...Isaac...
Ela me olha e se senta na mesinha, eu coloco o prato na frente dela, o copo de suco ao lado e ela me olha desconfiada, mas começa a comer.
-O que leva ao chefe da Famiglia a vir me servir me sinto honrada. - Ela fala rindo, mas eu sinto a provocação no ar, desde de pequena ela sempre teve uma língua doce e afiada..
-Você merece, depois de me abandonar aqui por tanto tempo. - Eu falo sarcástico, eu não consigo aceitar o fato dela ter ido embora do nada.
-Eu não te abandonei Zac, eu apenas segui em frente. - Ela fala e me encara. - E minha irmã estava grávida de trigêmeos e recém casada. - Ela fala e toma um gole de suco. - ela precisava de mim, Zac. - Ela fala e volta a comer.
Então eu a encaro com a sobrancelha erguida. Eu respiro fundo e vou até a cama dela e me jogo lá Porque isso me deixa tão frustrado, ela sempre foi a pessoa que eu mais confiei nessa casa..
-Eu senti sua falta! - Eu falo sinceramente e ela se engasga.
-Eu… - Cof…cof..- Também - Cof..cof… - Senti. - Ela fala encarando o prato. - Mas foi necessário na época, ela fala e volta a comer.
Nós ficamos em silêncio, enquanto ela termina de comer. E depois se vira para mim, e se senta com as pernas cruzadas, isso faz com que seu short suba um pouco, eu observo e pigarreio, sentando na cama, eu tento desviar o olhar de suas pernas, eu já estou meio duro, não quero tornar isso constrangedor e ter que sair correndo do quarto dela, igual quando eu era adolescente.
-Quer mais? - Eu pergunto e ela passa a mão pela barriga.
-Estou cheia, obrigada! - Ela fala e sorri para mim, igual quando éramos mais novos.
Eu também sorrio com a lembrança e fico encarando ela com a lembrança do tempo em que éramos adolescentes, ela sempre foi linda e sincera comigo, quando nos perdemos, quando nossa amizade esfriou, quando deixamos de ser amigos.
-Hmmm… - Eu falo e a encaro. - Então você vai se casar? - Eu pergunto, isso está rondando minha cabeça desde do comentário nada inocente da dona Amara.
-Sim. - Ela pigarreia e desvia o olhar. - Como diz a Anto, já estou passando da idade. - ela sorri sem humor.
Eu me aproximo dela e passo a mão por seu rosto. A pele dela continua delicada como uma seda assim como eu me lembrava. Ela fecha os olhos, e aconchega o rosto na minha mão. E eu me lembro dessa mesma cena, no meu quarto, quando demos nosso primeiro e único beijo. Tentando tirar isso da cabeça, e vendo a expressão dela, eu não consigo entender porque ela quer se casar.
-Você não precisa se casar, se não quiser. - Eu falo sinceramente e passo meus dedos pela sua bochecha, ela é parte da família Barletta, meus pais tem ela como protegida, ela pode viver a vida dela sem ser obrigada a se casar, só basta ela querer.
-Infelizmente é preciso. - Ela fala e se levanta ficando frente a frente comigo, nossos corpos estão tão próximos, que se eu abaixar minha cabeça eu posso beijá-la. - Não posso ficar nas costas da minha irmã para sempre. - Ela fala e dá mais um passo curto para frente colando nossos corpos colados, meu coração acelera, minha respiração fica irregular, mas que mer’da é essa.
-Você é forte, independente… - Eu começo a falar e desço minha mão pelo pescoço dela e ela fecha os olhos novamente, e eu alinho nossos lábios.
-Mas ainda faço parte da Famiglia e as mulheres da Famiglia tem que se casar. - Ela fala e se afasta. - Casar pura. - Ela fala e aponta para o volume no meio das minhas pernas. - Vou me trocar, você ainda tem algo a dizer? - Ela fala entrando no closet.
Eu sorrio bobo, e jogo minha cabeça para trás, ela vai acabar comigo ou eu vou acabar com um sério problema de bolas roxas. Ela está mais ousada, mais mulher, não que ela não fosse na época, mas tem algo nela agora, algo que eu não consigo explicar. Você não pode vê-la assim Isaac, ela é da família.
-Eu preciso trabalhar. - Eu falo com os olhos fechados.
