Aurora conhece Jeferson

Jeferson não encontra saída para a crise financeira que está passando. Ele liga para Thomas, seu amigo e advogado pessoal e empresarial.

- Oi\, meu amigo! Tudo bem?

-Tudo bem! E com você, com a Laura e o Cássio?

- Estamos bem. Você recebeu meu e-mail?

- Recebi sim. Vamos marcar de conversar amanhã?

- Claro\, vamos! Pode ser ás 16hrs?

- Pode ser! Eu sinto muito por tudo o que está acontecendo - diz Thomas.

- Obrigado!  Eu me sinto perdido\, estava tudo indo bem. Minha mãe não pode ficar sabendo\, ela já está mal...

- Eu sei\, não se preocupe! Estamos juntos nessa! - Interrompe Thomas.

- Eu preciso reconquistar alguns fornecedores e parcerias novamente\, a grande maioria me abandonaram.

- Olha\, eu te aconselho ir a festa de inauguração da nova galeria do Ítalo Fonseca\, a maioria dos fornecedores e potenciais parceiros estarão lá.

- Sério? Eu acho que recebi um convite\, mas acabei nem dando importância. Quando é?

- Hoje a noite.

- Nossa\, preciso me arrumar então\, tenho que impressionar\, né? - diz dando risada.

- Se não for para impressionar\, não seria você amigo.

O dois caem na risada, depois se despedem. Jeferson sobe toma banho e vai colocar uma blusa social e uma calça jeans. Passa um perfume com uma fragrância incrível. Jeferson desce as escadas e vê Cássio sentado a mesa esperando-o.

- Não vai janatr em casa\, não é? - diz Cássio chateado.

- Me perdoe! Eu preciso ir em uma inauguração...

- Não precisa de se explicar! Está tudo bem! - interrompe Cássio.

- Eu vou te recompesar\, irmão! - diz Jeferson dando um beijo na testa de Cássio.

Aurora

Aurora está estudando, tem vários trabalhos da faculdade, mas alguém interrompe e bate na porta.

- Pode entrar - grita Aurora.

- Oi filha\, tudo bem ?

- Oi mãe\, tudo sim e com você? - diz Aurora intrigada com a visita da sua mãe.

- Sim\, eu e seu pai queremos conversar com você!

Nisso entra João, o pai de Aurora.

- Claro! - Aurora desliga o notebook e direciona sua atenção para eles.

- Olha filha\, hoje tem a inauguração da galeria do Ítalo\, e gostaríamos que você fosse.

- Eu tenho prova segunda\, preciso terminar a revisão e fazer meus trabalhos pendentes.

- Filha\, hoje é sexta\, amanhã você termina! A mamãe já até comprou um vestido lindo para você.

Marta tira da sacola um vestido preto, bem decotado e curtinho. Aurora suspira.

- Mãe! Você deveria me consultar antes! Pai\, você concorda com isso?

-  Com o vestido não, achei muito curto e decotado. Mas, sobre você ir no evento eu concordo.

Aurora suspira novamente.

- Eu vou falar! - diz Marta ansiosa.

- Nós queremos que você conheça alguns rapazes\, você já tem 20 anos\, está na hora de arrumar um bom rapaz\, de boa família. Que possa ajudar seu pai com a empresa...

- Que? Eu sou um objeto para vocês? Eu não quero ninguém! - Aurora responde irritada.

- É melhor pensar direitinho\, ou quer acabar que nem o Junior? - pergunta João.

João tem 48 anos, ele é dono de uma empresa de equipamentos médicos e também atua no hospital público de São Paulo, sua especialidade e cardiologia. Ele é bem frio com seus filhos, autoritário e não aceita o não como resposta.

- Ele pelo menos é feliz! - Aurora diz entre os dentes.

- O que você disse? - pergunta João zangado.

- Eu não quero ir!

- Não estamos pedindo\, estou mandando! - grita João.

-Vamos meu amor, você vai adorar! - Marta tenta amenizar a situação.

    Marta tem 44 anos, é dermatologista. Ela vive na sombra de João, ele manda e ela obedece, mesmo que isso a machuque. João e Marta empurram o casamento com a barriga, somente para sustentar as aparências. Marta lamenta ter se distanciado de Junior, ela não quer perder Aurora também. O seu Pai Leonel não queria que ela tivesse casado com João, porém, Marta bateu o pé, e para enfrentar seu pai ela se casou mesmo contra avontade do pai. E por issso, vivem sem se falar. Leonel é dono das maiores empresas automobilisticas do Estado de São Paulo. Aurora e Junior sempre tiveram um carinho imenso pelo avô, todos os finais de semana iam para lá encontrar com os primos.

    Aurora se arruma contrariada, e coloca o vestido que sua mãe trouxe só para contrariar seu pai, já que o mesmo não gostou. Os três vão para a inauguração. Durante a ida Aurora não abre a boca para dizer nenhuma palavra.

