...Safira Clark...
São cinco horas da manhã, a chuva está forte, e o tempo está totalmente gelado.
Depois do banho quente, eu visto uma blusa de frio preta, uma calça da mesma cor, calço minha bota e visto meu casaco. vou para a frente do espelho e faço um penteado simples e uma maquiagem também.
Vou até a cozinha e pego um pão com frios que deixei pronto, faço um café e como rápido para ir até o ponto de ônibus.
Fecho a porta da casa e coloco a chave na minha bolsa, cada uma tem a chave da casa uma das outras. Vou para o ponto de ônibus e fico esperando o meu chegar.
...*****...
Entro na empresa e dou bom dia para todos. Vou para o último andar, coloco minha bolsa em cima da mesa, ligo o computador, arrumo as coisas do meu jeito e antes que de sete horas, eu vou até a lanchonete.
Pego o café do senhor Frank e volto para o último andar. Vejo ele fechar a porta da sua sala e caminho com calma.
— Não seja apressada Safira. — Digo a mim mesma.
Bato na porta e ele me manda entrar.
— Vejo que chegou cedo, o que a trás aqui? — Ele pergunta sem me olhar.
— Eu só lhe trouxe o seu café, espero que goste. — Coloco a xícara de café em sua mesa e dois donuts, um de chocolate e outro de morango.
— Obrigado, eu vou passar algumas coisas que preciso que você faça hoje mesmo e... — Ele para de falar assim que me olha.
— O que aconteceu na sua bochecha? — Ele se levanta e me olha.
— O que? — Toco minha bochecha e me lembro do corte.
— Não foi nada... — Fico sem ter o que responder e abaixo minha cabeça.
— Como eu estava dizendo, eu vou mandar tudo por e-mail e marque algumas reuniões.
— Claro senhor Frank, como quiser. — Saio da sala dele assim que o respondo e vou fazer o que ele me pediu.
Marco reuniões, digito alguns documentos, faço reservas de restaurantes e viagens e depois dou uma pausa para o almoço.
Eu vou para o restaurante da empresa e peço um prato de macarronada com queijo e bacon e me sento numa mesa no canto, fico procurando por professores particulares e um curso de administração durante o almoço.
Volto para o último andar, assim que me sento na cadeira, meu celular toca e vejo no visor do meu celular o número da Mollyne.
— Oi Molly, o que aconteceu?
— Oi amiga, então, eu e a Spencer estamos planejando de ir no cinema hoje de noite, você vai?
— Não vai dar Molly, eu preciso ir para casa, se eu não for você já sabe o que me espera.
— Tem razão dona Clark, é melhor não abusar, mas qualquer coisa você me liga ou liga para a Spencer que nós vamos correndo.
— Pode deixar Molly, hoje ele deve chegar mais tarde, é fim de semana, mas enfim, bom filme, amo vocês.
— Nós também te amamos Safira.
Desligo a chamada e coloco meu celular em cima da mesa e volto aos meus afazeres.
...*****...
Termino tudo o que tinha para fazer, pego minha bolsa e vou até a sala do meu chefe.
— Senhor Frank? — Chamo sua atenção e ele me olha.
— Diga Safira.
— Eu já estou indo embora, o senhor precisa de algo?
— Não, você já pode ir. — Ele diz sério enquanto me olha fixamente.
— Muito obrigada, até amanhã. — Fecho a porta da sua sala e vou para o elevador.
Duas horas depois eu chego em casa, abro a porta e vou para o meu quarto, ainda bem que o Phillipe não está em casa.
Tomo um banho quente, visto uma roupa confortável e vou para a cozinha preparar algo quente para comer.
Assim que coloco o bacon picado na frigideira a porta da sala bate com força e me assusto, o que gera uma queimadura em meu pulso.
— Droga. — Molho o meu pulso em água corrente até parar de arder.
— Phillipe? Já chegou? — Pergunto assustada.
— Ande logo Safira, traga-me um cigarro e uma garrafa de uísque. — Ele diz mole e rosno de raiva.
Vou para a cozinha sem dar ouvidos a ele e volto a fazer a minha sopa.
— Eu mandei você me trazer o meu cigarro e a minha bebida, sua vadia imunda. — Ele parte para cima de mim e começa a me bater me fazendo lembrar do dia da demissão dele.
FLASHBACK ON
Oito meses atrás eu já estava desconfiada de estar sendo traída, não ia ser a primeira e nem a segunda vez que seria traída, mas pegando ele no ato, seria a melhor forma de pedir o divórcio, na minha cabeça só assim ele aceitaria a separação.
— Amor... isso... mais fundo. — Ouço gemidos no banheiro masculino, do restaurante.
— Phillipe, você... — A voz daquela mulher me fez sorrir e ao mesmo tempo fez o meu estômago embrulhar.
Começo a bater na porta, dou chutes várias vezes e grito pelo nome do Phillipe, todos no restaurante me olham e o dono do lugar aparece.
— Senhorita se acalme o que está fazendo? — O chefe do meu esposo pergunta.
— O seu gerente está transando com alguma vadia aí dentro. — Digo com raiva e lágrimas nos olhos.
O dono do restaurante abre a porta do banheiro e vejo a cena dos dois tentando se vestir. Ela nem é tão bonita assim e ele só me olha com ódio.
Assim que chegamos em casa, ele me arrastou até a cozinha e pegou um pano, ele me amordaçou e me chutou até que eu desfalecesse por completo.
FLASHBACK OFF
Eu corro até a sala e abro a porta para fugir e dou de cara com o meu chefe.
"Meu Deus, o que ele está fazendo aqui?"
— S-senhor Frank? — Digo apavorada e ele fica me olhando.