-Ainda com o acidente do Tio? - Ela fala de dentro do closet.
-Sim, ficamos sem nada, mas o Pietro encontrou uma pista nova. - Eu falo e ela sai do closet com uma calça legging branca, uma regata também branca e um tênis.
Eu observo cada detalhe do corpo dela, e ela me olha com os olhos semicerrados. Então ela abre um enorme sorriso.
-Pode parar de olhar para mim como se eu fosse a chapeuzinho vermelho e você o lobo mau. - Ela fala e dá uma gargalhada, que saudade, a risada dela parece música nos meus ouvidos e eu acabo rindo junto.
Eu pego a bandeja com as coisas para levar para cozinha, e me lembro da festa de Halloween da escola que nós fomos de lobo mau e chapeuzinho, ela ainda se lembra disso, depois de tantos anos. Eu caminho até ela, e me abaixo bem próximo ao seu ouvido.
-Eu ainda tenho minha fantasia, se você quiser brincar. - Eu falo e a pele dela se arrepia, então eu deposito um beijo, um pouco abaixo da orelha dela. “Eu não posso, mas como eu quero” eu penso. - Mas agora eu vou trabalhar.
Ela fica me encarando e seu rosto está corado, eu aceno com a cabeça para porta, para que ela abra, ela abre e passa por mim, depois que eu saio ela fecha a porta. Nós descemos as escadas, ela vai em direção ao escritório e eu vou para cozinha. Mas antes de entrar no corredor ela volta correndo até mim.
-Eu também tenho a minha. - Ela fala corada. - Mas talvez eu não queira usar com você. - E com um sorriso zombeteiro ela vai embora.
Atrevida, eu que já tinha controlado minha ereção, ela volta com força, quando eu me lembro do quão gostosa ela ficou nela com 15 anos, eu imagino ela vestindo agora, ela vai me matar, eu vou ser um defunto antes dela voltar para Alemanha. Eu fico com um sorriso bobo no rosto e vou em direção a cozinha. Eu coloco as coisas na pia, e a Nana me encara.
-Pelo visto a menina Giulia, trouxe seu sorriso de volta. - Nana fala ainda me encarando.
-Só estou feliz Nana. - Eu falo e pego uma maçã e dou uma mordida. - Ela me faz feliz. - Eu falo com um tom um pouco melancólico, mas verdadeiro.
Eu dou um beijo na testa da Nana, e vou em direção ao meu carro, para ir para minha casa. A Gigi sempre foi o motivo dos meus sorrisos, pena que eu só percebi isso depois que ela foi embora, ou as coisas poderiam ter sido diferentes.
Eu sempre me contive com ela, pelo fato de ela ser parte da família, mas por mais que eu tenha tentado todos esses anos, eu nunca consegui ver ela como uma irmã, ela sempre teve um lugar especial no meu coração e na minha vida.
Eu entro na minha casa vazia, e eu vou para o meu escritório, eu coloco um pouco de uísque no copo, e viro de uma vez. Eu preciso focar no trabalho. Então o Dimitri, Paolo e Pietro entram no meu escritório e se jogam no meu sofá.
-Cade o resto do pessoal?- 0 Dimi pergunta.
-Eu que vou saber. - Eu falo dou de ombros e me sirvo mais uma dose, e o Ian entra no escritório. E eu sorrio, para cara de bobo que ele está.
-Olha o humor do nosso princeso melhorou. - Pietro fala e eu reviro os olhos.
-Efeito Giulia. - o Ian conclui.
-Ah verdade, ela ia chegar hoje. - Paolo fala, ele anda distraído esses dias, eu tenho que conversar com ele depois.
-Vamos trabalhar em vez de cuidar da minha vida, pirralhos. - Eu falo.
-Zac e Gigi embaixo da árvore, dando beijinhos… - Pietro começa a cantar a musiquinha irritante e eu dou um tapa na cabeça dele.
-Para de graça. - Eu falo sério.
-Boooommm. - Ian fala interrompendo a bagunça. - Eu já liguei para o Lucian, ele e a cavalaria chegam amanhã… - Ele fala mas é interrompido pelo Ren e o Théo.
-A Silk vem? - Théo pergunta e eu reviro os olhos novamente, quando meu irmão vai crescer.
