ancestral e animalesco tomasse conta do seu corpo e consciência, eu fico paralisada de medo.

não consigo reagir, aquela magia sinistra!

Fenrril se levanta da sua cadeira e tenta diálogar com Tzar. __ eles querem provocar você, não caia nas suas provocações infantis. __ a magia de Tzar parece não o abalar, ele já esta acostumado em sentir aquilo?

__ com certeza, isso é coisa do Abadon! __ Damian finaliza.

Tzar respira fundo e ele parece voltar ao normal.

Eu ainda estou trêmula ao sentir aquele poder imensurável.

__ eu vou caçar cada um desses inbecis que ousam entrar no meu território sem permissão! __ Tzar fala com autoritarismo.

__ eu vou com você! __ Damian fala.

eu me levanto da mesa depois de escutar toda aquela conversa confusa.

__ vocês vão caçar Gaia? __ pergunto ainda muito assustada.

Tzar olha para mim surpreso como se ele tivesse esquecido que eu estava ali, ele da as costas e ordena a Fenrril que me leve para o meu quarto e que não me deixe sair.

ele fala isso saindo da sala de jantar e claro que eu vou atrás bufando de raiva por ele tentar me controlar e nem se quer tenta conversar comigo.

__ eu fiz uma pergunta! você pode me responder? __ grito.

os sentinelas que estão de guarda no corredor, estremecem ao me escutar gritar daquela maneira com o seu general.

a autoridade máxima dessas terras.

Eu seguro o seu braço, forçando ele a parar! claro que não usando força, porque não possuo nenhuma! ele para, para não me machucar.

__ não me ignore! __ falo sibilando.

Tzar me segura pela cintura e desvia os olhos do meu para falar com Fenrril, mas eu não desvio os meus olhos do dele nem por um momento.

Fenrril se aproxima e toca no meu pescoço, sinto a magia dele inundar-me, o meu corpo amolece e eu não consigo ficar de pé.

Tzar me segura nos seus braços, a minha consciência oscila e eu apago com ele me segurando.

quando eu acordo o sol já está nascendo, eu me levanto em êxtase, completamente desorientada.

tento abrir a porta do meu quarto mais esta trancada, então eu bato, grito e chuto a porta esperando que alguém venha abrir ela.

mais ninguém vem.

Gaia! espero que ela já tenha fugido do território, não quero que ela morra por causa de mim e da minha burrice em confiar nessas pessoas.

meu estômago embrulha com o pensamento, então eu chuto a porta com mais força. o vestido que eu vesti ontem a noite está atrapalhando meus movimentos porque ele é muito grande e pesado.

Então eu o tiro e visto uma camisola de seda fina, que vai até um pouco abaixo do meu joelho.

os meus seios ficam marcados devido ao frio da manhã.

eu tento achar uma saída do quarto, não sei o que vou fazer depois que eu sair daqui! eu só quero sair.

a porta se abre e Amora aparece. __ você já está acordada? __ ela pergunta sonolenta.

alguém deve ter a chamado quando me ouviram gritar.

__ onde está Tzar? __ pergunto tremendo.

não sei porque estou tremendo, se é por raiva, medo ou angústia.

__ eles acabaram de chegar, depois você fala... __ eu não espero ela terminar de falar.

passo por ela e pela porta com passos largos, atravesso os corredores! os sentinelas desviam o olhar de mim.

eu encontro Tzar, Damian e Fenrril na entrada do Palácio.

Tzar e Damian estão cobertos por lama e sangu3!

sangu3?

meu coração congela. __ você m@tou ela? __ pergunto com os olhos transbordando de lágrimas.

os olhos de Tzar se arregalam ao me ver e ele engasga.

os outros dois desviam o olhar como as sentinelas fizeram.

__ que porr@ você esta vestindo? __ ele pergunta .

eu olho para baixo e percebo a roupa que estou vestindo, tinha esquecido disso.

automaticamente um manto aparece me cobrindo, Tzar me cobre sem olhar para meu corpo amostra.

na verdade ele tenta não olhar para mim com todas as suas forças.

__ porque você a deixou sair assim? __ ele reeprende Amora que esta atrás de mim.

__ me perdoe general! __ amora fala assustada.

eu o encaro com raiva. __ não fale assim com ela!

__ vá para o seu quarto e se troque, eu vou conversar com você depois! __ ele ordena.

eu engulo em seco por algum motivo.

talvez seja pela aura dominante que ele emite.

eu vou para o meu quarto e o espero pacientemente.

não me troco como ele pediu porque não sou obrigada.

Depois de um tempo esperando, eu como algo pós ele demora demais.

Tzar entra no quarto tomado banho com os cabelos molhados, e ao contrário de mais sedo ele não esta cheirando a barro e sangu3 e sim a lavanda.

quando ele vê que ainda estou vestindo a camisola sem o manto que ele tinha me coberto, ele me olha de cima a baixo descaradamente.

me devorando pelos olhos, fico envergonhada então cruzo os braços cobrindo os meus seios.

eu devia ter me trocado.

__ por que esta se cobrindo? está envergonhada agora? depois de já ter desfilado por aí desse jeito? __ ele fala debochando, com um sorriso no rosto.

mas da para sentir seus ciúmes e raiva no tom da sua voz.

__ não tem pra que se cobrir agora, todos ja viram o que tinha para vê __ dessa vez a raiva no seu tom fica mais evidente.

eu reviro os olhos.

__ você m@tou ou não m@tou ela? __ pergunto.

ele me encara com um alhar violento.

__ não mat3i! mas mandei um recado!

eu estremeço! que recado ele mandou? bom pelo menos ela esta viva! e é isso que importa.

__ satisfeita?

eu não estou satisfeita e sim aliviada, mas eu não o respondo.

ele continua a encarar o meu corpo.

__ você já pode sair __ falo entediada. __ e para de olhar dessa forma para mim!

ele rir.

__ você se veste desse maneira na minha frente e espera que eu não me delicie com a visão. __ ele se aproxima de mim.

fico atordoada com ele cada vez mais perto de mim.

eu arfo e tento manter minha respiração no seu ritmo normal.

__ vamos deixar algo claro aqui, eu nunca vou ficar com você! __ falo seria. __ não por livre e espontânea vontade.

ele fica uma expressão abatida mais logo se suaviza__ você não pode prever o futuro, floquinho!

__ Floquinho? __ engasgo com o apelido idiota.

ele rir!

ele cruza os braços exalando autoridade. __ nunca mais saia vestida assim novamente! __ ele ordena.

Eu odeio quem da ordens para mim.

__ eu me visto da maneira que eu quiser! __ eu o provoco e desdenho de sua autoridade.

ele me avalia de cima a baixo.

eu finjo normalidade.

__ faça o que quiser, mas vou lhe avisar! __ ele abaixa a cabeça e para perto do meu ouvido.

desliza a sua mão pelas minhas costas, um arrepio atravessa a minha coluna.

__ eu não vou responder por mim se eu a ver desfilando por aí vestida dessa maneira para que todos possam a ver! Eu posso não controlar os meus ciúmes e montar em você, na frente de todos para eles poderem ver que é minha. Seria um “show” e tanto!

eu arregalo os olhos completamente chocada.

ele afasta seu rosto do meu ouvido para me encarar, os seus olhos estão cheios de luxúria.

um animal selvagem diante de sua presa.

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