— Está bem Senhorita Clark? — Ele pergunta e procura por algo em seu terno.
— Sim, está tudo bem, o que o senhor faz aqui? — Pergunto torcendo para que o Phillipe não apareça
— Eu só vim entregar o seu celular, você esqueceu na sua mesa. — Pego o celular da mão dele depressa e o agradeço.
— Eu preciso entrar, obrigada senhor Frank. — Eu fecho a porta e me viro para ligar para as meninas até que o celular vai parar no chão totalmente aos pedaços.
— Você não vai ligar para nenhuma daquelas piranhas das suas amigas e nem para a polícia.
— Você chamou minhas amigas do que? — Pergunto com raiva.
— Vadias, é isso que elas são, duas vagabundas.
Chuto o meio das suas pernas seguro em sua cabeça e dou uma joelhada em seu nariz e jogo ele no chão.
— Nunca mais ouse chamar minhas amigas de qualquer nome sujo, eu tenho nojo de você, seu verme. — Dou um chute em sua costela e saio de casa correndo na chuva.
— Eu não fico mais naquela casa nem mais por um segundo.
Paro na frente da casa da Molly e pego a chave debaixo da planta, abro e tranco a porta e pego o telefone fixo que fica ao lado do sofá em cima de uma mesinha.
Ligo para a Molly e na segunda chamada ela me atende.
— Molly, me ajuda, por favor. — Peço chorando.
— Onde você está Safira?
— Eu vim para a sua casa...por favor Molly...
— Eu já estou indo, tenta se acalmar.
Desligo a chamada e me abraço chorando. Eu não posso mais voltar para aquela casa, ele vai me matar, eu nunca enfrentei ele antes, ele vai me machucar mais e mais se eu voltar para aquele lugar.
Minutos depois a porta abre e vejo a Molly, a Spencer e um homem entrando na casa dela.
— Amiga, vai ficar tudo bem, o que aconteceu? — Ela pergunta me abraçando.
— Eu...eu bati nele Molly, ele vai me matar. — Meu corpo todo treme, eu só consigo sentir medo nesse momento.
— Bruno, obrigada pela carona, nós resolvemos daqui. — Olho para a Spencer que conversa com o homem e ele me olha como se estivesse com pena.
— Tem certeza gata? Olha, eu posso ficar e ajudar em algo.
— Porra... Ele vai vir atrás de mim, eu...eu tenho que ir embora. — Digo andando de uma lado para o outro e olho para elas.
— Eu não posso ficar perto de vocês, o Phillipe vai machucar vocês também. — Eu estou desesperada, eu não sei o que fazer.
— Para Safira, porra digo eu, se aquele filho da puta vier encostar em uma de nós, eu encho a boca dele de rato e soda caustica no c* dele. — Olho para a Spencer falando com raiva e abraço ela.
— Gente, o que é que está acontecendo aqui? — O tal Bruno pergunta.
— O marido dela bate nela e hoje ela revidou, é por isso que ela está assim. — Olho para a Molly que diz a ele e o Bruno me olha.
— Fica calma, eu tenho alguns amigos da polícia...
— Não, se eu chamar a polícia aí sim ele vem atrás de todas nós. — Digo nervosa.
— Calma Safira, o melhor agora é você se acalmar, você está muito nervosa, amanhã você resolve o que vai fazer. — A Spencer diz e o Bruno se aproxima.
— Olha meninas, eu não quero ir embora e deixar vocês sozinhas, esse maluco pode vir até aqui e fazer alguma coisa, eu vou ficar aqui e amanhã eu vou embora bem cedo. — Ele diz calmo olhando para nós três.
— Tudo bem, você pode ficar, mas não conta nada disso para alguém. — A Molly diz antes de ir a cozinha.
...*****...
Algumas horas se passaram e eu só consigo pensar no que eu vou fazer, eu fico olhando para os três conversando e prestando atenção no que estão falando para tentar afastar esse pensamento para longe.
— Desde quando se conhecem? — Pergunto e a Spencer sorri tímida, coisa que ela não é nenhum pouco.
— Desde hoje, nós estávamos vindo e o ônibus não passava de jeito nenhum... ele estava ao nosso lado no cinema, o Bruno deu uma carona para nós. — A Spencer e a Molly tentam explicar juntas.
— Eu ouvi a conversa no telefone, está bem? As duas saíram apavoradas e eu fui atrás, eu sou curioso, confesso, mas se eu não fosse curioso o suficiente, elas ainda estariam esperando o ônibus. — Nós rimos do Bruno e agradeço a ele.
— Por que não se separou desse homem Safira? — Ele me pergunta apreensivo pela resposta.
— Eu já tentei me separar dele diversas vezes, mas ele sempre me encontra ou me impede. — Digo com vontade de chorar.
— Todas as vezes que ela fugiu, ele a machucou mais ainda. — A Molly diz fazendo carinho em meu cabelo e ele fica me olhando.
— Eu preciso dormir, se importam se eu for agora? — Pergunto sentada no sofá.
— Claro que não. — Os três responde juntos.
Eu vou para o quarto e me deito cobrindo o meu corpo com a manta que estava em cima do colchão.
— Eu preciso dar um jeito em tudo isso. — Digo chorando enquanto o sono não chega.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 62
Comments
Anamaria Dos Santos
poxa por que os namorados marido acham que poda fazer das suas namoradas saco de pancadas detesto esse tipo de homem misericórdia acho que nós mulheres devemos nos proteger
2023-04-24
1
Cizza le lait
E muito ódio..
2022-07-05
0
mabs_
Ebaaaaaa... Sim, sim, sim...
2022-07-04
4