Capítulo 05

Lorenzo Montenegro saiu do hotel rumo à uma danceteria como sempre fazia onde estivesse, era raro à noite que esse homem ficava sem sair de casa, na verdade, isso não existia para ele, dizia sempre aos amigos que só ia em casa, para tomar um banho, dormir algumas horas, trocar de roupa e voltar para uma próxima festa, que ficar em casa para ele era terrível, se sentia sozinho e gostava de estar no meio de pessoas.

Pediu ao motorista que o levasse num lugar bastante badalado, de um nível bom e que de preferência tivesse muita mulher, e assim foi feito.

Entrou na ‘boate’ todo animado já caçando como diz o outro, olhava para um lado para o outro e não encontrava nada que lhe chamasse atenção, e olha que o lugar era top e estava cheio de mulher bonita, tudo do jeito que ele sempre gostou que na opinião dele as brasileiras matavam a pau.

Brincou de um lado, brincou de outro, conversava com uma, com outra, mas não conseguia engrenar situação nenhuma, o pensamento dele estava longe dali e aquilo já estava a deixar que Lorenzo ficasse preocupado, nunca admitiu que mulher alguma dominasse os seus pensamentos.

Não conseguiu mais aguentar, foi na rua e ligou para Jonas.

E aí o meu amigo como estão as coisas por aí?

Boa noite senhor Montenegro, nada bem as coisas por aqui, não estão nada a bem, ela não abre a porta do quarto desde a hora que subiu enquanto o senhor ainda estava aqui, a gente chama, bate e ela não atende, passou a chave, estamos muito preocupados dona Nadine nunca foi de fazer isso.

Mas como assim, não tem uma chave reserva dessa porta?

Sim, tem uma chave reserva, e por incrível que pareça não a encontramos em lugar nenhum, todas as portas dessa casa tem uma chave reserva, e só não encontramos a do quarto de dona Nadine.

Ok estou indo para aí, não incomodem a minha nora e o meu filho.

Estamos esperando o senhor.

Lorenzo chega e Jonas já o aguarda na porta.

Jonas traga-me uma faquinha de ponta por favor.

E mostre-me o quarto.

Jonas atendeu prontamente.

Lorenzo com muita habilidade abriu a porta do quarto com a ponta da faca, Jonas e Evinha olhavam arregalados. 👀

Fiquem tranquilos, não sou nenhum bandido, tive que aprender por já perdi muitas chaves quando chego bêbado, aí uso a faca.😁

Lorenzo e os dois, entram no quarto que está com o abarjur ligado, avistam Nadine numa poltrona aparentemente dormindo.

Lorenzo pega no pulso e constata que está realmente dormindo.

Evinha comenta.

Dona Nadine tomou banho, a roupa que ela estava está lá no cesto, ela colocou esse pijama e pelo que eu estou vendo tomou alguns comprimidos dessa cartela de remédio, com certeza para dormir.

Sim verdade, ela deve ter tomado alguma medicação para dormir, vou colocá-la na cama, porque já está bastante frio e ela está com pouca roupa, há não ser esse pijama leve, vocês dois podem dormir que eu vou ficar aqui com ela, durmo nessa poltrona até ela acordar, quero ter uma conversa séria com ela assim que despertar.

Os dois ficaram meio que estranhando aquele homem ficar ali com a patroa, afinal de contas era a segunda vez que estavam a ter algum contato.

Podem ficar tranquilos e deixe-a aqui comigo, aproveitem durmam um pouco, também vou descansar.

Jonas e Evinha se retiraram e foram realmente dormir, afinal de contas fazia duas noites que eles não pregavam o olho, estavam realmente muito cansados.

Lorenzo arruma a cama para Nadine, tira a colcha, coloca os travesseiros, pega ela no colo que tá mais parecendo uma pluma, e a coloca na cama, procura no closet uma manta e a cobre.

Nadine se aconchega como se realmente estivesse com frio.

Lorenzo olha sério para aquela poltrona, e deita-se, fica um pouco atrapalhado, é um homem de dois metros e o corpo cheio de músculos para se adaptar naquela poltrona estava complicado.

Ficou um pouco inebriado com o perfume de Nadine que ficou nas suas mãos.

Virava-se para um lado e outro e não tinha jeito de conseguir pegar no sono naquele pequeno espaço.

Olhou para Nadine em sono profundo.

💭 Perdoe-me o falecido, mas vou dormir ao lado dela, eu não vou fazer nada, só dormir, não tem condições de ficar nessa poltrona, não matei o meu pai a soco e nem estou a pagar penitência.

Se der algum problema eu aguento as consequências, e deu um sorriso de canto de boca.

Deitou ao lado daquela mulher, que, na verdade, era o que ele queria e ignorava se ela ficara viúva no dia anterior.

A noite foi ficando fria, e Lorenzo dormiu aconchegado em Nadine, sentindo o perfume dos seus cabelos.

Teve um momento que sentiu ela entrelaçar as suas pernas na dele.

Amanheceu.

Eram onze horas da manhã quando Nadine despertou e a cena era mais ou menos essa.

Eu só posso estar a ter um pesadelo.

Lorenzo que ainda dormia, abraçou ela mais forte ainda nos seus braços.

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