capítulo 14

Amélia

E ali estava eu dando apoio a Eliza e morrendo por dentro. Vejo Oliver consolando ela, eles se olham tão profundo que naquele momento só me faz desejar que tudo fosse um pesadelo e que iria acordar logo.

Pouco depois ouvimos o piloto dar o sinal e, não faço ideia de como criei coragem para ouvir daquele avião.

Caio na água, e o mais rápido possível tento subir de novo a superfície. O tempo estava fechado, havia começado a chover e o mar agitado. Vejo Oliver perto de mim e Elizabeth ao longe. O avião cai no mar e as ondas ficam maiores e mas fortes.

Naquele momento entrei em desespero. As ondas me levavam para debaixo d'água e quanto mais eu resistia menos força eu tinha. Novamente eu afundei, eu tentava subir mas não conseguia, já quase sem ar, sinto algo me puxar. Chego a superfície e tomo fôlego, sou puxada para cima de algo. Abro os olhos e vejo Oliver.

Oliver: Amélia! Amélia! Está me ouvindo ?? ele pergunta ofegante

Balanço a cabeça em sinal de sim. Insisto para que meus olhos fiquem abertos, eu estava perdendo os sentidos. Oliver havia me colocado em cima de um dos destroços do avião e estava segurando em uma das pontas. Ele olhava em volta desesperado.

Oliver: ELIZABETH!! ELIZABETH!!

Escuto ele gritando, tento olhar em volta em busca dela mas, também não a vejo.

O mar já estava mais calmo, a chuva havia parado, o céu ainda estava fechado. Procuramos em volta em busca dela, Oliver já estava perdendo suas forças quando ouvimos o barulho de um helicóptero.

O resgate havia chegado. Um socorrista desce por uma corda para nos ajudar a subir. Sou levada primeiro e em seguida sobem Oliver. Dentro do helicóptero havia mais um socorrista para dar suporte no resgate e os dois pilotos.

Oliver estava desacordado, suas forças haviam cedido e eu estava ali relutante para não me deixar apagar. Estava preocupada com Eliza.

O outro socorrista começa a subir e fica pendurado a procurar de Elizabeth e o piloto. Eles avistam uma pessoa e se aproxima do local. Eles sobem com a pessoa e quando vimos era o piloto.

Eles continuam procurando por Elizabeth, o tempo começou fechar novamente. Ouço eles dizendo que o socorro por mar havia chegado e que agora era com eles. Eles saem dali nos levando para o posto de resgate.

Socorrista: Está tudo bem agora senhora, já pode descansar.

Amélia: E a Elizabeth?! digo preocupada

Socorrista: Iremos achá-la fique tranquila!

Eu já não tinha mais forças e me agarrei naquelas palavras de que iriam achá-la. Fechei meus olhos e cedi ao cansaço.

Acordei e não fazia ideia de onde estava. A claridade era muita e aos poucos meus olhos foram acostumando e por fim consegui abrir os olhos. Estava no que seria o quarto de um hospital. Havia um acesso correndo soro em meu braço. Sentei na cama e tentei me levantar.

Fiquei em pé e comecei a caminhar, estava um pouco tonta e quando fui dar o próximo passo acabei caindo no chão. Quando fui tentar me levantar entrou alguém no quarto.

Pessoa: Não devia ter se levantado senhorita, ainda está muito fraca.

Amélia: Precisava saber onde estou digo constrangida

Pessoa: Eu sou o doutor Bastos, vem vou te ajudar a voltar para a cama.

Ele me levanta e me ajuda a voltar para a cama. Ele era um homem que se muitas olhassem não diria que se parecia com um médico, estava mais para um personal trainer.

Bastos: Agora que acordou senhorita, vou solicitar alguns exames complementares e se tudo estiver certo em alguns dias receberá alta.

Amelia: Doutor, há quanto tempo estou aqui?

Bastos: Bom Amélia... posso te chamar assim?

Amélia: Sim claro...

Bastos: Já faz cinco dias desde que chegou, você passou por uma situação que podemos dizer que esgotou suas energias, sua recuperação tem sido boa e estávamos animados com sua melhora. Seu amigo por outro lado...

Naquele momento me lembrei de Oliver e Elizabeth, meu Deus como será que eles estavam?!

Amélia: Elizabeth e Oliver, como estão??

Bastos: O senhor Oliver ainda está inconsciente já Elizabeth...

Amélia: Por favor doutor não diga que ela...

Bastos: Não, não, ao contrário... ela... não foi encontrada. Sinto muito Amélia! As buscas por ela ainda continuam, esperamos boas notícias.

Começo a chorar, estava desolada com essa notícia. Minha cabeça começou a doer e logo o médico me deu um remédio que me fez dormir novamente.

Quando acordei de novo, eles haviam trago algo para eu comer, o médico veio novamente me ver. Colheram sangue, e logo depois me levaram para fazer mais alguns exames.

Eu pedi para ver Oliver. Eu ainda estava inconsolável pelo sumisso de Eliza, e sabia que ele ficaria pior quando soubesse...

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