Jeferson

Ele chega na inauguração, grande parte das mulheres fixam seus olhos nele, com desejo elas olham para ele. Ele passeia pela galeria, conversa com algumas pessoas, o intuito é garantir parcerias. Ele está conversando com Pedro, um grande investidor da área tecnológica, e primo de Aurora. Jeferson passa um bom tempo conversando, pois, sua empresa é ligada á área tecnológica, Pedro seria um ótimo investidor. De repente, Jeferson olha em direção a porta, e seus olhos se encontram com os de Aurora.

- Caraca\, que mulher! - diz Jeferson bem baixinho.

- Falou comigo? - pergunta Pedro.

- Não\, quem é aquela garota? - pergunta olhando para Aurora como se fosse um pedaço de carne.

- Minha prima! Vem cá vou te apresentar.

Jeferson fica sem graça, ele até tenta sair daquela situação. Mas já era tarde.

- Oi tio! Oi tia! Oi Aurora! - diz os cumprimentando.

Todos os cumprimentam, depois Pedro se direciona para Jeferson.

- Este aqui é Jeferson! - Pedro aponta para Jeferson.

João olha com desdenho. Ele sabe sobre a crise da empresa de Jeferson.

- Prazer\, senhor e senhora Barcelos! - diz Jeferson beijando a mão de Marta.

- Prazer\, senhorita Aurora! - beija a mão de Aurora.

Eles trocam olhares, Jeferson pretende ficar com Aurora aquela noite, ele sempre tem a mulher que quer, ele não aceita perder nunca. Jeferson fica obsecado pelas curvas e a beleza de Aurora, ele faria de tudo para té-la,

Aurora

Aurora entra por aquela porta, mas querendo sair correndo, ela vê um homem que a encarava, então, ela o encarou novamente para deixá-lo sem graça. Esse homem se aproxima, seu primo Pedro que o traz até eles. Ela tem vontade de sair correndo, mas já era tarde. Ela percebe que seu pai não gosta daquele homem, e  resolve provocar seu pai, paquerando Jeferson. Ela não fazia ideia da fama de Jeferson, mas seu pai sabia muito bem. O pior de tudo, que não era esse o fato do seu pai não querer a filha perto dele, mas sim por Jeferson estar falindo.

Aurora vê Jeferson pegando bebidas e resolve se aproximar, somente para seu pai se arrepender por ter levado ela obrigada naquela festa.

- Oi\, pode pegar um copo para mim! - Aurora puxa conversa.

- Claro! - diz Jeferson entregando o copo para aurora.

**Jeferson e Aurora **

Jeferson leva um susto com a chegada de Aurora. Ele logo imagina que ela quer ir para a cama com ele.

- Você está linda! - diz Jeferson com jeito sedutor

Aurora tem vontade de deixar ele falando sozinho, mas ela fica, pois ela quer deixar o seu pai bravo. Eles bebem algumas taças e Aurora está embriagada.

- Obrigada! Vamos dançar? - Aurora fala no ouvido de Jeferson.

João olha aquela cena, Aurora está quase beijando-o. Jeferson estava aproveitando o momento. Jeferson beija o pescoço de Aurora, fazendo-a se arrepiar toda. João fica furioso e se aproxima.

- Aurora vamos! - João fala zangado.

- Agora não! - Aurora desafia seu pai.

Jeferson fica preocupado, João estava o encarando com muita raiva.

- Vamos Aurora! - João puxa-a pelo braço.

Ela sai reclamando, todos a olham e João sente uma vergonha imensa da situação. Antes que pudessem sair um investidor para para conversar com Marta e João. Aurora se senta a mesa para esperá-los. Jeferson se aproxima.

- Você é uma mocinha bem rebelde\, né? - diz Jeferson.

- Sim\, se não gostou não posso fazer nada! Eu só queria provocar meu pai! - diz Aurora sendo ríspida.

Jeferson fica surpreso com a reação de Aurora, ele nunca foi tratado daquela forma. Estava acostumado a ter quem queria e quando queria.

- Me desculpa incomodar! Com licença! diz Jeferson.

Aurora percebe que foi muito dura com Jferson.

- Ei! Me desculpa pela grosseria! Eu não queria estar aqui! - diz Aurora se lamentando.

Jeferson se aproxima e senta a mesa.

- Eu também não queria estar aqui!

- E por que veio? Alguém te obrigou? - pergunta Aurora.

- Quase isso!

Quando Jeferson ia explicar para Aurora o acontecido, João chega a puxando pelo braço.

- Vamos! - diz João.

- Ai\, está me machucando!

- Calma\, está machucando ela! - diz Jeferson.

- Não se meta comigo! Cuide da sua vida ou verá  do que sou capaz! - diz João apontando o dedo na cara de Jeferson.

João sai arrastando Aurora. Jeferson observa a cena de longe sem poder fazer nada.

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