Capítulo 5

...Isaac ...

Depois da reunião, todos foram embora ficamos eu, Paolo e Dimitri no meu escritório. Eu me sento ao lado dos meus primos no sofá e o Dimi serve uísque para todos nós. 

-O que nós vamos fazer? - Paolo pergunta. - É minha culpa ela ainda estar viva. - Ele fala e toma a dose de uma vez.

-Você era uma criança, Paolo, não é sua culpa. - Dimi fala rapidamente. 

-Se eu não tivesse… - Eu o interrompi. 

-Não é sua culpa. - Eu falo e sirvo mais uma dose para nós. 

...Lembranças de 7 anos antes...

Um mês antes de seu aniversário

Eu e o Ian estamos no barzinho atrás da faculdade, eu tinha deixado minha irmã e a Gigi em casa, e como de costume voltamos para curtir a noite, já que em pouco tempo isso iria minha época de farras quando eu virasse capo.

-Oi bonitão. -Falou uma ruiva linda, e se sentou no meu colo. - Bebendo sozinho, deixe eu e minhas amigas te acompanhar. - Ela fala e eu já estou acostumado com isso, ela é bem gata, então eu sorrio para ela.

-Oi princesa. - Eu falo. - Fiquem à vontade… 

Eu nunca gostei de demonstrar afeto em público, com alguém que não fosse da minha família, então rapidamente eu tiro ela do meu colo, nós bebemos a noite toda e ela colocou algo na minha bebida, pois eu fiquei muito bêbado coisa que não acontecia com frequência e com muita insistência da parte dela, nós passamos a noite juntos, um grande erro.

Alguns dias depois ela começou a me perseguir na faculdade, mas ela ainda não era universitária, devido ao meu nome e meu status, óbvio que pedi ao Ian para pesquisar tudo sobre a garota, não encontramos nada óbvio, ela usava a identidade de uma garota parecida com ela.

Ela estava atrás de mim para que eu fosse ao baile com ela, mas eu já tinha prometido de ir com a Gigi, seria o baile de formatura dela também, e ela é a garota que eu queria estar ao lado, nesse dia. O baile seria uns dias depois do meu aniversário. Então eu neguei e comecei a evitar a garota. Eu odeio mulher insistente. 

Mas um dia antes do meu aniversário, a Júlia veio até mim na faculdade e falou que estava grávida, e disse que o filho era meu, de início eu não acreditei, não tinha como ser meu, como isso poderia acontecer se eu só transei com ela só uma vez e fui prevenido, eu sempre sou, mas também havia um grande branco daquela noite na minha cabeça. Eu mal olhava no rosto da garota, ela era tão chata e grudenta que tirava minha paciência, e agora eu seria pai do filho dela, e prestes a ser capo, tudo ficou mais complicado, isso poderia acabar com a minha reputação que nem começou.

No dia seguinte eu levei ela na minha festa de aniversário, todos ficaram surpresos achando que ela fosse minha namorada, mas eu não me importei, por mais que eu fosse virar capo naquela noite os comentários não me importava, eu sei o que eu estava fazendo. 

E mais tarde na festa, depois que o pessoal começou a se divertir, eu fui com ela até o escritório do meu pai e contei tudo para ele, ele observou bem a garota, mas não disse nada. Eu achei que ele fosse ficar decepcionado, me dar uma bronca, me chamar de irresponsável, mas ele apenas me olhou e pediu para garota que voltasse mais vezes, já que ela faria parte da nossa família.

Ele não me disse nada, mas também não precisou, quando ficamos sozinhos, ele apenas me olhou por um tempo e saiu da sala me deixando sozinho. Eu voltei para festa e fiquei ao lado da Júlia, sempre que ela via a Gigi, ela me beijava e me abraçava, então percebi que tinha algo a mais nisso tudo, apesar de estar com ela, meus olhos nunca estavam nela, e sim no rosto de decepção da Gigi, eu pensei em conversar com ela no dia seguinte, e explicar a situação mas não consegui, ela ficou fora o dia todo, nos outros dias, ela ficou na casa da tia Bea, e uma semana depois, ela voltou com eles para Alemanha. Ela não foi nem no próprio baile de formatura. E eu não tive nem a chance de me despedir. 

