Júlia:
Mãe…
Marina:
Filha, eu sinto muito por permitir que ficasse com uma pessoa que você não queria, tudo por que eu não queria ir parar na rua.
Júlia:
Não íamos pra rua, eu ia dar um jeito, como sempre…
Mas como sabe, estou grávida?
Alguém te contou?
Marina:
Não, eu só sei.
Júlia:
Mãe, não faz isso, não me deixe agora!
Marina:
Acho que chegou a hora, chega de dor.
Júlia:
Mãe!
Começo a chorar, e Marcos entra no quarto com o médico.
Médico:
Bom dia.
Júlia:
Bom dia, como ela está?
Médico:
Ela não está nada bem, o câncer espalhou, já tá no pulmão e parte do fígado e não podemos fazer mais nada além de tentar controlar a dor dela…
Júlia:
Não!
Começo a chorar descontroladamente.
Marcos:
Calma, Júlia.
Você tem que se acalmar! Você está grávida.
Júlia:
Não!
Médico:
Se não se acalmar vou te retirar, sua mãe não pode ficar nervosa, o coração dela tá muito fraco, não pode ter emoções!
Marina:
Preciso falar com você, Marcos, por favor.
Marcos:
Pode falar Marina!
Marina:
A sós.
Júlia:
Mãe!
Marina:
Por favor, filha será rápida.
Médico:
Vem Júlia, vou te levar pra tomar um café.
Marcos:
Pronto ela já foi, pode falar?
Marina:
Eu sei que não tenho mais tempo para remediar o que eu fiz, mas já que não tem jeito.
Quero que cuide dela bem, e da minha neta.
Espero que você Marcos não esteja fazendo ela sofrer, você prometeu fazê-la feliz, e não foi isso que eu vi nos olhos dela.
Não a protegi quando deveria e não posso mais.
Marcos:
Tá tudo bem marina, eu vou cuidar dela com minha própria vida, mas ela tem que colaborar, sua filha é muito difícil de lidar, ela tem que aprender que quem manda sou eu, não ela. E pode ter certeza que vou cuidar delas, vamos nos casar tudo certinho.
Marina:
Espero que esteja falando a verdade…
Eu quase sem ar.
Chame ela pra mim, por favor?
Marcos:
Já volto.
Vou até a cafeteria e chamo a Júlia.
A pego pelo braço e a levo para um quartinho de despejo do hospital.
O que você disse para sua mãe?
Júlia:
Nada!
Marcos:
Não minta pra mim, vai ser pior?
Júlia:
Eu não estou mentindo, eu não disse nada!
Marcos segura em meu pescoço.
Marcos:
É melhor falar?
Júlia:
Por favor, Marcos não disse nada, eu apenas confirmei o que ela já sabia!
Marcos:
O quê?
Júlia:
Que estou esperando um filho seu, e agora você está machucando!
Marcos:
Desculpa-me, eu prometi não tocar em você.
Júlia:
Eu quero ver minha mãe?
Marcos:
Vai e toma muito cuidado com o que diz!
Júlia:
Tudo bem.
Volto ao quarto onde minha mãe está.
Ela está sem ar.
Mãe!
Chamo o médico, ele entra às pressas, coloca uma máscara de oxigênio.
Marina:
Filha!
Júlia:
Seguro em sua mão.
Não fala nada, não se preocupe, tá tudo bem.
Vejo uma lágrima no rosto dela, eu entro em desespero, as lágrimas rolam em meu rosto.
Fica tranquila, eu vou ficar bem, pode ir.
Assim que eu falo, ela fecha os olhos, os aparelhos param de tocar e ela para de respirar e solta minha mão.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Alda Guimarães
n demora postar mas capitulo por favor
2022-08-24
3
Fracielle Lima
atualize mais capítulos autora
2022-08-24
0