Os pneus do carro são atingidos e Angelo perde o controle batendo em uma árvore. Augusto sai do carro com sua arma e atira em direção ao carro perseguidor. Ele leva um tiro no peito e cai. Helena fica desesperada:
Helena- Angelo? O Augusto?
Angelo- Desculpe, senhorita! Deveríamos ter solicitado uma equipe maior de seguranças para protegê-la. Venha comigo, por favor. Precisamos sai daqui e pedir ajuda.
Ao saírem do carro, Angelo levou um tiro de raspão na cabeça e outro acertou em seu ombro por cima do peito. Ele se escora no carro. Sangue jorra pos sua roupa e Helena começa a pressionar o local do tiro.
Helena- Angelo? Por favor, não morra! – Grita abalada.
Dois homens se aproximam, vendo que Angelo está sem vida, segura firme no braço de Helena e a levam para o carro deles. Helena tem suas mãos amarradas, é lançada para dentro do carro com força. O bandido pega um caminho à direita e acelera o carro seguindo para uma casa antiga.
Bandido 1- Essa mercadoria é de ponta! Vamos aproveitar ela antes de fechar negócios. – Diz malicioso olhando pelo retrovisor.
Helena- Por favor, não me machuquem!
Bandido 2- Não podemos fazer essa promessa. E quem solicitou isso, quer você bem marcada.
Helena- Quem pagou vocês?
Bandido 1- Alguém que quer você morta. Fui pago para seguir seus passos e dar um fim em você. Mas acho que vou ficar com você por um tempinho até me cansar. Depois vendo você para o Enzo. Ele vai adorar ter você em sua coleção.
Helena está com medo e ódio, em seus pensamentos crê que foi sua sogra que encomendou sua ruína. À medida que a sua raiva vai se acumulando, seu nariz começa a sangrar. A única suspeita de querer fazer isso é a Carina, afinal, ela deixou bem claro com as humilhações no shopping, a atitude rancorosa no jantar e agora um sequestro relâmpago. Ela já estava se preparando toda a semana para isso. Alguns flashes de movimentos e sangue vem na mente de Helena, o bandido pára o carro em frente à casa e o bandido 2 puxa Helena para fora. O celular toca e Helena ouve o que o bandido 1 conversando.
Bandido 1- Ela já está comigo... Não se preocupe, ela não voltará para ele... esse serviço foi o melhor, além do dinheiro recebido, essa mercadoria aqui vai me render ainda mais... Foi bom fazer negócios com você.
Helena- Me larga!- Grita twntandonse soltar do bandido 2, mas é em vão.
Bandido 2- Calma gata brava! Vai me deixar mais excitado!
Bandido 1- Eu serei o primeiro. Leve ela logo para dentro! - Ordena.
Helena é impelida para dentro da casa. Vê um punhal pequeno na roupa do bandido que a empurra, cria coragem e de súbito consegue pegá-lo e cravar no pescoço dele.
Bandido 2 – Sua maldita! – Grita enraivecido.
O bandido 2 se rende por causa do corte profundo que está jorrando sangue, enquanto Helena tenta pegar sua arma. Mesmo com dificuldade ela consegue, mas é arremessada contra a parede e bate a cabeça. O bandido 1 entra e vê o estado do comparsa e diz:
Bandido 1- Você é bem arredia! Não me cause problemas, sua puta!
Helena se vira, olha para ele e atira na cabeça dele que cai sem vida. Helena desliza sobre a parede até se sentar, vendo a quantidade de sangue ao seu redor, suas lembranças vêm com força. Gritos desesperados de socorro, uma mulher ensanguentada em um lugar que parece ser uma galeria de arte, pinturas sendo derrubadas e uma voz masculina gritando: - Deveria ter obedecido antes de chegar a isso.
Helena- Quem é você? Não faça isso com ela!
Mesmo sendo só memórias, a aflição desse acontecimento deixa Helena em estado de medo descontrolado, o seu corpo treme, seu nariz volta a sangrar e ela desmaia.
É de manhã e Helena acorda em um quarto luxuoso. O cheiro de lavanda é agradável e traz paz ao seu coração. Está vestida em um pijama azul com estampa de ursinhos e se lembra que não é o seu quarto no hotel e tudo o que passou não foi um pesadelo. Uma senhora vestida como governanta sai do banheiro. Helena se levanta assustada ficando em pose de luta.
Helena- Onde estou? Quem é você? Que lugar é esse?
Lucia- Oi mocinha, bom dia! – Diz sorridente, passando tranquilidade.
Lucia- Meu nome é Lucia, sou a governanta da família Castelliano. Você está segura aqui. Meu patrão pediu para que o acompanhasse no café da manhã. Ele te aguarda.
Helena- Castelliano? Espera!? O que houve com meus dois seguranças.
Lucia- Eles estão sob os cuidados do médico. Não sei se vão sobreviver já que perderam muito sangue. Você passou maus bocados ultimamente.
Helena- Infelizmente. - Responde chorosa. - Minha vida virou de pernas para o ar da noite para o dia.
Lucia- Mas você é valente, assim como sua mãe!
Helena- Conheceu minha mãe?
Lucia- Sim. Ela passou uma temporada aqui nessa casa. Mas venha, meu senhor contará tudo o que quiser saber.
Helena- Eu preciso usar o banheiro.
Lucia- Venha comigo.