-Sim. - Ian responde.
-Aquela Ali, é muita areia pro seu caminhãozinho pequeno Théo. - Dimi fala zuando ele.
-Dio, parem de falar de mulheres e vamos focar no que interessa, stronzos¹ - Minha irmã fala entrando no escritório e se sentando ao lado do Ian. Eu vou até o cofre pegar os papéis que o Pietro trouxe mais cedo.
-Os filhos do Tio Elliot não vieram? - Paolo pergunta.
-Não precisamos deles agora. - Eu falo e vou em direção a minha mesa. - Quando precisarmos deles de verdade, eu os chamo, eles tem que ajudar o tio, capisci². - Eu falo e tiro os papéis do envelope e passo para minha irmã.
-É a Varya e a Julia. - Minha irmã fala.
-Julia? Tem certeza? Não é possivel. - Eu falo e o Paolo e o Dimitri me encararam sérios.
-Homens… - Ela fala e tira uma foto da foto com seu aparelho celular.
Ela passa um tempo com o aparelho na mão, enquanto os outros olham as fotos. Depois de um tempo com todos em silêncio, ela passou o aparelho para mim e na foto ela colocou os cabelos ruivos, sardinhas, a franjinha e pintou os olhos de preto, e sim merda é a Julia.
-Você pode não se lembrar dela, mas você namorou com ela por meses quando tinha dezoito anos, e eu dificilmente esqueço um rosto. - Ela fala e ela tem toda razão.
Dimi se levanta e vai até o bar e se serve de uma dose de uísque, o Paolo fica quieto apenas me encarando, e eu fico mudo, ela tinha que voltar? logo agora? Mas que mer’da.
-Pode ser ela. - Eu falo tentando parecer calmo.
-Se a prima falou, eu acredito. - Pietro fala.
-As vezes é coincidencia. - Dimi fala depois de virar o copo, e servir outro.
Eu passo as mãos pelos cabelos e respiro fundo, o que ela está fazendo com a Varya filha do Orlov, e o que elas tem haver com o acidente do papai?
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^^^¹Stronzo \= Idiota.^^^
^^^²Capisci \= Entendeu ou você entende.^^^
^^^Ah sim, vocês vão voltar a ver algumas expressões em italiano, e alemão também. Porque para facilidade deles todos falam em inglês, então eu vou voltar a destacar expressões, mas caso vocês não gostem comentem que eu mudo antes de postar.^^^
...Dimitri - 22 anos...
^^^Como eu não me lembro de ter postado fotos do Josh, o filho dele com a Katherine. vai ser esse gato aqui mesmo, imaginem que o Josh era parecido com ele, e os olhos ele herdou da mãe, já o Josh apesar de ser vilão, ele também era bonito, já que era um membro da Família Barletta^^^
...Julia - 25 anos...
Postei foto dela, porque vocês vão saber o que aconteceu entre ela o Zac no próximo capítulo (apesar que vocês já devem imaginar devido ela estar com a irmã mais nova do Josh, para quem não se lembra o Orlov tinha um caso com a mãe do Josh e eles tiveram uma filha, se eu troquei o nome dela, vai ser Varya agora, quando eu tiver revisando o outro livro eu troco, caso eu já tenha dito antes.) e também para que vocês possam imaginar, como ele conheceu ela e o porquê de ele não ter reconhecido ela logo de cara.
Deixem suas teorias, eu já mudei o começo da história por causa da interação entre a Juliana e a Estefany, eu gosto mesmo quando vocês interagem e eu sempre leio as opiniões e se caber na história eu coloco, porque os livros sempre ficam mais legais com vocês. Ah e respondendo a Ivete, pode deixar que o Zac vai passar mal na mão da nossa querida Gigi, nada de se entregar fácil.
beijos e boa leitura.
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Atualizado até capítulo 97
Comments
Andrea Ribeiro
quando Beatriz casou , gigi tinha 6 anos. tem una fala q gigi, diz q volto pq a irmã esta recém casa e grávida dos trigêmeos... não confere. pq ela só foi embora depois dos 18 anos do zac.
2024-01-24
1
Erika Paixão
oiii autora qual foi o livro que falava deles no começo??
2024-01-17
1
mendy martins
qual livro??
2023-10-26
4