Eu fiquei bravo, irado, mas o Ian e o Tio Albert não me deixaram ir atrás dela. Eu fiquei mal na época, me sentindo culpado, com saudades da Gigi, por mais que não tivéssemos nenhum relacionamento concreto, eu precisava falar com ela, então foquei na faculdade e em ser capo, eu via a Julia poucas vezes, por mais que ela viesse diariamente, na casa da minha mãe, eu já havia me mudado para minha casa na Villa, e com o estágio na empresa eu sempre procurei uma desculpa para não estar com ela. Até que meu pai veio falar comigo.

-Até quando você vai evitar essa moça? - Ele fala sentado na mesa do meu escritório na empresa. - Isaac, você é o líder agora, não espere que eu lide com essa situação. - Ele fala sério. 

-Mas pai… - Eu começo a falar e ele me interrompe. 

-Mas pai, o que? - Ele fala. - Você cometeu um erro, mas ao invés de consertar você está fugindo da garota. Você nem se deu ao trabalho de saber quem essa garota é, ela vem quase todos os dias a nossa casa. - Ele fala e passa as mãos pelos cabelos. - Eu não disse nada antes, porque achei que você saberia lidar com isso,  mas você está fugindo como um cachorro assustado. - Então ele se levanta e vai até a porta. - Você tem um mês para lidar com ela, ou eu tiro você de líder e coloco seu irmão. - Ele sai e eu jogo tudo que está na minha mesa no chão. 

Meu pai não sabe, mas eu já sei tudo sobre a garota, eu pesquisei junto com o Ian tudo sobre ela, mas não encontramos nada comprometedor, isso não envolve ninguém. E graças a Deus eu fiz isso sozinho, pois o pior não é o que ela veio fazer, o pior é o que descobri através dela.

Fim das lembranças. 

-Zac…. - Dimi me chama. - … Zac… - Ele fala novamente então eu saio do meu transe.

-Oi. - Eu falo e só tem ele sentado na minha frente.

-Você não acha que está na hora de contar ao seu pai sobre a Júlia?- Ele fala e eu o encaro.

-Eu acho que o papà já sabe sobre ela, ou ele não teria deixado ela chegar onde chegou. - Eu falo e me sirvo de uma dose de uísque. - Você e o Paolo a capturem e tragam ela para mim. - Eu falo e olho para janela que me dá visão do imenso jardim atrás da minha casa. - Eu não vou deixar ela fugir dessa vez.

Lembranças do Isaac 

-O que você está fazendo aqui?- Eu pergunto para Júlia que está no quarto do Josh.

-Na… nada… - Ela gagueja - Apenas lendo para esse homem. - Ela fala um pouco mais confiante.

-Quem deixou você descer aqui? - Eu pergunto.

-Eu sou mãe do filho do Capo, acha que alguém me proibiria de ir a algum lugar nessa mansão. - Ela fala irônica. 

Eu nunca vim até aqui, eu odeio esse cara, e vê-lo me dá mais ódio por tudo que ele fez minha família passar. Irritado por encontrá-la aqui eu pego ela pelo braço e a arrastei para fora da masmorra. 

-Me solta. - Ela grita, eu a ignoro e continuo a levando para fora.

Eu viro para os soldados que estão vendo a cena.

-Ela é proibida de entrar aqui. - Eu falo com a voz fria.

E ela continua se debatendo então eu a solto, e ela cai no chão, chorando. Eu sei que tudo isso é falso e reviro os olhos. 

-Se levanta e vamos para casa. - Ela me olha e não faz nada. 

-Você não manda em mim, eu não sou obrigada a te obedecer. - Ela fala e eu pego no queixo dela e a faço me encarar.

-Não testa minha paciência. - Eu falo e a solto. - Eu já estou fazendo demais por você. 

Ela continua chorando, mas se levanta e me segue… 

Fim das lembranças 

-Deixar quem fugir meu filho? - A voz do meu pai me tira dos meus pensamentos. 

Eu o encaro, ele está apoiado nas muletas, junto do tio Albert e a Gigi.

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...Oi pessoal, infelizmente eu estou em período de fim de semestre e sem meu notebook, então está difícil de escrever meus capítulos e estudar, eu irei postar mais capítulos de uma vez, peço que se puder curtir e comentar em todos eu agradeço e também que aguente mais essa semana, na próxima se der tudo certo eu já volto com as postagens diárias....

...Um beijo e boa leitura. ...

...Silk - 23 anos ...

...Elizabeth - 21 anos...

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