Lucia acompanha Helena até o banheiro e escuta o barulho do chuveiro. Vai até o closet e pega uma muda de roupa para Helena se vestir. Após um banho quente e relaxante, Helena sai do banheiro, se arruma e segue a governanta até o andar de baixo da casa e vê um homem alto com cabelos um pouco grisalhos, semblantes tristes contemplando seu jardim pelas janelas de vidro da casa. Helena o cumprimenta:
Helena- Bom dia senhor Castelliano!
Heitor- Bom dia Helena! Está se sentindo bem? - Questiona dando uma checada de cima a baixo.
Helena- Sim senhor! Onde estão meus seguranças?
Heitor- Estão na ala hospitalar sendo cuidados. Você me fez fazer uma exceção de ter convidados em minha casa, coisa que não fazia há anos.
Helena- Me perdoe, não é minha intenção incomodar o senhor. - Responde deprimida.
Heitor- Sua presença não me incomoda. Vamos tomar o café da manhã. Daqui a pouco Vincenzo vem te buscar.
Helena- Depois eu poderia ver o Angelo e Auguto?
Heitor- Claro.
Eles seguem para a sala de jantar e é anunciada a chegada de Vincenzo. Ao ver Helena a envolve em um abraço apertado de avô protetor.
Vincenzo- Bom dia, querida! Estava investigando seu sequestro. Está bem? Bom dia, amigo! Quanto tempo! - Estende a mão para o cumprimentar.
Heitor- Estou sobrevivendo. Nos acompanha para um café?
Vincenzo- Com todo prazer.
E assim seguem para a mesa. Helena fica observando os dois conversarem sobre os últimos acontecimentos:
Heitor- Já encontrou o traidor?
Vincenzo- Matteo está no encalço dele. Teve que ir para a Rússia por causa de um ataque aos nossos comboios.
Heitor- Acredito que ele tem se planejado durante muito tempo, até que sentiu que deveria agir. E quanto a pessoa que tentou matar Helena? Já são duas tentativas em um intervalo de tempo bem curto.
Vincenzo- Meu neto teve muitos casos.
Heitor- Sabemos disso. Ele odiava a ideia de casamento.
Vincenzo- Ele se envolveu com muitas mulheres que esperavam mais que uma noite de prazer. Ainda não sabemos se tudo está interligado, ou se esses atentados contra Helena é um caso à parte. O atirador disse que tem uma mulher nessa história. Vou averiguar quais são ameaças.
Heitor- Com tantos inimigos na surdina, Helena deve andar com mais escoltas.
Vincenzo- Já providenciei isso. Matteo chegará em breve e provavelmente vai levar a esposa com ele de volta para Nova York.
Heitor- Isso é ótimo.
Helena pensa sobre as mulheres que sempre se jogou aos pés de seu esposo quererem ela morta, mas em seu íntimo não existe outra pessoa mais suspeita que sua sogra. Se recordando da sua conversa com a Lucia, indaga:
Helena- A senhora Lucia disse que conheceu a minha mãe, ela viveu aqui?
Heitor- Sua mãe era a babá do meu filho. Ela amava pintar. Meu filho a adorava. - Fala com uma voz cheia de tristeza e solidão.
Vincenzo- Por acaso você permitiu que ela pintasse a mansão?
Heitor- Ela brincava muito com meu filho no jardim e eles pintavam lá. Mas quando ela saiu daqui ela não levou nenhuma pintura, se bem que uma artista como ela, com sua memória fotográfica poderia ter pintado depois. Por que a pergunta?
Vincenzo- Dias atrás Helena teve algumas memórias e via sua casa em uma tela, e passou tão mal que tive que levá-la às pressas para o hospital.
Heitor- Você perdeu a memória, Helena?
Helena- Sim. Nas minhas recordações, minhas memórias, sempre vejo uma mulher sendo assassinada em um lugar com muitas pinturas e dá para ver sua mansão em um dessas pinturas.
Heitor- Você ficou muito abalada com a morte de sua mãe. O que tenho a dizer poderá deixar você ainda mais chocada, mas é a realidade. Helena, você presenciou o assassinato de sua mãe. – Revela angustiado.
Helena- Como? Essa mulher que vejo então... - Começa a chorar.
Heitor- Infelizmente. Você passou dias em estado de choque, seu pai teve que retirar todas as fotos de sua mãe para que você melhorasse.
Vincenzo- Como sabe disso tudo? Acompanhou a vida da sua babá?
Heitor- Sim. Depois que ela saiu daqui e partiu para recomeçar sua vida sempre tive notícias dela. Ela era uma mulher extraordinária, talentosa, meiga e muito batalhadora. Se casou com um homem que sabia valorizá-la.
Vincenzo- E o assassino?
Heitor- Ele foi preso e mandei executá-lo ainda dentro da prisão.
Helena- Então minha mãe... por que eu não salvei ela... por que eu tinha que ser tão fraca?
Helena treme e se culpa por saber que não foi capaz de proteger sua mãe. Heitor vendo o estado de choque em que ela se encontrava grita:
Heitor- Lucia! Chame o médico!
Vincenzo- Calma, Helena! Já passou. Sua mãe está em um bom lugar agora. – Dá um abraço tentando consolá-la.
Heitor pega Helena no colo e a leva de volta para o quarto.
...Continua......
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 51
Comments
Euridice Neta
Ela tem.um passado bem complicado e um presente mais complicado ainda já que alguém já tentou matá-la duas vezes...
2025-03-06
0
Renascida das cinzas
ela neta dele... ele não deve saber.
2024-11-15
0
Renascida das cinzas
sabiaaaaaa
2024-11-15
0